Atendendo aos apelos da sociedade, ENEM 2020 é adiado

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) anunciou no dia 20 de maio o adiamento da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, deste ano. A decisão do Ministério da Educação aconteceu após forte pressão da sociedade civil e do Congresso, visto que, devido à pandemia da covid-19, milhares de estudantes não têm condições de se preparar devidamente para a prova. A nova data ainda não foi definida, mas, de acordo com o texto do INEP, o exame acontecerá de 30 a 60 dias após a data divulgada anteriormente (novembro de 2020). Segundo o órgão, o MEC fará uma consulta aos estudantes em formato de enquete, prevista para o final de junho, para definir a nova data da aplicação. Por isso, se você se inscreveu, fique atento à página do participante para votar.

Desde a divulgação da abertura das inscrições e da propaganda do Governo Federal, a população veio pedindo, de forma contundente, o adiamento da prova. Isso porque, em um cenário com escolas e cursos preparatórios fechados por conta da pandemia e mais de 2 milhões de estudantes sem acesso à internet, pressupor que todos os candidatos terão plenas condições de estudar para o exame de forma satisfatória é, no mínimo, incoerente.

Entidades estudantis, parlamentares, artistas e populares manifestaram-se exigindo uma mudança no calendário. No dia 19 de maio, o Senado aprovou o Projeto de Lei Nº 1.277/2020, por 75 votos a favor e 1 contra, que prorroga os processos seletivos para acesso ao ensino superior, incluindo vestibulares e ENEM. O projeto segue para votação na Câmara dos Deputados, mas já demonstra um engajamento dos setores políticos, em consonância com a vontade popular.

Importância do Enem – O ENEM foi criado em 1998 para avaliar o desempenho dos alunos de Ensino Médio de todo o país, das redes pública e privada. É o maior exame vestibular do Brasil e o segundo maior do mundo, atrás apenas do chamado Gaokao, prova para admissão no ensino superior na República Popular da China.

É através do resultado do ENEM que milhares de estudantes brasileiros ingressam no ensino superior, sejam eles da rede pública, pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU – 2010), ou da rede privada, pelo Programa Universidade para Todos (PROUNI – 2004).

Em 2019, quase 4 milhões de estudantes realizaram a prova, concorrendo a vagas nas universidades de todo o país. Neste ano, segundo portal do MEC, 4,3 milhões de inscrições foram realizadas.

É de extrema importância que o Estado brasileiro defina parâmetros e incorpore medidas para avaliação e aprimoramento do nosso sistema de ensino. Exames como o ENEM permitem não apenas aos responsáveis pela esfera pública, mas também a todos os profissionais da educação, compreender os dilemas do ensino aprendizagem na sociedade brasileira e agir para superá-los.

 Dicas de estudo: siga preparado para o ENEM!

Apesar da mudança no calendário e no funcionamento das escolas devido à pandemia, há um esforço coletivo para manter o ensino, ainda que à distância, e o preparo dos estudantes para o ENEM. A Editora Opet, por acreditar em uma educação humana, cidadã, transformadora e inovadora, segue atuando firmemente para garantir a educação. Por isso, separamos algumas dicas para que estudantes e professores se prepararem para o ENEM durante a quarentena.

– Canais online: há uma infinidade de conteúdos na internet – a começar por bancos de questões – direcionada para processos seletivos. É interessante buscar uma diversidade de abordagens, visto que cada indivíduo tem um processo diferente de aprendizado. Por isso, apostar em um conteúdo mais descontraído para introduzir determinado assunto e depois aprofundar-se nele pode ser uma boa estratégia. Aqui temos uma lista com 17 canais no Youtube que contêm dicas de estudo para as disciplinas do Ensino Médio. Além disso, há conteúdos semelhantes em todas as plataformas online da Editora Opet. Não deixe de conferir!

– Conversar, discutir e interagir: sempre respeitando firmemente as recomendações de isolamento social, busque trocar sugestões com colegas sobre conteúdos e técnicas de ensino e estudo. Isso vale para estudantes e professores. A união e a troca fortalecem o conhecimento e ampliam as possibilidades.

– Organize-se: faça planilhas, listas, quadros ou qualquer esquema de organização de estudos. Definir objetivos e conteúdos a serem explorados é muito importante para manter o ritmo. Se você é professor, ajude seus alunos a montarem um cronograma. Assim, vocês poderão equalizar suas rotinas e trabalhar de uma forma mais eficiente.

