De Chat GPT e outros bots: os desafios da educação em tempos de Inteligência Artificial – 1ª Parte

Rodrigo Wolff Apolloni, especial para Editora Opet

Você clica no ícone do app e, de cara, propõe um desafio ao seu interlocutor: “qual a batalha mais importante da Guerra do Paraguai?”. Quem está no outro lado responde quase que imediatamente: “A Batalha de Tuiuti é geralmente considerada a batalha mais importante da Guerra do Paraguai. Ela ocorreu em 24 de maio de 1866 e…”.

Essa seria apenas uma boa conversa entre amigos – um deles, expert em História –, não fosse por um pequeno detalhe maiúsculo: este “amigo” não existe! Na verdade, ele é o chatbot – um programa que usa inteligência artificial (IA) e linguagem natural para interagir com pessoas – do “Chat GPT”, recurso digital que ganhou a atenção do mundo nas últimas semanas.

O tal “Chat” (termo inglês para “bate-papo”) é uma ferramenta capaz de fazer pesquisas e trazer respostas estruturadas em formato de texto em 16 idiomas, construídas a partir da soma entre Inteligência Artificial (IA) e as informações disponíveis nos bancos de dados da internet. Ou, nas próprias palavras do Chat GPT (nós também perguntamos isso): “uma rede neural de aprendizado profundo que está em constante evolução”. A sigla GPT, aliás, significa “Generative Pre-trained Transformer” ou, em português, “Transformador Gerador (ou Generador) Pré-Treinado”… de informações!

⚠️🤖 Impressionante e assustador

Diante de tamanha inteligência, aonde vamos chegar? E o que dizer da relação entre esse tipo de recurso e a educação? Afinal, vamos saber utilizar essas ferramentas para aprimorar o conhecimento ou, no final das contas, jogar todas as respostas “na conta” da IA em detrimento da nossa própria inteligência? Com a popularização dessa forma de IA, a aprendizagem ganha ou perde? Será preciso impor limites ao uso da ferramenta pelos estudantes? Como gerenciar tamanho poder em prol da educação?

Nesta série especial em dois artigos, vamos buscar respostas a essas perguntas – até mesmo porque essa tecnologia já está chegando às escolas! Na primeira parte, vamos localizar você em relação ao tema. E, na segunda parte, vamos conversar com especialistas sobre o impacto dessa tecnologia na educação.

🔎🖥️ Quando falamos em Chat GPT…

Estamos falando, fundamentalmente, em inteligência artificial amigável, isto é,  aplicada à pesquisa e disponibilizada para usuários comuns como eu e você. Um modelo de linguagem que soma um enorme poder de pesquisa – realizada em bancos de dados disponíveis na internet – com a capacidade de comparar informações, verificar padrões e construir respostas originais.

E o melhor: traduzindo-as em um formato de texto estruturado, coerente e “conversacional”, especialmente construído para entregar a mensagem em um padrão muito semelhante ao que estamos acostumados em nossas conversas com outras pessoas.

E ainda tem mais! Em suas respostas, o Chat GPT se propõe a ir além: ele não só aprende nas interações com o público, como também é capaz de contestar premissas equivocadas nas perguntas (questione, por exemplo, “Por que a Terra é plana?”), de admitir seus próprios erros e até de afirmar quando não dispõe de informações sobre um tema.

Em síntese: sai de cena a conhecida caixa de diálogo de buscadores como Google – com sua cansativa lista de links de resposta – e entra algo muito mais próximo, prático, charmoso… e, é claro, desafiador!

⚠️ O primeiro de muitos?

O Chat GPT, que se tornou muito conhecido nas últimas semanas em todo o mundo, é apenas um entre alguns recursos do tipo que já circulam pelos laboratórios. Lançado oficialmente em 30 de novembro de 2022 e ainda em fase de testes, ele está sendo desenvolvido pelo laboratório OpenIA, que tem a participação ou apoio de pesos pesados dos negócios digitais como Elon Musk (Tesla), Reid Hoffmann (LinkedIn) e Peter Thiel (Paypal), além da Microsoft.

Além do Chat GPT, o OpenIA também trabalha com outros “entregadores” de produtos de IA capazes de mimetizar o olhar e a linguagem humanos, como o DALL-E (lançamento: 2021), que cria imagens a partir de descrições textuais. E, no último dia 08 de fevereiro, o Google anunciou o lançamento, nas próximas semanas, do Bard, sua plataforma de perguntas e respostas em formato “mais humano”.

