“O quê? Quando? Onde? Como? Por quê?” – as perguntas como estratégia instigante para o aprendizado

Feche os olhos e imagine a figura de um filósofo grego. Provavelmente, ele estará lá, sentado em uma pedra e se perguntando alguma coisa: “Mas, como será que…?”. E, dali a pouco, já começa a construir pensamentos e a buscar respostas.

É isso: as perguntas são um importante ponto de partida para o conhecimento e para o aprendizado. Elas podem partir tanto do professor, quando quer instigar o aluno, quanto do próprio estudante. No caso do estudante, ora ele questiona a si mesmo, ora questiona o professor. Em outros momentos é o educador quem faz as perguntas, caminhando no sentido de um campo de conhecimento ou de outras perguntas importantes.

Podemos considerar, portanto, que há uma relação direta entre curiosidade, formulação de perguntas e processo de aprendizagem. Ou seja, o aprendizado ocorre quando há curiosidade suficiente para formulação de uma ou mais perguntas.

Para estimular o questionamento, questione o educando

Não apenas os aprendentes devem ser estimulados a fazer boas perguntas: o professor também deve buscar a excelência nesta arte. Uma boa pergunta é, acima de tudo, um convite, uma instigação. É papel do mestre formular questões que ajudem o estudante a pensar sobre um processo, desenvolver um pensamento divergente ou buscar mais pontos de investigação.

Do mesmo modo que o estudante chega ao conhecimento através dos questionamentos que faz, o educador consegue estimular reflexões importantes no educando quando pergunta com intencionalidade.

Ao fazer isso, o professor provoca desequilíbrios que favorecem um aprendizado mais reflexivo e crítico, ou seja, nascido com a participação direta do estudante. Nesse processo estão presentes dois aspectos importantes para a aprendizagem: a metacognição e a relação afetiva com o conhecimento.

A metacognição refere-se a como o sujeito utiliza suas funções cognitivas. Já a relação afetiva com o conhecimento tem a ver com a percepção do estudante quanto à sua vinculação com o objeto de conhecimento.

Imaginação, contação de histórias e a arte de fazer perguntas: como o texto jornalístico pode colaborar nesse processo

Por falar no vínculo entre aprendizagem e relação afetiva com o conhecimento, uma boa maneira de trabalhar esse conceito é inserir atividades lúdicas por meio dos jogos, brincadeiras e do estímulo à imaginação.

Com esses elementos é possível instigar boas emoções, algo que está fortemente ligado com a criação de memórias e que ainda garante uma aprendizagem investigativa. É comum que, ao ter a imaginação estimulada, as crianças passem a questionar: “Como o avião voa?”, “Por que o arco-íris só aparece quando chove?”, “Princesas e bruxas existem de verdade?”.

Esse universo de fantasia também é um excelente caminho para o estímulo de boas perguntas, além de trabalhar a imaginação das crianças. Para isso, o professor pode, por exemplo, contar histórias, sejam lendas, mitos ou tradições de uma sociedade, de maneira que o estudante tenha vontade de realizar mais perguntas a respeito do tema.

Existe um costume judaico que pode exemplificar melhor essa ideia, de relacionar transmissão de conhecimentos e, ao mesmo tempo, estimular a imaginação e a curiosidade. Esse costume, que ocorre na noite de Pessach, visa estimular as crianças a questionar os adultos sobre o porquê de aquela noite ser diferente das demais. Esse é o ponto de partida perfeito para que os adultos contem sobre o significado da tradição.

Porém, para garantir uma aprendizagem realmente eficaz, seja por meio das brincadeiras, perguntas ou contação de histórias, é preciso que o professor desenvolva um planejamento cuidadoso e saiba utilizar diferentes recursos e materiais, além de ensinar o aprendente a como fazer as melhores perguntas.

Desenvolvendo boas perguntas com base na técnica jornalístico

Para desenvolver boas perguntas, o educador pode se guiar pelos pilares que norteiam o texto jornalístico.

Quando um jornalista escreve uma matéria, ele utiliza os seguintes questionamentos: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê? Essas seis perguntas “cercam o tema” e vão oferecer uma base para direcionar sua entrevista, reportagem ou texto. São questões-chave para oferecer ao leitor tudo o que ele precisa saber sobre determinado assunto.

Portanto, elas também se adaptam perfeitamente a um contexto no qual o professor se propõe a trabalhar com esse ensino mais investigativo por meio das perguntas.

Aprendizagem baseada em investigação

Ao aprender a questionar sobre os pontos importantes relacionados ao objeto de aprendizagem, o estudante passa a construir suas próprias hipóteses a respeito dos problemas que lhe são apresentados.

Porém, aqui o professor deve tomar o cuidado de guiar o estudante para a melhor solução. Isso porque, ao deixar a criança agir e brincar efetivamente, lançando seu olhar curioso sobre os fatos, cada uma terá sua própria resposta em um primeiro momento.

Cabe ao professor analisar se tal resposta é satisfatória e, caso não seja, deve continuar a estimular o educando a questionar ainda mais. Sempre guiando-o por um caminho lógico e baseado em evidências. Esse, aliás, é um método que tem raízes na filosofia – mais exatamente na maiêutica, desenvolvida por Sócrates.

As crianças não pensam como adultos. Elas possuem uma perspectiva única que é desenvolvida a partir de sua curiosidade perante o mundo. Portanto, quanto mais são estimuladas, mais se tornam investigativas, lúdicas e construtoras – isto ajuda a gerar protagonismo.

Materiais e recursos digitais como ferramentas auxiliares do ensino inquisitivo

Como citamos, para garantir uma aprendizagem realmente eficaz, o professor deve saber planejar, ensinar o educando a criar boas perguntas e utilizar diferentes recursos e materiais.

Para ensinar a criar boas perguntas, já vimos que os pilares do texto jornalístico podem ajudar. Já para propor bons jogos e brincadeiras, é preciso fazer boas escolhas de recursos educacionais.

Gamificação, robótica e exercícios feitos por meio de quizzes são ótimas soluções para estimular no estudante a vontade de questionar. Por se tratar de soluções educacionais ativas, ou seja, processos em que o estudante coloca a “mão na massa”, muitas dúvidas vão surgindo no meio do caminho.

O mais interessante é que essas práticas de ensino também ajudam o estudante a buscar as respostas de diversas maneiras. Pode ser por meio de perguntas ao professor ou para os colegas que sabem algo que ele ainda não descobriu; pode ser pos pesquisas em livros ou internet; pode ser até mesmo por meio da observação do mundo – placas, monumentos, casas, cenário, pessoas…

Onde encontrar ferramentas para uma aprendizagem inquisitiva

A Opet INspira é uma plataforma educacional de recursos digitais desenvolvida pela Editora Opet. Lá, educadores e estudantes encontram um acervo de recursos pedagógicos como material didático, ferramentas de apoio e objetos educacionais digitais – vídeos, áudios, apresentações e quizzes.

Os conteúdos da plataforma educacional Opet INspira auxiliam os educadores no desenvolvimento de avaliações e sequências didáticas. Também permitem que o docente crie trilhas de aprendizagem e forneça roteiros de estudos aos estudantes.