Mantenha-se pronto: apesar do adiamento do ENEM ser algo importante neste momento de dificuldades, haverá muito a ser recuperado após o fim da pandemia. Por isso, é importante continuarmos nos preparando durante a quarentena, explorando as estratégias e canais de ensino disponíveis e discutindo maneiras de sempre valorizar e enriquecer a educação.

Para saber mais, confira as sugestões de leitura a seguir e acompanhe os canais digitais da rede Opet.

 

Sugestões de leitura:
  • Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM): Uma Análise Crítica

https://www.scielo.br/pdf/rbef/v37n1/1806-1117-rbef-S1806-11173710001.pdf

  • As dificuldades do reconhecimento da importância do ENEM no ensino médio

https://revistasfacesa.senaaires.com.br/index.php/iniciacao-cientifica/article/view/82

  • Inep – Nota Oficial Adiamento do ENEM

http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/nota-oficial-adiamento-do-enem-2020/21206

Diferentes ferramentas, um mesmo propósito: ensinar!

São João do Itaperiú (SC) uniu Whatsapp, Facebook e livros para garantir o ensino

Situado a cerca de 150 quilômetros de Florianópolis, São João do Itaperiú é um importante parceiro da Editora Opet na região leste de Santa Catarina. Lá, como acontece em todo o Brasil, a rede municipal de ensino se organizou para garantir educação de qualidade durante o período de distanciamento social. A secretária municipal de Educação, professora Elizete Moraes Hess, explica que, tão logo começou a quarentena, o município decretou um recesso escolar de 15 dias, tempo suficiente para que os gestores e os professores se organizassem. As aulas foram retomadas no dia 06 de abril.

E eles perceberam que o trabalho funcionaria bem com o uso de ferramentas digitais que a maioria conhecia e utilizava – o Whatsapp e os grupos do Facebook. “Optamos por essas ferramentas pela facilidade de acesso de todos, professores, estudantes e famílias. E, como elas funcionaram perfeitamente, decidimos seguir usando sem migrar para outras ferramentas”, explica a secretária. No caso dos estudantes que não possuem acesso à internet, que são poucos, as atividades são enviadas diretamente para as suas casas pelos professores, gestores e Secretaria.

Devolutivas – Somadas aos livros físicos do Sefe (selo educacional da Editora Opet para o segmento público), as ferramentas digitais estão permitindo desenvolver as atividades educacionais com grande sucesso. Segundo a secretária Elizete, os livros físicos, de que todos os estudantes dispõem, geram um ponto a mais de conexão. “Os materiais do Sefe têm sido essenciais neste momento. Eles facilitaram muito as aulas remotas. Os professores fazem seus planejamentos a partir dos livros e enviam as atividades; os estudantes recebem as atividades, desenvolvem e postam, e recebem a devolutiva dos professores.”

Um exemplo bem interessante desse trabalho é o das crianças do Pré-I e Pré-II da professora Marcia Gadotti Caldonho, da Escola Municipal Professora Maria Gasino Borba. Com o acompanhamento das famílias – algo que é necessário nessa etapa da Educação -, elas estão fazendo suas tarefas e postando em um grupo fechado no Facebook. Algumas fotos podem ser conferidas nesta matéria. Marcia conta que a participação das famílias é bem importante para o sucesso do trabalho. “A maioria das famílias é participativa. Elas ajudam e fazem o possível para que as crianças realizem as atividades dos livros. Mandam filmagens, fotos e áudios falando o que a criança fez.” O trabalho, observa, é inteiramente baseado nas atividades dos livros.

“Exploramos tudo o que a criança pode fazer em casa com a família. Eu faço explicações em vídeo da página da atividade e, em caso de dúvidas, ajudo.” Sobre a evolução das crianças, Marcia explica que é possível acompanhá-la de acordo com os registros que cada criança faz com apoio da família. “A dedicação da família é muito importante. Ela ajuda muito no desenvolvimento da criança.”

A gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto, considera ações como a dos gestores e professores de São João do Itaperiú fundamentais para o desenvolvimento da educação. Elas demonstram inteligência, criatividade e capacidade de engajamento. “Durante este momento tão difícil de distanciamento social, nossos conveniados têm demonstrado que a escola permanece viva em outros ambientes, sempre numa perspectiva de ampliar o processo de aprendizagem.” Cliciane lembra que o desafio é diário e é intenso, mas que o fazer pedagógico é a essência de ser educador. “Continuamos a fortalecer nossa parceria diante das dificuldades. Juntos, estamos enfrentando e superando este momento.”