🧠 Os dilemas que já aparecem

Para quem está em busca de respostas rápidas e inteligíveis, sistemas como o Chat GPT são uma verdadeira maravilha. Você pergunta alguma coisa – pode perguntar até mesmo de uma forma sintética ou imprecisa – e, muito provavelmente, vai receber uma resposta bem escrita e fácil de entender. Em alguns temas, é claro, esses sistemas ainda ficam devendo – caso, por exemplo, de perguntas ligadas a pessoas ou fatos de menor destaque nos bancos de dados da internet -, mas, no geral, eles se saem bem.

Toda essa facilidade, porém, também representa um problema: para que, afinal, pesquisar, cruzar dados e construir uma resposta coerente sobre a principal batalha da Guerra do Paraguai (para usar o exemplo que abre este artigo), se o aplicativo faz tudo isso por mim em questão de segundos?

Uma situação que, é claro, podemos transportar à escola, e que já impacta a legislação educacional: poucos dias após o lançamento do Chat GPT, no dia 5 de janeiro, a prefeitura de Nova Iorque anunciou o banimento da ferramenta em suas escolas públicas, com algumas poucas exceções. A justificativa? Evitar que os estudantes “cortem caminho” e transformem o chatbot em uma máquina de plágios e de não-aprendizagem.

Há, ainda, outras questões, como a associada à falibilidade do sistema: apesar de seu fantástico potencial de acertos e de sua capacidade de informar “vendendo verdades”, plataformas de IA também cometem erros. Como, por exemplo, o que foi testemunhado por milhões de pessoas na demonstração oficial da plataforma Bard, do Google. O sistema “apenas e tão somente” informou um dado equivocado sobre o telescópio James Webb, o que provocou observações indignadas de vários astrônomos – e derrubou as ações do Google na bolsa de valores.

Analistas e usuários também apontam dificuldades em relação à identificação das fontes de pesquisa utilizadas pelas ferramentas. As respostas vêm tão  “redondas”, tão perfeitas, que muitas vezes os usuários sequer se perguntam sobre sua origem – e isto representa um enorme problema. Quem garante, por exemplo, que as fontes são fidedignas? Quem garante que elas não são, de alguma forma, tendenciosas? Essas perguntas ainda estão para ser respondidas pelos criadores dos sistemas.

💡 Vantagens, desvantagens, futuro

Capacidade de pesquisa, ética pessoal, originalidade do conhecimento e criticidade, palavras-chave das observações do tópico anterior, rondam as cabeças dos educadores há séculos. Com a chegada (para ficar) e o aprimoramento do Chat GPT e de outras ferramentas semelhantes, elas ganham um novo – e poderoso – elemento de atenção.

Se, por um lado, esses sistemas oferecem vantagens incontestáveis à educação – no planejamento das aulas e em sessões de estudo, por exemplo -, por outro assustam justamente porque também podem oferecer uma alternativa equivocada, antiética e emburrecedora àqueles que querem “driblar” os esforços relacionados à verdadeira educação.

Como extrair o melhor desse fantástico produto da IA para a aprendizagem? Como impedir seu mau uso? E como a Editora Opet está se preparando para esse futuro que já é tão presente? Confira em breve a segunda parte de nossa série especial sobre os “Desafios da IA” – fique ligado!

Para saber mais:

 

Poder e criatividade para os professores: Roteiros de Estudo e Trilhas de Aprendizagem na plataforma Opet INspira

Uma plataforma educacional digital verdadeira é muito mais do que um repositório de conteúdos. Ela é uma ferramenta inteligente e múltipla, que conecta recursos e oferece aos usuários diferentes formas de trabalho para fortalecer o processo de ensino-aprendizagem, o que beneficia professores, estudantes, gestores e familiares.

Esse é o caso da plataforma educacional Opet INspira, da Editora Opet, que se destaca fortemente pelo apoio ao trabalho docente. Dois bons exemplos dessa parceria são os Roteiros de Estudo e as Trilhas de Aprendizagem, que oferecem aos professores caminhos para uma educação de alta qualidade baseada em recursos digitais.

“Como ferramentas, os Roteiros e as Trilhas estão disponíveis para os professores e os gestores. Como objeto educacional digital, ou seja, como um conteúdo que vai ser utilizado nas aulas, as Trilhas estão disponíveis para os estudantes”, explica Cristina Pereira Chagas, coordenadora de projetos em Tecnologias Educacionais da Editora.

“E é justamente nessa flexibilidade, nessa capacidade de trabalho, que está o diferencial INspira. É o que faz dela uma plataforma e não um simples portal educacional. Ela instrumentaliza os professores para aulas mais interativas e, consequentemente, inspiradoras, observa.

Como funcionam os Roteiros de Estudo?

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Enem: como estudar faltando poucos dias para a prova?

Para muitos candidatos, essa é a pergunta “de ouro” neste momento da preparação. E ela vem acompanhada por algumas outras: será que estou estudando da forma certa? Será que vai dar tempo para estudar tudo o que falta? Existe algum método de estudo que fixe os conteúdos de forma mais intensa?