Além disso, há opções para que o professor consiga promover um ensino inclusivo, pois a plataforma conta com recursos de tecnologia assistiva. Basta acessar o Menu de Acessibilidade para visualizar funções de teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto e contraste totalmente adaptados a diferentes necessidades.

Quadrinhos Digitais: uma opção pedagógica para encantar e engajar!

Imagens, textos, roteiro, arte sequencial e histórias envolventes sobre os mais diferentes temas, de super-heróis a temas históricos e literários. Há mais de cem anos, desde que surgiram, as histórias em quadrinhos são um caminho certo para o entretenimento e para uma conexão muito especial com a cultura. Em tempos mais recentes, elas também passaram a fazer parte do arsenal de recursos pedagógicos utilizados por professores em todo o mundo. Em especial, como objeto de leitura e interpretação. Seus limites, porém, não param por aí. Que tal pensar na hipótese de fazer com que professores e alunos produzam suas próprias histórias em quadrinhos? E que tal fazer isso usando recursos digitais, que dinamizam o facilitam o processo?

Pois é exatamente esse o caminho que está sendo seguido pela equipe pedagógica da Editora Opet, que participou recentemente de um curso para a produção de HQs digitais com o professor Marciel Oliveira Rocha, da Nuvem Mestra. A Nuvem Mestra é parceira da Editora Opet na implementação das ferramentas Google Workspace for Education, utilizadas por cerca de 140 mil estudantes e professores que utilizam as coleções Sefe e Opet Soluções Educacionais.

Esse aprendizado, é claro, será replicado nas formações pedagógicas para que professores parceiros de todo o país também possam “mergulhar” no universo criativo e pedagógico das histórias em quadrinhos.

“Nossa equipe de assessores e supervisores está em constante aprendizado, justamente para oferecer esses recursos aos nossos professores parceiros”, explica a gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto. “E fazemos isso com uma antecedência considerável em relação às formações pedagógicas, que é justamente para abranger todas as possibilidades de uso, os níveis mais adequados de aplicação, as dificuldades e as vantagens.” No caso das histórias em quadrinhos digitais, elas entrarão na programação das formações pedagógicas a partir do segundo semestre.

Gênero textual – Os quadrinhos são um gênero textual apontado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dentro dos objetivos de aprendizagem, práticas de aprendizagem e habilidades nos três níveis de ensino – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Cliciane acredita que as HQs são especialmente interessantes para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, etapa que abrange, entre outros conhecimentos, a alfabetização.

Nessa etapa, o diálogo texto-imagem proposto pelos quadrinhos, em especial no formato online, pode ser muito enriquecedor. “Tudo depende da abordagem e da ênfase que se dá aos elementos que envolvem essa forma de comunicação”, observa.

Outro aspecto destacado pela gerente pedagógica da Editora Opet é o fator afetivo que nos conecta aos quadrinhos. “Essas histórias permitem revisitar uma memória afetiva que é tanto dos estudantes quanto dos professores. Afinal, são poucas as pessoas que não tiveram contato – e não se divertiram – com os quadrinhos.”

Ferramentas – E a equipe pedagógica da Editora se divertiu – e aprendeu bastante – com a formação. “É diferente trabalhar com essas ferramentas. É sempre um formato muito lúdico, muito prazeroso”, observa Cliciane. Segundo ela, o trabalho pedagógico envolveu ferramentas e aplicativos gratuitos, que permitem trabalhar de forma descomplicada.

Uma dessas ferramentas é o Pixton, desenvolvido em parceria por instituições como o Departamento de Educação de Nova Iorque, as escolas públicas de Chicago e as universidades de Harvard, Michigan e Stanford. “O acesso é bem fácil e, apesar de o site estar em inglês, ele é muito amigável e pode ser aprendido e utilizado rapidamente”, explica Cliciane.

Exemplos de telas de trabalho do Pixton. Ferramenta foi desenvolvida por universidades e escolas dos Estados Unidos.

Com o Pixton, é possível criar histórias em quadrinhos do zero, selecionando todos os elementos – como personagens e cenários – com muitas possibilidades de edição. “O Pixton é apenas uma entre muitas opções com que vamos trabalhar em nossas formações”, antecipa. E os professores interessados em começar já podem encontrar tutoriais interessantes disponíveis na internet, como o desenvolvido pelo Espaço de Apoio ao Ensino Híbrido da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), em São Paulo – clique aqui e acesse!

Cliciane reforça a necessidade de, neste momento de ensino remoto, conhecer e acessar novas formas de engajamento e encantamento dos estudantes. “Proporcionar boas histórias, por exemplo, é algo importante. E os quadrinhos nos fornecem essa possibilidade de uma forma muito rica por meio das imagens, personagens e enredo. E também da memória afetiva que nos conecta aos quadrinhos.”

Dia Mundial da Infância, momento de refletir

Em 21 de março, comemora-se o Dia Mundial da Infância, data criada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para promover uma reflexão a respeito das condições de vida das crianças no mundo. A data também é um convite para a compreensão da importância desse período de vida e para que as pessoas lutem pelos direitos das crianças.

É um tempo, sem dúvida, de celebrar as belezas e a magia de uma etapa tão especial da vida. Mais do que isso, porém, é um tempo de recordar e lutar pelas crianças em situação de vulnerabilidade, que não possuem o mínimo para se desenvolver plenamente. Em todo o mundo, elas são milhões – inclusive, no Brasil.

Direito das crianças no Brasil: ECA e marco da primeira infância

No Brasil, os direitos das crianças são assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), publicado em 1990. Nele, foi determinado que pessoas de até 12 anos incompletos são consideradas crianças e, portanto, devem ter oportunidades e facilidades que assegurem o pleno desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social em condições de liberdade e de dignidade.

Além dos direitos já estipulados no ECA, em 2016, o Brasil teve ainda um outro avanço em relação aos direitos das crianças. Nesse ano, foi criado o Marco Legal da Primeira Infância (Lei Federal Nº 13.257/2016), que contempla as crianças de zero a seis anos. Essa lei, que foi adicionada ao ECA, estipulou, dentre vários outros termos, as seguintes diretrizes:

  • Aumento da licença-paternidade para 20 dias;
  • Direito ao brincar;
  • Conjunto de direitos a gestantes;
  • Prioridade para formação de profissionais envolvidos com a Primeira Infância;
  • Necessidade de expandir a educação infantil.

A importância da Primeira Infância

Investir nos primeiros anos de vida das crianças é crucial para a formação dos indivíduos. Os primeiros mil dias de vida – da gestação até os dois anos de idade – é uma janela única de oportunidades para o desenvolvimento neurológico, cognitivo, psicomotor e emocional das crianças. Infelizmente, apesar de todos os marcos legais, projetos públicos e datas especiais, muitas crianças não gozam desses direitos. Isso é o que mostram algumas pesquisas recentes.

Dados sobre os direitos gerais das crianças no mundo

Em 2018, um relatório publicado pela UNICEF mostrou que, de cada 10 crianças, 6 vivem em situação precária. Quase 12 milhões não têm a maioria de seus direitos assegurados, sendo que pelo menos 6 milhões vivem em situação de extrema pobreza (em famílias que sobrevivem com menos de US$ 1 por dia).

Em 2019, outra pesquisa trouxe dados a respeito da situação nutricional das crianças ao redor do mundo. Os resultados mostraram que 1 em cada 3 crianças com menos de 5 anos não recebiam nutrição adequada para crescer bem.