 

Utilização dos materiais produzidos pelas escolas no pós-pandemia

Neste contexto de isolamento social, muitas escolas e professores despendem um esforço diário para conseguir manter a qualidade das aulas no ambiente virtual. Uma série de estratégias e materiais estão sendo desenvolvidos para qualificar o ensino a distância. Esses materiais podem ser um recurso de apoio para as escolas após a pandemia, visto que o retorno não será do ponto onde havíamos parado.

As pesquisas e a literatura científica mostram que os países que já passaram por quarentenas e isolamento social, seja por pandemias, desastres naturais ou guerras, tiveram que desenvolver um plano de ação de várias frentes para reparar os danos e recuperar as perdas. A ideia, aqui, é pensar maneiras de utilizar todos esses esforços que as escolas estão aplicando agora em um contexto de retorno instável, defasado, complexo e intrincado.

 

Retorno gradual

Sabemos que o retorno às atividades presenciais das escolas após a quarentena será completamente diferente da volta de recessos tradicionais. Uma série de medidas deve ser adotada por conta da instabilidade instalada pela pandemia.

Uma das alternativas para retomar de forma segura e responsável em relação à situação sanitária seria um regresso gradual. Nesse contexto, considerando um rodízio de estudantes e professores, manter parte das atividades a distância seria necessário. Continuar, então, utilizando as videoaulas e atividades online mesmo após o retorno presencial seria uma forma de transição.

 

Estratégias de recuperação de aprendizagem

Segundo a experiência de outros países, serão necessárias medidas de avaliação diagnóstica e recuperação de aprendizado, que poderão ter como recurso de apoio os próprios materiais desenvolvidos para as aulas não presenciais. As videoaulas, por exemplo, podem ser utilizadas como ponto de partida para atividades e material de estudo para avaliações e revisões.

 

Novo recurso didático

Apesar da limitação no sentido social, o ambiente virtual para ensino pode ser explorado em várias ocasiões e com diferentes objetivos. No caso de afastamento de estudantes por questões médicas, por exemplo, ter uma plataforma de manutenção das atividades é extremamente útil.

Além disso, a tecnologia e as mídias sociais são parte do nosso dia a dia. Utilizar essas ferramentas para incentivar uma interação intelectual entre os estudantes através de fóruns online, pesquisas, chats, aulas, etc. pode ser uma estratégia didática muito bem-sucedida.

As possibilidades de pesquisa rápida e conexão de conteúdos (a chamada “linkagem”) também podem ser orientadas para expandir o estudo e enriquecer o aprendizado.

O contexto atual reforça a necessidade de investimento na educação, do desenvolvimento de políticas públicas que contemplem a escola como ponto difusor do saber científico.

Tecnologia é estudo e ciência. Ela só existe pela procura e evolução do saber – ambos, ações inerentes à escola. Ter a tecnologia como uma das engrenagens desse grande mecanismo de ensino é ampliar as possibilidades, aprimorar o aprendizado e compreender que o conhecimento só existe para que possamos aprender cada vez mais, para buscar novos saberes, para sermos melhores.

Muito embora haja a premissa que atribui o caráter relacional do ensino-aprendizagem exclusivamente a professor e estudante, sabemos que a escola, como espaço de interação e desenvolvimento social, é, ao mesmo tempo, o que impulsiona e o que catalisa este processo. Na formação da identidade individual, as relações e referências advindas da escola são responsáveis por grande parte do reconhecimento do indivíduo enquanto ser social.

Em um contexto como o atual, de isolamento e ensino a distância, pode haver uma lacuna na configuração de estímulo cognitivo do estudante para aprendizagem. É preciso, portanto, buscar caminhos – inclusive, pela troca de experiências – para essa estimulação. Explorar as possibilidades de expansão através do ambiente virtual é uma ideia de ensino perspicaz, inovador e coerente.

 

Sugestões de leitura:

  • Políticas educacionais na pandemia da COVID-19: o que o Brasil pode aprender com o resto do mundo? Banco Mundial (2020)
  • Educação não formal: direitos e aprendizagens dos cidadãos(ãs) em tempos de coronavirus. Maria da Gloria Gohn (2020) https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/3259

Tecnologia, educação e integração: em Piancó, parceira Opet engaja professores, estudantes e famílias na educação digital

Com apenas onze anos de existência, o Colégio Américo Mesquita conseguiu se destacar como uma das principais instituições privadas de ensino de Piancó, um dos municípios mais antigos da Paraíba. É, hoje, a maior instituição de ensino em número de alunos na cidade e, também, a que apresenta os melhores resultados em exames como o ENEM e os vestibulares.

