Como despertar o Protagonismo?

Admirável mundo novo: recursos e práticas que instigam e geram protagonismo

“Eureka!”: essa palavra, que significa “Descobri!”, foi exclamada há 23 séculos pelo matemático grego Arquimedes de Siracusa. Desde então, ela simboliza a alegria da descoberta e, principalmente, o protagonismo de quem quer aprender. E é justamente sobre esse protagonismo, esse envolvimento verdadeiro do estudante no processo de ensino-aprendizagem, que vamos tratar.
Como, afinal, antigos e novos recursos, especialmente os digitais, podem tornar os estudantes os protagonistas do conhecimento? Qual o papel do professor nesse processo? Vamos saber mais focando algumas possibilidades.

 

Sala de aula invertida

A sala de aula invertida não é, exatamente, um recurso educacional recente. Ele, porém, ganhou força e muitas possibilidades com a chegada da internet. A ideia é interessante: a partir de premissas e instruções transmitidas pelo professor, levar o estudante a desvendar e a se aprofundar na pesquisa de temas em casa, e a mostrar na escola suas descobertas, dúvidas e caminhos de pesquisa.
Temos, aqui, um investimento direto no protagonismo do estudante. Ele, é claro, não irá a campo, para a pesquisa, sem orientações prévias dadas pelo professor (O que se deseja? Como fazer?). No entanto, terá a oportunidade de desenvolver os próprios caminhos de pesquisa; aprenderá a perguntar e a se perguntar sobre os assuntos; ganhará conhecimentos ampliados sobre um determinado tema. E poderá até expô-los digitalmente, em um blog ou uma página de rede social. Exemplos? Investigar e explicar o ciclo da água, o surgimento das cidades modernas, a escravidão no Brasil etc.
Em síntese – quando o estudante se depara com a necessidade de aprender algo novo, nos moldes da sala de aula invertida ele trabalha com os seguintes elementos:
● Habilidades de pesquisa.
● Capacidade de fazer boas perguntas.
● Raciocínio lógico.
● Discernimento (em relação à qualidade e à veracidade do material encontrado).
● Gestão de tempo e da atenção.

Nesse processo, cabe ao professor orientar, receber e auxiliar o estudante na “entrega” de suas descobertas e conclusões. Nas orientações, por exemplo, ele pode e deve trabalhar com temas da educação midiática, como a checagem de informações e a escolha de fontes confiáveis. E também pode estimulá-lo a apresentar esses conhecimentos a partir de suas próprias habilidades digitais, em recursos que vão do TikTok aos podcasts. Vamos ampliar essa discussão a seguir.

 

Novas práticas e a ampliação das possibilidades de ensino-aprendizagem

Como vimos, a sala de aula invertida é interessante, especialmente, por seu “chamado ao protagonismo”. Ao colocar o estudante no papel de investigador, o professor estimula o desenvolvimento de habilidades de grande importância para a própria humanidade.
Além da sala de aula invertida, porém, há outros recursos – digitais ou não – que podem fazer com que as aulas brilhem e o aprendizado seja prazeroso e significativo! Vamos conhecê-los de forma sintética:
● Aprendizagem baseada em problemas: ao utilizar a estratégia do ensino por meio de problemas, o educador propõe um problema do mundo real, considerando o nível de conhecimento da turma e o conteúdo estudando, para que os discentes possam analisar e encontrar uma solução. Por exemplo: a partir de informações prévias, os estudantes podem propor soluções para a conservação dos recursos hídricos de uma cidade ou região.
● Aprendizagem baseada em projetos: o projeto pode ou não ser uma continuação do ensino por problemas. Nele, o docente propõe também um problema desafiador, que estimule a imaginação e, a partir disso, os estudantes desenvolvem um projeto que solucione tal questão.
Em ambos os casos, é possível trazer outras táticas instigantes de envolvimento e participação dos estudantes. Entre elas, estão:
● Robótica.
● Gamificação (uso dos conceitos dos jogos em atividades no ambiente físico, como etapas, pontuações, prêmios, avatares e desafios).
● STEM (projetos que unam conceitos de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática para solucionar problemas).
● Representações tridimensionais.
● Fotografia.
● Atividades audiovisuais como podcasts; vídeos ou publicações em sites e blogs.
Um modelo híbrido de ensino, a distância ou de sala de aula invertida aplicado em conjunto com metodologias como problemas e projetos, conduz o estudante para o desenvolvimento de habilidades como:
● Debater ideias.
● Fazer previsões.
● Planejar.
● Experimentar.
● Coletar e analisar dados.
● Tirar conclusões.
● Comunicar ideias e descobertas.
● Desenvolver projetos.

 

Protagonismo e as novas tecnologias

Nas últimas décadas, as tecnologias digitais entraram na vida das pessoas. Se, antes, elas estavam restritas aos laboratórios e às instalações militares, hoje estão nas nossas mãos. E são extremamente poderosas: um único smartphone de 2022, por exemplo, possui mais tecnologia que os computadores usados pela NASA para colocar os primeiros seres humanos na Lua, há pouco mais de cinquenta anos!
A aceleração tecnológica, é claro, também chegou à educação. Algo que, no caso da Educação Básica, ganhou tração e visibilidade nos últimos dois anos e meio, com a pandemia da Covid-19. Boa parte dos professores, que utilizava as tecnologias digitais de forma comum – para trocar mensagens, acessar redes sociais e se informar –, mergulhou em usos até então inéditos, no planejamento e desenvolvimento de aulas. Foi um avanço civilizatório, que acabou incorporado ao dia-a-dia da educação.
A Editora Opet viveu ativamente esse processo, aprendendo e se antecipando em muitas situações: desenvolveu a plataforma educacional Opet INspira, um recurso poderoso, amigável e integrado às coleções e às suas propostas didático-pedagógicas, e firmou uma parceria estratégica com a Google Workspace for Education para o pleno desenvolvimento das aulas online.
Esse sistema de aulas remotas – que inclui, também, as formações pedagógicas feitas com professores das redes pública e privada de todo o país, assim como os encontros com familiares (os chamados EFAM’s) e gestores – contempla milhares de pessoas. Além disso, investiga permanentemente novas formas de educar, buscando somar estas inovações a um olhar humano, protagonista e inclusivo.
Na plataforma, há opções de materiais para atividades online, a distância e híbridas. Entre os recursos estão materiais didáticos digitalizados e objetos educacionais como vídeos, áudios, apresentações, quizzes, banco de imagens, jogos, simuladores e histórias infantis. Essas ferramentas também permitem a elaboração de aulas inclusivas – afinal, as tecnologias digitais ampliam as possibilidades nesse sentido também.