Situação geral das crianças no Brasil

Infelizmente, os dados de pesquisas feita especificamente no Brasil são tão desanimadores quanto os dados recolhidos ao redor do mundo. Para se ter ideia, em 2019, foram registradas 159 mil denúncias de violação dos direitos humanos, sendo que desse total 86 mil envolviam crianças e adolescentes. Das denúncias que envolviam crianças e adolescentes, 4,2 mil estavam relacionadas com trabalho ilegal.

Cerca de 17 mil dessas denúncias têm relação com violência sexual. Quanto a esse tipo de violência, há ainda o agravante de que, muitas vezes, é um tipo de violação de menos visibilidade.

Violência contra a criança e a pandemia

Segundo dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, o número de denúncias relacionadas à violência contra crianças e adolescentes caiu 12% na pandemia. Essa notícia, no entanto, não tem relação com a diminuição da violência, mas com a redução de sua percepção e denúncia. Isso porque, com o fechamento das escolas, boa parte dos casos – que eram descobertos por educadores e cuidadores – estão ficando sem registro. Isso é algo muito sério.

Campanhas e projetos do governo para assegurar os direitos das crianças

Existem diversas políticas e campanhas em prol dos direitos das crianças. Todas elas visam combater as formas de violência e chamar a atenção das pessoas para o assunto. A campanha “Maio Laranja”, por exemplo, tem como escopo o desenvolvimento de atividades que conscientizem, informem, mobilizem e sensibilizem a comunidade no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

Há, ainda, o Programa Criança Feliz , uma ferramenta que ajuda as famílias, com crianças entre zero e seis anos, a receber recursos para o desenvolvimento integral dos filhos.

Denunciar é fundamental

Além das campanhas e dos programas, é fundamental que a sociedade saiba como denunciar qualquer tipo de maltrato infantil. Inclusive as denúncias podem ocorrer de forma anônima. Canais como o Disque 100, o aplicativo Direitos Humanos e o site da ONDH são gratuitos e funcionam 24 horas por dia, mesmo em finais de semana e feriados.

Direitos à educação, cultura e lazer para todos, sem discriminação

Segundo o Artigo 4º do ECA, os direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária devem ser prioridade.

Ainda de acordo com o Estatuto, tais direitos se aplicam a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação. No entanto, na prática, a situação – infelizmente – é outra.

Direito à educação é negligenciado, mesmo sendo garantido no ECA

No site da UNICEF, é possível ver que, em 2019, 1,5 milhão de crianças e adolescentes, com idade entre 4 e 17 anos, não frequentavam a escola no Brasil. Sendo que a exclusão escolar afeta principalmente as crianças mais vulneráveis da população, já privadas de outros direitos. Ainda de acordo com UNICEF, outro problema relacionado ao direito de acesso à educação é a qualidade do ensino. Muitas crianças, apesar de matrículas nas escolas, estão sem aprender, pois o sistema de educação brasileiro não tem obtido êxito em garantir oportunidades de aprendizagem a todos.

Dados de 2018 mostram que 6,4 milhões de estudantes das escolas estaduais e municipais tinham dois ou mais anos de atraso escolar. Sendo que uma das principais consequências dessa má qualidade do ensino é o abandono escolar, já que, após ser reprovados diversas vezes, muitos abandonam a escola.

Discriminação piora o acesso à educação

Conforme citamos acima, o ECA prevê direitos para todos, sem discriminação – outra situação que, na prática, é bem diferente. A UNICEF afirma que, por trás desses problemas relacionados à educação, estão temas complexos, dentre eles o fato de que crianças e adolescentes pobres, LGBT, com deficiências, entre outros, sofrerem discriminação.

Programas da UNICEF para garantir os direitos das crianças no Brasil

A UNICEF também criou diversas iniciativas no Brasil, visando o direito à educação para as crianças. A Busca Ativa Escolar,  por exemplo, é uma plataforma que ajuda a identificar crianças e adolescentes fora da escola.

Já a estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar tem o objetivo de construir boas práticas nas escolas públicas, para que as crianças com atraso escolar consigam superar suas dificuldades educacionais.

O Portas Abertas para a Inclusão  visa formar professores, em todo o Brasil, capazes de incluir crianças com deficiência nas aulas de Educação Física.

Além desses, há ainda o Qualidade na Educação, o Globo Educação e o Programa Itaú Social UNICEF . Cada um direcionado à solução de um aspecto da educação.

Educação humana e cidadã: facilitando o acesso à educação através das tecnologias digitais

A plataforma educacional Opet INspira, da Editora Opet, conta com diversos recursos digitais para a promoção de uma educação humana e cidadã a todas as crianças. Nela há um acervo de conteúdos, material didático, ferramentas de apoio e objetos educacionais digitais que permitem ao educador desenvolver aulas para trabalhar diversos aspectos, sempre visando o desenvolvimento pleno da criança.

Recursos educacionais digitais colaboram com o pleno desenvolvimento das crianças

Dentre os recursos educacionais disponíveis, destacam-se opções como vídeos, áudios, jogos, quizzes e histórias infantis. Afinal, trabalhar a ludicidade, a imaginação e as brincadeiras pedagógicas é essencial para o desenvolvimento neurológico, cognitivo e motor das crianças.

A INspira dispõe ainda de objetos educacionais que permitem a inclusão de crianças com deficiência. Ao acessar a plataforma INspira, o educador encontra um Menu de Acessibilidade que dá acesso a diversas funções personalizadas, como teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto, contraste, entre outros.

Livros e ferramentas digitais: integração e transformação

Nos últimos meses, a educação digital cresceu de uma forma impressionante. Hoje, ela é utilizada por milhões de estudantes, e vai crescer cada vez mais. Nesse processo, qual o lugar dos livros? Como integrar o ensino digital aos volumes impressos? É possível, a partir dos avanços tecnológicos, pensar no surgimento de “super livros”?

Essas são algumas das perguntas que fizemos a Luciano Rocha, coordenador de Tecnologias Educacionais da Editora Opet e da plataforma educacional Opet INspira, na mais nova edição do OpetCast, o podcast de educação da Editora Opet. Clique e escute agora! Editora Opet: educação que aproxima!

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Opet INspira: o universo criativo por trás da plataforma educacional da Editora Opet

Uma plataforma educacional como a INspira, da Editora Opet, é resultado de muito conhecimento. Na verdade, é uma soma de saberes específicos, técnicos, teóricos e práticos, que permite a transformação do seu computador ou do seu smartphone em uma poderosa ferramenta de conhecimento.

Muitas vezes, ao acessar plataformas como a INspira, pensamos que os conteúdos “nascem ali”, ou seja, que são criados pelas mesmas pessoas que desenvolvem e programam os aplicativos, vídeos e áudios. Essa percepção é natural: afinal, está tudo à mão, tão perto e tão fácil de acessar, que a gente nem desconfia da quantidade de pessoas e das conexões que estão por trás de todo o processo.

Roger Wodzynski é o técnico audiovisual responsável pelo registro, tratamento e edição de todos os conteúdos multimídia disponíveis da plataforma educacional Opet INspira. Ele comanda o estúdio da Editora, um centro de produção com recursos de última geração. Em contato direto com Luciano Rocha e Cristina Chagas – o time de Tecnologias Educacionais da Editora –, ele desenvolve os projetos. “Toda a produção de conteúdo digital da plataforma Opet INspira parte de um mapeamento elaborado no planejamento estratégico que foi desenvolvido para a concepção e evolução da plataforma”, explica.