Desde o início deste ano, o Américo Mesquita passou a utilizar os materiais e ferramentas da Editora Opet – do selo Opet Soluções Educacionais -, com excelentes resultados. A parceria, que abrange da Educação Infantil aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, também está auxiliando a escola a superar o desafio do distanciamento social e das aulas remotas durante o período da pandemia da COVID-19.

O coordenador pedagógico do Colégio, Fernando Mesquita Leite, explica que a escola aderiu rapidamente às ferramentas digitais. “Enquanto os alunos estavam sendo cadastrados pela Editora Opet no Google Meet, nossa equipe do Mesquita já estava gravando videoaulas e enviando via grupos de WhatsApp, familiarizando as famílias, bem como as próprias professoras, para o uso das tecnologias.”

Segundo Fernando, a Editora Opet desempenhou um papel primordial nesse processo. “A ferramenta Google Meet aproximou mais a realidade da sala de aula, promovendo uma interação entre alunos, professores e a melhor de todas: as famílias. Com a formação da equipe gestora pela Opet para implantação da ferramenta, criamos o setor interno de tecnologia para dar suporte presencial e/ou virtual aos pais que não estavam conseguindo assimilar o uso tecnológico”, conta. Os professores também receberam uma formação pedagógica e, associando o Google for Education ao uso do livro digital na Plataforma Inspira, da Editora Opet, conseguiram engajar os alunos e pais no processo de aprendizagem remota.

O coordenador do Colégio Américo Mesquita destaca o “casamento” entre a tecnologia digital e os conteúdos dos livros Opet Soluções Educacionais. “Há um perfeito alinhamento entre as ferramentas educacionais colocadas à disposição pela Editora e o uso do material didático. Além do mais, a orientação pedagógica do Opet, feita pela assessora Adriana Fialho, facilitou esse processo adaptativo.

Reforço de empatia – Para reforçar a proximidade das famílias em relação à tecnologia, o Colégio desenvolveu uma ideia genial. No Dia das Mães, convidou dois líderes religiosos da cidade – um padre e um pastor muito queridos pela população – para uma benção especial. Detalhe: a benção seria feita por meio do Google Meet, a mesma ferramenta de videoconferências usada para as aulas.

“Quando anunciamos a solenidade e indicamos que ela seria pelo Google Meet, muitos pais baixaram o aplicativo e buscaram o colégio para conseguir acesso. Percebemos que a rejeição inicial à tecnologia não era por não saber usar, mas por não aceitar o desconhecido – a mudança abrupta provocada pela pandemia.” Depois disso, já foram realizadas reuniões com os pais via internet e, também, um vídeo de agradecimento às famílias pelo apoio e parceria.

Parceria – Fernando Mesquita considera o trabalho desenvolvido pela Editora Opet como indispensável. “Neste momento de pandemia, a assessoria foi primordial para o uso e adesão de toda a comunidade escolar às novas tecnologias. Só temos a agradecer ao sistema Opet e a sua equipe – Adriana, Erick de demais colaboradores – que têm nos agraciado com tamanha inovação e agilidade nesse processo que veio para ficar e fazer parte do contexto educacional do país.”

“O Américo Mesquita é uma referência educacional no Vale do Piancó, que abrange o oeste da Paraíba”, conta Adriana Fialho, assessora pedagógica da Editora Opet responsável pelo atendimento do colégio. “E isso acontece porque eles têm uma estrutura pedagógica encantadora, muito zelosa com a qualidade do trabalho, e muito respeito com as famílias.” Adriana explica que a instituição se preparou muito bem para o uso das ferramentas e que, para isso, contou com todo o apoio da Editora Opet. “Desde o início, quando foi feito o cadastro da escola, a equipe gestora e pedagógica recebeu as orientações para a utilização da plataforma. E eles estão usando especialmente o Google Meet e o Google Classroom, com muito sucesso.”

Erick Feijó é o consultor comercial responsável pelo atendimento do Colégio Américo Mesquita pela Editora Opet. Ele destaca o compromisso da instituição com a qualidade do ensino e, também, o olhar dos gestores. “Um exemplo interessante foi o da cerimônia ecumênica do Dia das Mães, em que a escola rendeu uma bela homenagem às mães dos estudantes e, ao mesmo tempo, aproximou as famílias da tecnologia.”  

Ressignificar, aprender, explorar: atitudes fundamentais de quem educa em tempos de pandemia

Com a pandemia do coronavírus, 1,5 bilhão de estudantes tiveram suas aulas suspensas ou reconfiguradas para um cenário de distanciamento social. De acordo com a UNESCO, esse número corresponde a mais de 90% dos estudantes do mundo. Isso significa que milhões de educadores também se encontram, agora, diante do desafio de “reaprender” a ensinar.
O uso das tecnologias digitais na educação já é uma realidade em grande parte do mundo, mas a escola física, como espaço material, instituição social e lugar de pertencimento, ainda é a fonte propulsora da educação.
Não tratamos, neste artigo, da ideia de “superar” esse conceito de escola, tão antigo e arraigado, ou de substituir o ensino presencial pelo remoto. Mas, sim, de como ressignificar este período de isolamento e adaptar o processo de ensino aprendizagem ao ambiente virtual.
Desafios são a tônica do dia a dia dos educadores. O que estamos vivendo é apenas mais um, que vai ser superado com compromisso, diálogo e aprendizado. Algumas atitudes são fundamentais nesse processo:
Ressignificar
Antes de qualquer instrução sobre plataformas on-line e ferramentas virtuais, é preciso reorientar a nossa mentalidade. Agora, mais do que nunca, nós, educadores, precisamos estar dispostos a reaprender a trabalhar, porque só através da educação, da ciência, da informação e da consciência, é que poderemos evitar crises semelhantes no futuro.
Ensinar é uma ação relacional, de interação, escuta e troca. A atmosfera da sala de aula é de protagonismo, transformação, superação e coisas novas. Isso tudo ainda é possível! À distância, sem a segurança das paredes, mas também sem seus limites. O mundo todo está compartilhando medos, angústias e frustrações; mas, também a esperança, a vontade da mudança e a busca por soluções. Nem toda distância é ausência e, graças ao saber, à ciência e à tecnologia, cá estamos nós, dentro de casa, mas com uma ou mais janelas abertas para o mundo.
Aprender, aprender e aprender…
Embora saibamos que quem ensina tem o dever de estudar sempre, é importante focar no fato de que toda renovação exige aprendizado. É necessário rever nossos métodos e adaptar nossa abordagem, com base nos recursos de que dispomos. Se você faz parte da geração das pilhas de livros, do globo e da lousa, peça dicas aos colegas, pesquise sobre as ferramentas disponíveis para educação à distância e fortaleça seus conhecimentos.
Lembre-se de que os conhecimentos que você já tem são muito importantes, e podem ser acrescidos de outras informações. Uma dica é a central de recursos do Google for Education, que disponibiliza uma série de materiais e sugestões para explorar as plataformas online e construir uma abordagem pedagógica eficiente a partir delas. Você e seus colegas também podem montar grupos de WhatsApp e fóruns de interação para trocar ideias e analisar resultados. Comunique-se, traga dúvidas, ofereça soluções, compartilhe!
Explorar
Se sua escola já possui um espaço on-line, busque maneiras para utilizá-lo de forma dinâmica, sem se limitar à postagem de um exercício ou texto. Se esse ambiente não dispuser de outros recursos, ferramentas como o Google Sala de Aula e os Hangout Meets são excelentes para atividades, avaliação on-line e videochamadas. Lembre-se de que é necessário alinhar o planejamento pedagógico do professor com  a coordenação da escola.
Busque interagir para engajar os estudantes, explorando a principal condição material para suas aulas neste momento: a internet. Incentive pesquisas, sugira vídeos e conteúdos extras, abra espaço para que eles se expressem e se identifiquem (enquetes, jogos, quizzes, fóruns etc.).
Lembre-se de que, nesse sentido, conexão pode ser um paradoxo; de nada adianta termos o privilégio de estar “conectados” pela tecnologia, se agimos de forma mecânica e impessoal na frente da tela. A tecnologia é um grande meio, não um fim em si – na educação, ela brilha a partir de quem a utiliza com empatia, talento e criatividade.
Sabemos que o ambiente escolar – físico e simbólico – é cheio de significados de extrema importância para o desenvolvimento do estudante. Estímulos cognitivos, sensoriais, emocionais e sociais fazem parte da rotina na escola. Essa é a limitação do ambiente virtual; falta um acesso mais orgânico à abertura relacional para o aprendizado.
Mas, neste momento, essa ausência pode e deve ser superada com uma boa conexão, nascida da inteligência, dedicação, aprendizado, empatia, diálogo e capacidade de adaptação. Com ela, não apenas superaremos este momento, como sairemos fortalecidos no pós-pandemia.
Sugestões de leitura:

Gestão financeira escolar no período de quarentena

As consequências da pandemia do Covid-19 são estruturais. A maneira como administramos e ensinamos está sendo revista para frear o contágio e salvar vidas. Essa é a prioridade. Mas, como a escola, uma entidade diretamente associada a um espaço físico, à interação e à presença, pode se manter diante de uma situação de isolamento? Como garantir uma gestão financeira equilibrada quando não podemos receber nossos estudantes na escola? É, de fato, um grande desafio. Mas, o compromisso da educação com o desenvolvimento humano é maior. Ele promove o diálogo, pensa estratégias e cria soluções – e é por ele que estamos aqui. A seguir, vamos focar em alguns temas que preocupam muito os gestores e mantenedores de escolas privadas.