Roger Wodzynski: produção audiovisual da plataforma INspira é um processo cuidadoso.

“Os conteúdos são definidos pelos nossos editores, tomando por base os conteúdos dos materiais didáticos e o objetivo que se pretende com o objeto. Ele pode reforçar um determinado conceito ou expandir o conteúdo apresentado no livro impresso. A partir desse mapeamento, definimos qual o melhor formato para cada objeto”, conta Roger.

Integração – O que difere uma ferramenta digital de uma plataforma digital é a quantidade de recursos e, principalmente, a integração entre eles. Uma plataforma organiza e relaciona – “faz dialogar”, enfim – várias ferramentas que são desenvolvidas por muitas pessoas.

Os conteúdos da INspira, explica o coordenador de Tecnologias Educacionais da Editora, Luciano Rocha, também envolvem a participação de especialistas externos. Tudo, porém, começa “em casa”, a partir de demandas do próprio setor editorial (do qual as Tecnologias Educacionais são parte) e do setor pedagógico.

“Os conteúdos são elaborados pelos nossos editores a partir de reuniões e conversas entre a toda equipe editorial. Nelas, se define o melhor formato para cada objeto, que pode ser um vídeo, um áudio, uma imagem, uma apresentação em formato Power Point, um quiz, um simulador ou um game”, conta Luciano.

Cada tipo de objeto implica um fluxo de trabalho, um processo de produção e uma equipe próprios. “A produção de vídeos para a Educação Infantil, Ensino Fundamental – Anos Iniciais é feita internamente, em nosso estúdio. Os nossos editores criam baseando-se no mapeamento os roteiros para os vídeos, e o nosso estúdio cuida da parte técnica da produção”, explica.

Luciano Rocha: trabalho com a plataforma envolve várias etapas e um processo rigoroso de validação.

Um trabalho formidável, que envolve várias etapas – mapeamento, informações preliminares (briefing) ou roteiro, revisão e análise da linguagem, validação editorial do roteiro, produção, edição, revalidação do conteúdo, revisão do conteúdo, aprovação editorial e publicação na plataforma INspira – e toda a equipe editorial, dos coordenadores aos revisores, dos editores aos iconógrafos.

No caso do Ensino Médio, o trabalho é reforçado por um time de primeira: os professores do Colégio Opet, que participam, elaboram as aulas e atuam nas gravações das vídeo-aulas. “Os jogos digitais também são produzidos por nossa equipe interna, que conta com uma editora especialista da Educação Infantil, uma designer gráfica, a equipe da Tecnologia Educacional e os programadores”, conta Luciano.

Todo cuidado é pouco – Roger Wodzynski explica que a Editora Opet tem uma preocupação estratégica com a qualidade dos objetos educacionais colocados à disposição dos usuários. “As plataformas, redes sociais e canais como o Youtube estão abarrotados de conteúdos educacionais. Infelizmente, porém, a maior parte desses materiais não tem como referência fontes confiáveis, o que compromete totalmente a qualidade e até a segurança do ensino”, avalia.

“E é aí que reside o nosso diferencial: nossos conteúdos, aqueles que publicamos na plataforma INspira, têm qualidade didática e pedagógica. E, como estão alinhados aos materiais didáticos Opet Soluções Educacionais e Sefe, dialogam facilmente com as coleções e com a concepção pedagógica.”

Outra preocupação da equipe está em ajustar a linguagem aos objetos e, especialmente, à faixa etária dos usuários, que podem ser crianças ou adolescentes. “Nossa experiência na produção demonstra que alguns formatos de vídeos são mais aceitos do que outros. Uma vídeo-aula com o professor e lousa, por exemplo, é mais assertivo para estudantes do Ensino Médio. Já nos vídeos para os Anos Iniciais, o conteúdo deve ser apresentado de forma mais lúdica, o que torna a aula mais atraente aos estudantes”, explica Roger.

Em resumo: um trabalho incrível, resultado do esforço e da aproximação de pessoas que trabalham por uma educação digital da mais alta qualidade. E você, já conhece a plataforma educacional Opet INspira? Acesse agora!

Tecnologias digitais para uma nova escola

Você consulta o smartphone, acessa o desktop, envia uma mensagem via Whats e publica nas redes sociais. Todas essas ações são tão comuns em nosso cotidiano que a gente nem pensa a respeito. E, no entanto, há relativamente pouco tempo – alguns anos, na verdade – elas sequer existiam! Para uma trajetória de civilização de pelo menos sessenta séculos, pouco mais de uma década é quase nada. No entanto, as transformações são profundas!

As novas tecnologias, enfim, transformaram radicalmente as relações e a vida em sociedade. Uma mudança estrutural, que, é claro, também se reflete na educação.

Neste “novo mundo” digitalizado, é papel da escola ensinar aos estudantes sobre essas tecnologias e indicar a melhor forma de usá-las para diversos fins, como apresentação de trabalhos e desenvolvimento de projetos. É preciso, também, inverter o processo e aprender com os estudantes, que, muitas vezes, dominam as ferramentas digitais com muito mais facilidade. É, na verdade, um processo de troca que beneficia ambos os lados!

No caso específico das crianças, os professores devem trabalhar cuidadosamente para fazer com que as ferramentas sejam facilitadoras no processo de ensino-aprendizagem. Seja para deixar as aulas mais dinâmicas e interativas ou para melhorar a comunicação.

 

Principais tecnologias digitais educacionais

Trabalhar com tecnologias digitais na escola vai muito além de substituir o quadro negro por um painel multimídia, usar slides para explicar o conteúdo ou usar computadores nas aulas. Na verdade, a transformação digital não é apenas uma transformação de meios, mas de cultura – e esta percepção deve começar pelo professor e pelos gestores.

Existem diversas tecnologias digitais que servem para o desenvolvimento de métodos de ensino mais interativos e dinâmicos. Abaixo estão os principais:

  • Gadgets: são os aparelhos, o “hardware” – dispositivos eletrônicos portáteis, como smartphones, tablets, e-readers, lousa digital e mesas educacionais;
  • Softwares: são os programas, o “software” – eles permitem a criação e a leitura de aplicativos, jogos e livros digitais nos gadgets;
  • Ambientes virtuais de aprendizagem: são plataformas de ensino onde os professores disponibilizam atividades, vídeos, exercícios e demais conteúdos de aulas.

Essas tecnologias educacionais permitem o desenvolvimento de vários métodos e estratégias de ensino. Conheça os principais:

  • Gamificação: além do uso de jogos virtuais como ferramenta de ensino, a gamificação também propõe que o professor aplique os conceitos dos jogos, como etapas, pontuações, prêmios, avatares e desafios nas atividades realizadas no ambiente físico.
  • Stem: visando um melhor preparo da criança para o mercado de trabalho, a educação STEM (de Science, Technology, Engineering e Mathematics) propõe que a solução das atividades envolva sempre as disciplinas Ciências, Tecnologias, Engenharia e Matemática.
  • Sala de aula invertida: o aluno internaliza os conceitos essenciais da disciplina antes da aula, chega na escola preparado para discutir as informações adquiridas previamente e esclarece possíveis dúvidas com o professor.
  • Aprendizagem baseada em problemas: ao utilizar essa estratégia, o professor reúne as crianças para analisar e resolver um problema real ou elaborado especialmente para a aquisição de determinados objetivos de aprendizagem.
  • Aprendizagem baseada em projetos: neste método, que pode ser associado com a aprendizagem por problemas, o professor propõe um problema desafiador que estimule a imaginação e, a partir disto, os estudantes desenvolvem um projeto que solucione tal questão.