As mensalidades na quarentena

Diante do isolamento, há quem questione a cobrança regular das mensalidades escolares, uma vez que os estudantes estão em casa. Entretanto, se a escola mantiver suas atividades por meio de aulas à distância ou com garantia de reposição, a cobrança da mensalidade é assegurada pelos órgãos de defesa das relações econômicas, uma vez que o serviço continua sendo prestado.

É claro que um exercício de solidariedade deve ser feito para compreendermos que esse questionamento vem de uma situação de possível instabilidade financeira familiar. Entendemos que a comunidade escolar é composta por vários agentes e tem muitas perspectivas e realidades. Por isso, é imprescindível que essa relação esteja fixada pelo diálogo. Oferecer descontos de pontualidade, negociar formas de pagamento e buscar acordos são formas que podem ser adotadas para evitar inadimplência e cancelamentos contratuais.

Vigiar os gastos e realocar recursos

Manter uma escola funcionando em uma estrutura adequada requer uma série de investimentos materiais, que representam uma grande fatia da distribuição financeira da instituição. Em um contexto de pandemia e suspensão das aulas presenciais, é preciso redistribuir recursos e evitar gastos significativos com o espaço físico da escola, uma vez que este, agora, está em segundo plano. Isso não significa negligenciar ou “esquecer” a escola física, mas procurar renegociar ou mesmo suspender temporariamente o contrato com serviços destinados à estrutura, como limpeza, manutenção predial, telefonia, etc.

Planejamento financeiro

Embora o foco, agora, seja passar por este momento difícil e superar as adversidades, é importante ter em mente que não sabemos o que o futuro nos reserva. É o preparo que evita um colapso em momentos de crise. Por isso, investir em um plano financeiro que contemple situações emergenciais é a estratégia mais assertiva para lidar com problemas como os que enfrentamos hoje. Destinar uma porcentagem da sua receita para construir esse “fundo emergencial” é uma medida que deve ser colocada ao lado das outras obrigações financeiras da escola. Isso possibilita um funcionamento regular e estável, mesmo em momentos de vulnerabilidade econômica.

Estamos em um cenário de crise global e não podemos prever com exatidão quanto tempo será necessário até que possamos voltar às ruas com segurança. Essa incerteza é o que agrava a preocupação com a gestão financeira porque diz respeito diretamente aos recursos empregados para manter as atividades da escola e garantir as portas abertas após a pandemia. Por isso, o momento exige calma, lucidez, estratégia e compromisso. Precisamos entender que a missão de ensinar pode ser cumprida à distância, mas que a instituição Escola, enquanto espaço social e de construção coletiva, deve ser preservado. No momento, o que podemos fazer é prezar pela vida e pela saúde de todos, unindo esforços e trocando ideias para que amanhã estejamos recuperados e fortalecidos.

Livros em casa, formações remotas e muita ação: os primeiros momentos da parceria Cotia-Editora Opet

As últimas semanas têm sido de grandes novidades e transformações na educação municipal de Cotia (SP), um dos mais novos parceiros da Editora Opet na área pública. O município, que acaba de adotar as coleções e ferramentas Sefe para a maioria de seus estudantes – Jardim I e II (Educação Infantil 4 e 5), Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais – aderiu com entusiasmo às implantações digitais e formações a distância proporcionadas pela Editora na parceria com o Google for Education.

Há alguns dias, as coleções foram enviadas de Curitiba para Cotia e o município organizou uma operação especial para a sua distribuição às famílias, o que aconteceu com apoio dos diretores das escolas. Por meio das redes sociais, o prefeito municipal, Rogério Franco, apresentou os materiais à comunidade, observando sua importância no contexto das atividades realizadas pelos estudantes em casa e com apoio das ferramentas virtuais.

O secretário municipal de Educação, Luciano Corrêa, destaca o desafio de implantar um sistema de ensino nesta época. “Nossa parceria com a Editora Opet se iniciou em um contexto muito peculiar, que é o da pandemia. Contudo, a resposta da Editora tem sido muito boa, atendendo prontamente às necessidades educacionais do momento.

Segundo ele, os professores gostaram muito das primeiras formações realizadas online. Nos próximos dias, os estudantes passam a usar a plataforma digital da Editora. “Estamos certos de que as soluções que estamos encontrando para esse momento servirão como um grande aprendizado e, com o passar do tempo, se consolidarão como poderosas ferramentas para o ensino-aprendizagem da rede de Cotia.”

A gestora pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen, observa que, historicamente, a Editora Opet realiza as implantações e as formações de forma presencial, mas que está se adaptando rapidamente às mudanças. “A formação presencial é uma característica do nosso trabalho, um diferencial. No entanto, diante das circunstâncias, nos fortalecemos para o trabalho online e estamos nos saindo muito bem”.

Ela explica que, num primeiro momento, os encontros em Cotia foram realizados com a equipe da Secretaria Municipal de Educação. “Desde o início, estamos fazendo essa troca de informações com a Secretaria para entender as expectativas do município. É uma parceria que envolve muito diálogo, muita discussão e muito respeito em busca de ideias e inovação”, observa Cliciane.

Já foram realizados dois encontros formativos. O primeiro deles, dividido de acordo com os segmentos de ensino atendidos, envolveu uma apresentação das coleções, ferramentas e concepção teórico-metodológica do sistema de ensino. E o segundo, que aconteceu ontem (23), colocou mil professores no ambiente virtual ao mesmo tempo, tendo como tema a sensibilização para ferramentas digitais como o Google Classroom. “Os professores são os protagonistas nesse processo. Buscamos sensibilizá-los para a potencialidade e para a facilidade de uso da plataforma digital”, explica Cliciane. E esse processo vai continuar. “Agora, com a expansão das implantações, das formações e das atividades pedagógicas, vamos mostrar para os professores, famílias e estudantes de como é possível continuarmos a ensinar e a aprender em um espaço virtual.” Ao todo, 1,8 mil professores vão utilizar as ferramentas.

O gerente comercial da Editora Opet para a área pública, Roberto Costacurta, considera a parceria com Cotia como estratégica, em especial pela dedicação do município à educação. “Cotia desenvolve um trabalho exemplar, de protagonismo na área educacional. E nós estamos juntos para isso, para fazer com que o município se destaque. Damos todo o suporte e todo o apoio”, observa.

O secretário de Educação Luciano Corrêa tem grandes expectativas em relação ao trabalho com a Editora. “Esperamos que, com essa parceria, possamos continuar avançando na oferta de educação de qualidade, oferecendo material pedagógico estruturado que funcione como uma importante ferramenta de trabalho pedagógico, enriquecendo as ações pedagógicas planejadas pelo professor. Também esperamos que os professores recebam formações que ampliem seus conhecimentos e sustentem seu trabalho. Dessa forma, vamos alcançar a figura mais importante, que é o estudante da nossa rede municipal.”

Parceira Opet no RN faz “drive thru” para entrega de materiais didáticos

Em tempo de isolamento social, as escolas estão encontrando formas criativas e seguras de distribuir os materiais didáticos e seguir ensinando. Um bom exemplo é o do Plenitude Complexo Educacional, parceiro da Editora Opet na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte. Lá, a escola montou um “drive thru” para que as famílias dos estudantes pudessem receber os materiais Opet Soluções Educacionais relativos ao atual período letivo com toda segurança. O resultado? Em um único dia, 85% dos estudantes receberam os materiais!

A “operação”, conta a diretora Rosicleide Sebastiana de Melo, aconteceu no dia 08, junto com uma entrega de ovos de Páscoa oferecidos pela escola para os alunos. As famílias receberam vários materiais – devidamente embalados -, como os livros das coleções “Joy!” (Língua Inglesa), “Família Presente” (Infantil e Fundamental Anos Iniciais) e volumes complementares de Educação Física, Filosofia e Espanhol.

“A ideia do drive thru surgiu da necessidade de entrega do material didático que estava na escola. Esse material é importante para a continuidade das aulas, à distância. Por outro lado, precisávamos evitar aglomerações em função da pandemia”, conta Rosicleide.

Para a divulgação, a escola produziu um pequeno vídeo, que foi enviado previamente às famílias. Alguns professores foram chamados a participar e, no dia combinado, a entrega foi feita na frente da escola. Com segurança, distanciamento físico, máscaras, limpeza das mãos com álcool em gel a cada entrega e cartazes de conscientização para a comunidade escolar. “As pessoas respeitaram as regras e, em nenhum momento, tivemos aglomerações.”