 

Durante os processos de qualquer um dos métodos citados acima, o professor pode potencializar os estímulos, propondo atividades com o uso de podcasts, jogos e quizzes.

Ensino híbrido: teoria em casa, prática na escola

As tecnologias educacionais não contribuem apenas para a criação de novos métodos de ensino, mas também com novos modos de promover a educação, entre eles o ensino remoto e o ensino híbrido.

No ensino híbrido, parte das aulas ocorre por meio dos ambientes virtuais de aprendizagem, plataformas em que o professor disponibiliza videoaulas, materiais didáticos e outros conteúdos. A outra parte é aplicada em sala de aula.

Esse modo de entregar conteúdo educacional é perfeitamente combinável com os novos métodos de ensino.

Se o professor opta por deixar apenas o conteúdo teórico para o ambiente virtual, as aulas presenciais podem ser totalmente utilizadas para colocar em prática, através dos projetos, problemas, debates e jogos, os conteúdos estudados previamente em casa.

Só é preciso tomar cuidado para não deixar o conteúdo on-line muito maçante. Justamente por ser algo que pode facilmente desinteressar o aluno, o professor deve abusar de ferramentas visuais, jogos e quizzes como meios de engajamento.

 

Entenda como o cérebro aprende para descobrir como usar as tecnologias digitais

Conhecer tecnologias não é o suficiente: o educador também deve compreender como ocorre o processo de retenção do conhecimento. Só assim as ferramentas digitais serão utilizadas, de fato, em prol do processo de ensino-aprendizagem.

Abaixo, estão listados alguns pontos sobre o processo de aprendizagem que devem ser considerados no momento de criar uma estratégia de ensino com as tecnologias digitais.

  • Associação de informações: o primeiro ponto a se considerar sobre o aprendizado é que a formação da memória é mais eficaz quando o indivíduo consegue associar a nova informação com conhecimentos já adquiridos.
  • Emoção: evidências neurocientíficas mostram que quanto maior a emoção envolvida em um evento, mais forte será a retenção desta memória.
  • Motivação: a motivação do aluno também é fator determinante para a aquisição do conhecimento. Por isso, é importante criar atividades que estimulem e desafiem as crianças.
  • Atenção: é claro que de nada adianta criar tarefas que estimulem as crianças apenas no início, mas que, por ser muito difíceis ou fáceis demais, as acabem desestimulando no final do processo. Nada de anticlímax! Ao perder o interesse pelo assunto, a criança deixa de prestar atenção ao tema, e sem concentração não há aprendizagem.
  • Praticar o conteúdo teórico: é sabido que ler, ouvir e assistir aulas é fundamental para aprender, mas a maior parte deste aprendizado ocorre quando esse conteúdo é debatido, praticado e repassado.

 

Como unir as evidências da neurociência com as tecnologias educacionais

Todos os métodos de ensino citados acima envolvem elementos importantes para o aprendizado. Em todos eles, a prática da teoria é muito valorizada. Sendo assim, trabalha-se também a interdisciplinaridade, algo fundamental para que as crianças consigam fazer a associação dos novos conhecimentos com aqueles já adquiridos.

Também estimula as emoções, uma vez que o aluno precisa lidar com as diversas etapas de um projeto, com os demais colegas e com novos desafios.

Mas, além das emoções, a necessidade de lidar com desafios garante ainda motivação, outro elemento essencial para o aprendizado. E, é claro que, ao estar motivado, a concentração ocorre naturalmente.

Por fim, a multidisciplinaridade promovida por esses métodos de ensino garante o desenvolvimento de habilidades cognitivas importantes e um aprendizado significativo. Ou seja: associando conhecimentos de várias disciplinas, o aluno descobre como aplicar os conceitos na vida prática.

Basicamente, as aulas deixam de ser abstratas e se aproximam da realidade do aluno, não apenas por utilizar ferramentas conhecidas por ele, mas por prepará-lo para a vida em uma sociedade cada vez mais tecnológica e digitalizada.

 

Tecnologias digitais aproximam a escola da realidade do aluno

Hoje, as notícias são acompanhadas em sites, boa parte das conversas ocorrem nas redes sociais e os documentos são salvos em nuvens.

No entanto, não foi apenas os meios que mudaram, mas a velocidade com que diversos aspectos se modificam e as informações chegam até todos. Tudo acontece em uma velocidade muito maior e, em um mundo globalizado, as informações chegam de todos os lugares.

Logo, não é de se espantar que várias ferramentas pedagógicas utilizadas no passado não funcionem mais na nossa sociedade. Por isso, a Opet INspira, plataforma educacional de recursos digitais desenvolvida pela Editora Opet, oferece diversas ferramentas pedagógicas digitais que funcionam muito bem para os dias atuais.

 

Recursos educacionais digitais para ensino híbrido e inclusivo

Na plataforma educacional Opet INspira, o docente encontra um acervo de conteúdos para desenvolver suas aulas, inclusive na modalidade híbrida de ensino. Entre os recursos disponibilizados estão materiais didáticos e objetos educacionais digitais, como vídeos, áudios, apresentações, quizzes, banco de imagens e histórias infantis.

São ferramentas que também permitem a elaboração de aulas inclusivas, afinal, com as tecnologias educacionais digitais, aumentaram as possibilidades de estratégias de ensino para crianças com deficiência ou transtornos de aprendizagem.

Na plataforma INspira, o professor encontra um Menu de Acessibilidade que dá acesso a funções personalizadas, como teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto, contraste, entre outros.

 

Recursos para crianças e professores

Além de todos os instrumentos disponíveis para o desenvolvimento de aulas para as crianças, na plataforma também há recursos para ajudar os professores.

Além dos conteúdos que auxiliam no desenvolvimento de avaliações, sequências didáticas, trilhas de aprendizagem e roteiros de estudos, há ainda tutoriais em formato de vídeo e PDF para orientá-los na utilização desses recursos disponíveis e da plataforma.

A Opet INspira é completa e está em constante atualização para garantir que professores e estudantes tenham sucesso no processo de ensino-aprendizado!

“Cartões digitais” aproximam supervisores dos parceiros públicos e privados

Os cartões de visita ou apresentação cumprem um importante papel nas relações profissionais. Esses pequenos retângulos de papelão com dados profissionais essenciais – empresa, nome, cargo, telefone e e-mail – ajudam a estabelecer a primeira comunicação e facilitam contatos futuros.

Em tempo de pandemia e de avanços digitais, porém, os cartões estão mudando para oferecer ainda mais aproximação, mesmo que à distância. A começar pela eliminação do elemento físico, o papelão. Os supervisores regionais da Editora Opet, por exemplo, já estão usando “cartões digitais”, com foco em smartphones e e-mails – esta, aliás, é uma tendência global.