Quase todas as famílias dos matriculados retiraram os materiais. “Ontem, segunda-feira, realizamos a entrega dos livros e dos materiais nas casas daquelas famílias que, por algum motivo, não puderam ir ao drive thru”, explica a diretora.

Parceria livros-plataforma – Rosicleide conta que, a partir do momento em que o governo do Rio Grande do Norte estabeleceu a suspensão das aulas presenciais (no dia 17 de março), sua instituição buscou iniciar a educação a distância com uso dos materiais didáticos físicos. E, para isso, teve apoio da Editora Opet.

“Nesse momento de pandemia, de confinamento, a parceria nas aulas a distância é essencial”, conta. “A iniciativa da Editora Opet, de divulgar e orientar o processo da educação a distância, no ajudou muito. Esse processo, adaptado à nossa realidade de Educação Infantil e Ensino Fundamental, enriqueceu a discussão, induziu o uso das ferramentas e facilitou a parceria família-escola.”

Uma parceria de valor – “Nós temos uma parceria de alguns anos com Plenitude Complexo Educacional. É uma instituição muito séria, que começou pequena, caminhando com cuidado, e que está crescendo e se afirmando como especialista no segmento educacional que oferece”, observa o consultor comercial Erick Feijó, que atende a escola junto com os demais departamentos da Editora.

A opinião é compartilhada por Adriana Fialho, supervisora regional da Editora que faz o atendimento pedagógico da escola. “Eu diria que o Plenitude é, hoje, a melhor escola privada de Angicos. A diretora Rosicleide se preocupa muito com a qualidade da educação e está sempre procurando o melhor para seus alunos. A iniciativa do drive-thru é um exemplo disso.”

 

Solução em educação para o isolamento social – Editora Opet e Google for Education

Dez mil usuários já estão usando as ferramentas digitais da Editora Opet

Nas últimas semanas, uma pergunta está mobilizando gestores de escolas públicas e privadas de todo o Brasil: como fazer com que, em tempos de isolamento social, as crianças da Educação Infantil e os estudantes do Ensino Fundamental e Médio sigam aprendendo, engajados e interessados?

Na Editora Opet, a resposta passa por um investimento significativo em ferramentas tecnológicas. Muito mais do que isto, porém, passa pelo uso inteligente desses meios e pela participação das pessoas – parceiros, estudantes, professores, famílias e da nossa equipe pedagógica. E, especialmente, pela oferta permanente de conteúdos e atividades de alta qualidade.

“Desde o início da crise, acompanhamos atentamente todos os acontecimentos, assim como as normativas dos governos e do ministério da Saúde”, explica Cliciane Élen, gerente pedagógica da Editora. “Assim, tão logo começou o isolamento, já tínhamos estruturado e desenvolvido um plano de ação para o uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem dentro plataforma do Google for Education.”

 

Muitas salas de aula – Em duas semanas, a Editora criou 14 salas de aula no ambiente Google Classroom. São as salas “Educação que Aproxima”, que, até agora, já foram acessadas por nada menos do que dez mil usuários, entre estudantes, professores e familiares. Lá, eles têm acesso a propostas educacionais desenvolvidas especialmente para esses momentos online.

E esse número vai aumentar nos próximos dias, na medida em que mais escolas e redes municipais de ensino parceiras comecem a participar. As salas “Educação que Aproxima”, observa Cliciane, estão disponíveis para estudantes, professores e familiares. Os códigos de acesso são distribuídos para esse público pelas escolas e redes municipais parceiras, e devem ser obtidos por seus gestores com os supervisores regionais da Editora.

A “cara” do aprendizado – Os conteúdos e sequências pedagógicas oferecidas pela plataforma abrangem todos os níveis de ensino atendidos pela Editora, da Educação Infantil ao Ensino Médio. “No caso das propostas que vão da Educação Infantil ao segundo ano do Ensino Fundamental, foram produzidas para serem desenvolvidas com a mediação de um familiar. No caso das demais propostas, do terceiro anos inicias ao Ensino Médio, elas podem ser acessadas diretamente pelos estudantes”, explica Cliciane.

E que propostas são essas? O planejamento dos temas geradores é feito semanalmente pela equipe pedagógica. Na primeira semana, o tema geral foi o coronavírus; na segunda, os temas foram definidos por nível de ensino, sempre respeitando as especificidades de cada ano ou etapa que atendemos.

Na próxima edição de “Fique por Dentro!”, vamos trazer os primeiros relatos de familiares, professores e estudantes com as ferramentas da plataforma digital da Editora Opet.