As peças foram especialmente criadas pelo Pedagógico da Editora em parceria com o Marketing. Em formato 100% digital, trazem uma breve apresentação do supervisor em vídeo, assim como seus contatos.

Amigáveis, digitais – “Os supervisores regionais são responsáveis pela primeira instância do atendimento, que precisa ser assertiva e amigável”, explica a coordenadora pedagógica Silneia Chiquetto, que coordenou a produção pelo Pedagógico.

Silneia destaca a excelente receptividade dos cartões digitais. “Nossos parceiros das escolas privadas e das redes municipais estão dando excelentes devolutivas. Eles gostaram do modelo pelo tipo de apresentação – que é ágil e pessoal – e também pela facilidade em termos de compartilhamento, como no Whatsapp, por exemplo”. Essa, aliás, é outra vantagem dos cartões digitais: eles podem ser rapidamente compartilhados com toda a equipe de uma escola ou secretaria municipal de Educação, sem custos e com impacto ambiental zero.

Silneia também destaca a facilidade de edição dos cartões. “A produção envolveu muito trabalho, em especial porque era a primeira vez que estávamos criando algo assim. Mas, com os cartões digitais formatados, fica mais fácil aprimorá-los sempre que for necessário.”

Praticidade digital – A professora Francieli Axman Tavares Duarte é secretária municipal de Educação de Cambará, município situado no chamado “Norte Pioneiro” do Paraná. Segundo ela, o cartão digital trouxe mais dinâmica e mais segurança para o relacionamento. “O cartão digital atende as necessidades do momento. Neste ano, não podemos ter contato presencial com os supervisores da Opet, e a apresentação digital facilitou muito a comunicação com os supervisores”, observa. “É algo que já fica salvo no celular, proporcionando praticidade aos usuários. Outro fator interessante é a possibilidade de reenvio do cartão para equipe pedagógica – muito mais fácil e rápido.”

Confira um dos cartões, da supervisora regional Daiane Veiga:

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Para ir mais longe: Cartões de vista: próprios para a vida na metrópole

Quando surgiu a ideia de se usar cartões de visita ou apresentação? Eles surgiram em meados do século XIX na França, em um momento em que as cidades começavam a se tornar metrópoles, com muitos negócios e, principalmente, um aumento da velocidade nas relações pessoais. Os primeiros cartões – as chamadas “cartes-de-visite”, em francês (foto) – foram inventados por André Adolphe-Eugène Disdéri. Eram, na verdade, cartões fotográficos, pequenas fotografias (10 cm x 6,5 cm) que as pessoas distribuíam aos seus amigos. Desde o início, esses cartões foram um sucesso retumbante!

“Cartes-de-visite” emolduradas. Fonte: Wikipedia.

Com o passar do tempo, porém, as fotografias conquistaram seu espaço próprio e os cartões também ganharam outras características. Mudaram, aliás, de finalidade: já não eram “presentes”, mas canais de comunicação. Neles, as fotos deram lugar a informações mais específicas, como nome, endereço e contatos. E assim eles ficaram por muitas décadas até que, recentemente, começaram a ser substituídos por peças digitais, que podem ser distribuídas e consumidas pelo smartphone – caso dos cartões dos supervisores da Editora Opet.

(Para saber mais, acesse: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo84/cartao-de-visita)

Família por perto, educação de sucesso!

Família por perto, educação de sucesso!

Uma relação de proximidade com os estudantes e suas famílias é essencial. É ela que define, na origem, o sucesso da parceria família-escola. A partir dela, é possível engajar ainda mais os familiares, com foco no sucesso de uma educação plena e cidadã. E a comunicação ocupa um lugar central nesse processo.

Questão de estímulo

Ao estimular a participação da família no processo de aprendizagem – oferecendo empatia, atenção e informações –, é comum notar um grande avanço no desempenho acadêmico das crianças, bem como uma maior motivação para aprender novos conteúdos. Sem contar que, normalmente, há ainda um ganho em relação à frequência escolar, melhora no comportamento em sala de aula e o despertar de uma atitude mais positiva em relação às tarefas para casa e com a escola em geral.

Comunicação assertiva é o primeiro passo

A boa comunicação é a base para o envolvimento da família na educação dos filhos. É fundamental garantir a presença dos familiares em eventos escolares e fazer com que eles sejam proativos em relação a eventuais questões da criança ou adolescente na escola. A abertura para isso, porém, deve partir da escola. Faz sentido: em nosso país, muitas famílias ainda não estão acostumadas com essa dinâmica.

Então, assim que a criança entra na turma, é preciso que o professor realize o primeiro contato com a família. E há vários meios de se fazer isso, de chamadas em vídeo a ligações telefônicas – o importante é estabelecer um primeiro contato, engajar e ir avançando.

A princípio, a ideia é apresentar-se, explicar a dinâmica da sala de aula, deixar claro que a família tem um canal aberto para comunicar algo ou oferecer sugestões, e falar sobre as expectativas de aprendizagem. Assim, os familiares se sentem mais confortáveis para entrar em contato com a escola quando perceberem que os filhos não estão com o rendimento adequado.

O primeiro contato, vale reforçar, serve apenas para “quebrar o gelo”: é essencial que o professor crie uma rotina de envio de feedbacks – assim, a família compreende a importância de seu papel educacional no contexto doméstico.

Feedback positivo estimula a família a participar

É claro que, quando o estudante não entrega o resultado esperado, a escola precisa se comunicar com a família para que, juntos, eles estabeleçam as melhores estratégias de ação. É preciso ter em mente, porém, que o contato feito pela escola não é igual a “notícia ruim” – esta imagem, aliás, deve ser desconstruída.

Em outras palavras: os contatos devem ser feitos para compartilhar as dificuldades e, também, os avanços das crianças e dos estudantes. Notícias boas devem ser compartilhadas – elas sempre geram bons retornos por parte da família.

Ao longo do ano, é importante que o professor também dê ideias de como a família pode ajudar as crianças e mostre como funciona o currículo escolar. Sendo assim, fica ainda mais claro aos familiares qual é exatamente o papel da escola e da família no processo de ensino-aprendizagem.

Benefícios para os professores

A participação da família no aprendizado do estudante não garante apenas benefícios acadêmicos, mas melhora também sua relação com o professor. Esse tipo de parceria evidencia aos familiares – e à própria sociedade – a importância do papel do docente, melhorando a percepção a respeito deste profissional.

Outro ponto positivo é a comunicação mais amigável entre os dois lados, até porque a frequente troca de informações permite que professores e familiares se conheçam melhor e criem laços, o que contribui para o respeito mútuo. A família deve ver o professor como o que ele é: uma pessoa de grande importância na educação e no futuro dos filhos.

A ação do professor vai além de entregar devolutivas

Com a parceria estabelecida, fica mais fácil para o professor entender aspectos específicos de cada aluno. Afinal, cada família é única, com seus hábitos, visões e idiossincrasias.

Elementos domésticos – objetos e coisas do dia a dia – devem ser considerados pelo professor no momento de criar atividades. Isso facilita enormemente o processo educacional, muito mais em um momento em que muitas crianças e jovens estão desenvolvendo suas atividades a partir de casa.

Estratégias para estreitar as relações com a família

Formar os professores e mostrar como eles também podem formar os pais é o primeiro passo para criar laços mais profundos entre escola e família. Quanto à comunicação, não há uma única maneira de fazê-la. Como já citamos, cada família possui peculiaridades, portanto, o tipo de abordagem deve ser considerado a partir disto.

Em alguns casos, a ligação telefônica é a melhor maneira de manter contato com os familiares. Mensagens ou chamadas de vídeo, é claro, também podem funcionar.

Outras famílias respondem melhor ao chamado de parceria acessando o portal da escola, um ambiente virtual onde o professor insere todas as informações e as deixa à disposição, para acesso a qualquer tempo.

O papel do gestor

Apesar de o professor ser peça essencial na relação família e escola, é o gestor quem deve garantir as ferramentas necessárias para que ela aconteça.

O desenvolvimento de um portal escolar e ferramentas para chamadas de vídeos, por exemplo, devem ser disponibilizados por ele. Graças à parceria com a Google Workspace for Education, os parceiros da Editora Opet têm acesso a ferramentas digitais de alta qualidade, que aproximam e permitem uma comunicação de alto nível.

Além disso, o gestor também deve estabelecer maneiras de facilitar esse processo em situações mais específicas, como é o caso dos estudantes de inclusão. Aqui, as atividades escolares ou para casa, assim como as estratégias de ensino durante o ano letivo, precisam de atenção redobrada junto à família.

Onde encontrar ferramentas para melhorar a relação entre escola e família

Manter um diálogo com a família é um grande desafio, ainda mais agora, com a necessidade do distanciamento social. Mesmo assim, existe uma série de ferramentas no ambiente on-line que facilitam essa relação família e escola.

Na Opet INspira, plataforma educacional de recursos digitais desenvolvida pela Editora Opet, é possível encontrar vários recursos para facilitar essa comunicação e também o engajamento dos familiares na educação. Entre eles estão animações, mapas mentais, banco de imagens, vídeos, áudios e quizzes.

Essas e outras ferramentas podem ser usadas para informar como estão o rendimento dos filhos, as atividades aplicadas durante as aulas e até para criar tarefas específicas para casa que devem ser feitas com ajuda dos familiares.

Na plataforma há, ainda, um acervo riquíssimo de conteúdos, materiais didáticos e objetos educacionais digitais. Todos podem ser utilizados para potencializar o aprendizado do estudante e a relação com a família.

A relação com a família de estudantes da educação inclusiva

Na plataforma, também são disponibilizados recursos de tecnologia assistiva, no Menu de Acessibilidade, para garantir um ensino inclusivo de qualidade. Nesse espaço, há instrumentos como teclas de navegação, leitor de página, contraste, entre outros. Assim, os familiares conseguem ajudar os filhos de forma ainda mais assertiva.

Recursos para educadores

Todos os recursos da plataforma educacional Opet INspira, inclusive os da Google Workspace for Education, também estão disponíveis para os professores, com elementos específicos que os auxiliam em sua missão de ensinar.

Como utilizar os recursos da Opet INspira

Para acessar os materiais didáticos, conteúdos pedagógicos, instrumentos de inclusão, vídeos, áudios, banco de imagens e PDFs com diretrizes para usar a plataforma, tanto estudante quanto educador devem usar os dados de usuário (login) e senha individual. Esses dados são de acesso exclusivo das escolas conveniadas à plataforma. Para maior segurança, a Opet INspira possui os Termos de Uso e as Políticas de Privacidade de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a LGPD n.º 13.709/2018. Ou seja: pode usar – o sistema é amigável, seguro e de alta qualidade!

Google Workspace: as mudanças na plataforma educacional do Google

Há alguns dias, a Google fez alguns anúncios importantes sobre seu pacote de aplicativos voltados à educação. Um deles foi sobre a mudança do nome “Google G Suite for Education” para “Google Workspace for Education”. Portanto, a partir de agora, nossos usuários do Google – professores, estudantes, gestores e famílias que utilizam as ferramentas digitais nas aulas e atividades remotas – passarão a ver a logo e o novo nome (que você confere acima) em suas interações digitais. 

As transformações se devem, em primeiro lugar, ao sucesso da própria plataforma, que viu quadruplicar seu número de usuários em pouco mais de um ano – de cerca de 37,5 milhões para 150 milhões em todo o mundo. Tamanha demanda gerou a necessidade de aperfeiçoamento e oferta de recursos mais avançados.

A Editora Opet é parceira oficial Google desde março do ano passado, oferecendo os serviços da plataforma para todos os seus clientes públicos e privados com apoio da consultoria Nuvem Mestra. “Essa parceria foi muito importante para que pudéssemos assegurar a sequência das aulas em 2020”, explica a gerente pedagógica da Editora, Cliciane Élen Augusto.

“Aprendemos muito e, ao mesmo tempo, conseguimos oferecer os meios e o suporte necessário aos nossos conveniados”, observa. Um movimento que, dentro da Editora, implica a formação e atualização permanente de toda a equipe pedagógica para a maestria no uso das ferramentas.

Hoje, em todo o país, 140 mil pessoas, entre estudantes, professores, gestores e familiares utilizam as ferramentas Google Workspace for Education a partir da parceria com a Editora Opet. Esse número representa cerca de 0,1% do total de usuários em todo o mundo – é muita gente!

No caso da Editora, essas ferramentas estão integradas à plataforma educacional Opet INspira, que oferece milhares de conteúdos educacionais – como jogos, vídeos, simuladores, livros digitais, biblioteca de provas e quizzes – associados às nossas coleções e à proposta de trabalho. Juntas, as duas plataformas são uma poderosa solução educacional digital, perfeita para as aulas remotas e para o ensino híbrido.

Quais são as mudanças? – Além da mudança de nome, o Google Workspace for Education terá mais de 50 novos recursos, que serão lançados nos próximos meses. Segundo os representantes da Google, esses recursos prometem melhorar a dinâmica das aulas virtuais, algo que é interessante em um momento de revalorização das aulas remotas por conta da pandemia.

Eles incluem, por exemplo, a possibilidade de silenciar todos os participantes em uma chamada e encerrá-la para todos os presentes, além de interações com emojis e a transcrição das reuniões. No caso dos emojis, eles poderão ser criados pelos alunos com base em diferentes tons de pele, o que melhora a auto representação e reforça a inclusão digital.

Também estão previstos alguns ajustes, que serão lançados nos próximos meses, para as salas de aula – eles terão caráter de organização e permitirão, por exemplo, restringir as reuniões apenas a alunos e professores em uma turma, com base em uma lista do Google Classroom.

As mudanças também focam em um problema comum no Brasil: a instabilidade ou mesmo a ausência da internet em determinados momentos. Segundo os especialistas da Google, os estudantes poderão começar seus trabalhos off-line, revisar tarefas, abrir anexos do Drive e escrever no Google Docs sem uma conexão com a internet – todas essas ações são sincronizadas assim que a conexão com a internet é estabelecida.

“Esse aprimoramento das ferramentas Google Workspace for Education, somado aos novos recursos, vai contribuir para aprofundar a experiência do ensino por meio de recursos digitais, fortalecendo o trabalho dos professores, melhorando as interações e tornando a aprendizagem mais significativa”, avalia Cliciane. “E isso, com certeza, impacta o processo de ensino-aprendizagem favoravelmente. Nós já estamos nos preparando para dar todo o suporte aos nossos parceiros das escolas públicas e privadas.”

Preparando Professores 5.0: o caminho pedagógico da Editora Opet

Em menos de um ano, a pandemia da Covid-19 desencadeou uma verdadeira revolução na educação. Forçados a encontrar um modo de substituir as aulas presenciais, professores e gestores de escolas públicas e privadas descobriram um caminho nas ferramentas digitais, em novas formas de comunicação e, também, em plataformas de conteúdo – caso da plataforma educacional Opet INspira, da Editora Opet.

Em busca do Professor 5.0: momentos de uma das formações do Projeto de Transformação Digital.

Para ter sucesso, porém, eles precisaram aprender e, principalmente, mudar a própria cultura em relação ao aprendizado. E foi exatamente isso o que aconteceu com a equipe de assessores e supervisores pedagógicos da Editora Opet. Com a diferença de que, como eles são formadores – isto é, participam diretamente da formação pedagógica de milhares de professores em todo o país –, precisaram se antecipar às mudanças. “Foi necessário correr ainda mais rápido. E eles correram!”, brinca a gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto.

Um processo que não foi fácil, mas gerou bons resultados. “Não apenas pudemos atender os nossos parceiros e aprender com eles, com suas dúvidas e conhecimentos, como também conseguimos transformar nossa própria cultura em relação ao aprendizado permanente”, observa. Uma dinâmica que caracteriza o que Cliciane chama de “Professor 5.0”: um profissional capaz de acompanhar os novos processos da educação e, ao mesmo tempo, cultivar valores socioemocionais. E, no caso dos formadores pedagógicos, auxiliar outros professores no mesmo caminho.

Para que essa transformação dentro da Editora fosse possível, porém, foi preciso planejar e agir rápido. “Logo no início da pandemia, em março, paramos, olhamos para o cenário e percebemos onde estávamos. E onde queríamos chegar. A partir daí, junto com os supervisores, lançamos o Projeto de Transformação Digital, que contempla uma série de formações e diálogos que são realizadas desde então”, explica Cliciane. O primeiro passo foi capacitar a equipe para que ela pudesse enxergar como todas as mudanças iriam transformar o futuro. “Não foi fácil, mas eles levantaram voo. E estão voando! Nossa dinâmica é de atualização constante.”

Entre os temas que serão trabalhados nos próximos meses estão “Produção Multimídia: HQs Digitais”, “Educação Midiática” e “Avaliação e aprendizagem significativa: propostas e estratégias”.

As formações acontecem e os conteúdos, devidamente trabalhados e refletidos, chegam aos professores das escolas públicas e privadas de todo o país.  “Temos conseguido trazer esses conteúdos e essa forma de olhar a educação de modo significativo.” Cliciane observa que é preciso ‘começar do começo’, ou seja, auxiliar os docentes no estabelecimento do vínculo digital e socioemocional com os estudantes. Em seguida, trabalhar com os conteúdos, os objetos de conhecimento, as habilidades e as competências, algo que vem acontecendo desde o ano passado.

O melhor dos dois mundos – “O ensino híbrido, que é o modelo que está se instalando e que vai ficar, oferece muitas possibilidades”, avalia. “Mas a mistura, a soma, deve ser do melhor dos dois mundos.”

Cliciane dá como exemplo uma aula que tenha como objeto o arquipélago de Galápagos, que no século 19 inspirou Charles Darwin a formular a Teoria da Evolução das Espécies. “É possível, nesse caso, substituir uma aula expositiva simples por uma imersão digital encantadora, que contemple a viagem até lá, os mapas, as espécies e, até, um tour virtual pelas ilhas. Mas, para isso, o professor deve estar preparado, conhecer as ferramentas e os meios de comunicar. E é isso que buscamos nas nossas formações.”

Formadoras – A professora Dani Pires é assessora pedagógica da Editora Opet e vem participando das formações da equipe.  Ao longo de 2020, ela também trabalhou muitas vezes com professores de escolas públicas e privadas parceiras em formações online.

Receptividade e diálogo online: Dani Pires em uma das formações com professores parceiros.

Dani observa que, no início do trabalho, no primeiro semestre do ano passado, não acreditava que as formações online pudessem aproximar o assessor pedagógico dos professores. “Fui surpreendida porque percebi que sim, que essa conexão acontece, mas de uma maneira diferente. E a receptividade deles é excelente. Os grupos sempre acolhem o assessor com muita alegria e vontade de aprender.” Ela vê uma grande troca de experiências em todo o processo.

“As palavras que eu mais ouvi dos professores foram as de que eles se reinventaram, que se viram como ‘aprendentes’, que precisaram se reinventar, exercer a empatia e sair da zona de conforto em que viviam”, observa. Todas essas reflexões influenciam o momento presente da educação. “Agora, em 2021, os professores conseguem fazer essa retrospectiva e extrair muitas aprendizagens significativas. E isso só acontece porque eles estavam dispostos, abertos ao novo. Apesar do medo do novo e de se sentirem inseguros, buscaram se qualificar.”

Na avaliação de Dani Pires, o maior desafio docente, em tempos de aulas remotas e híbridas, é trabalhar a parte socioemocional das crianças, uma vez que estes aspectos são mais percebidos no contexto presencial. “Mas, os professores estão encontrando recursos e ferramentas para facilitar essa aproximação, e nós como Editora estamos colaborando para isso.”

Transformação digital – Assessora pedagógica da Editora Opet com um trabalho de muitos anos em educação, Karen Dias participa com entusiasmo do Projeto de Transformação Digital. E leva as discussões, aprendizados e avanços para as formações pedagógicas que realiza.

Karen Dias: formações sensibilizam para o ensino digital.

Em relação à importância de transmitir e vivenciar esses conhecimentos ao docentes, ela cita o professor José Moran: “A integração cada vez maior entre sala de aula e ambientes virtuais é fundamental para abrir a escola para o mundo e trazer o mundo para dentro da escola”.

Segundo Karen, as formações são fundamentais na sensibilização dos professores para a necessidade de trazer essa contemporaneidade ao próprio pensar e fazer. “É importante rever conceitos e superar paradigmas que fazem parte de uma cultura escolar muito forte, que norteia o trabalho na escola até hoje.”

Ela observa que, nos encontros pedagógicos, a maioria dos professores concorda com a importância de trabalhar com as novas tecnologias e ferramentas digitais. “Eles sentem a necessidade de ampliar suas competências digitais para ter mais familiaridade e segurança, o que demanda um esforço pessoal e, também, a superação de desafios como o gerenciamento do tempo, a infraestrutura e o acesso à internet”, avalia.

“É importante pensar sobre como os recursos digitais podem contribuir para o ensino remoto ou para o ensino híbrido, em momentos síncronos e assíncronos, possibilitando maior diversificação, interação, engajamento e dinamicidade ao processo de aprendizagem”, analisa.

Karen também destaca que pensar em uma educação contemporânea também requer um pensar em metodologias ativas. “E não apenas em – para citar a pensadora da educação Ana Pennido – ‘digitalizar processos tradicionais de educação, simplesmente substituindo a lousa pela lousa digital, ou o livro pelo livro digital ou mesmo a aula convencional por uma vídeo-aula’”, finaliza.