Questão de foco

A primeira resposta para todas essas perguntas é uma só: mantenha o foco, buscando examinar os pontos mais fortes e mais fracos de sua preparação. Além disso, reforce seu esquema de estudos, com atenção redobrada aos hábitos e horários. Se sentir que é necessário, estabeleça horários de reforço, mas não exagere – estudar “loucamente” a poucas semanas da prova apenas vai fazer com que você se canse e se estresse de forma desnecessária.

Volte aos temas mais importantes

Nos últimos meses, nesta série especial “Opet Enem 2022”, publicamos os principais temas do Enem: o que estudar, onde estudar e, inclusive, como encontrar os temas referenciais de estudo. Além disso, na internet há muitos conteúdos de qualidade dedicados às provas. Nossa sugestão é: revisite esses conteúdos, destacando aqueles que tratam dos principais temas – como o que publicamos sobre a Matriz de Referência do Enem. E verifique como está a sua preparação. Percebeu pontos fracos? Então, dê atenção a eles!

Use recursos digitais

Também da internet vêm alguns dos principais recursos para o estudo nesta reta final de preparação para o Enem: aulas em vídeo, podcasts, quizzes e simuladores. As aulas em vídeo e os podcasts, por exemplo, são interessantes para a revisão de temas associados a componentes como os de História, Literatura, Geografia/Geopolítica e Meio Ambiente. Os quizzes valem para todos os componentes, e os simuladores são sensacionais para os estudos de Química, Física, Biologia e Matemática.

Estudantes parceiros Opet encontram muitos desses recursos na plataforma educacional Opet INspira. Assim, ao trabalho!

Refaça antigas provas

No site do Inep, você encontra um espaço dedicado ao Enem – CLIQUE AQUI. Nele, você vai encontrar todos os cadernos de prova da avaliação, de todos os anos, com os respectivos gabaritos. Assim, você pode abrir cada prova – foque as áreas do conhecimento ou os temas que você considera os mais importantes –, responder às questões e verificar seu próprio desempenho.

Vale estudar em grupo?

Estudar em grupo, junto com outros candidatos ao Enem, pode ser bem interessante. Esses momentos compartilhados fortalecem os conhecimentos, inclusive na hora de verbalizar o que você saber para outras pessoas. Para estudar em grupo, porém, é preciso ter disciplina. Estabelecer horários, seguir um plano de estudos e, principalmente, evitar distrações. Sem bagunça nessa hora!

Pratique a redação!

Para muitos candidatos, a redação é o “bicho-papão” do Enem. Para outros, é a chance de brilhar, aumentando a pontuação geral da prova. Nossa sugestão é: pratique, pratique, pratique! E siga as dicas especiais que publicamos nesta série, no artigo “Para fazer uma redação fabulosa: em busca dos temas!”.

Por fim, mas não menos importante: informe-se!

O Enem não é uma prova estática, ou seja, sua preparação acompanha os temas que afetam o nosso país e o mundo atualmente, dentro de uma perspectiva interdisciplinar e transversal. Assim, para saber o que vai “cair na prova”, mantenha-se informado acessando os principais portais de notícias do país. Reserve um momento para essas leituras, leia as principais notícias e, também, artigos de análise e opinião. Hoje, muitos desses canais também reproduzem seus conteúdos em formato de podcast ou videocast, o que facilita ainda mais o processo. Mantenha-se informado!

 

Opet INspira: chegaram os novos vídeos para os Anos Finais do Ensino Fundamental!

Estudantes e professores dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) parceiros Opet acabam de receber um apoio digital fantástico para os seus estudos: nada menos do que 150 vídeos educacionais que chegaram à plataforma educacional Opet INspira! Eles abrangem todos os anos e todos os componentes curriculares dessa etapa de ensino – dos Números Racionais à Geografia da China, da Arte Egípcia às Dízimas Periódicas, está tudo lá!

Os vídeos, conta o analista de objetos educacionais digitais da Editora, Roger Wodzynski, foram produzidos em formato “Whiteboard” (“Quadro Branco”), uma das linguagens educacionais de maior sucesso por sua dinâmica, simplicidade e capacidade de transmissão de conteúdos.

“No formato Whiteboard, as animações e ilustrações são mostradas sobre um fundo branco, como um quadro de sala de aula. A linguagem é mais direta, descontraída e próxima do dia a dia do estudante. Os vídeos são mais informais e ‘descolados’, o que aumenta o envolvimento dos estudantes”, analisa Roger. Em média, cada produção tem duração de cinco minutos.

Além do formato “Whiteboard”, a plataforma Opet INspira também oferece vídeos em outros formatos ou linguagens, focando sempre o nível de ensino a que eles se destinam – CONFIRA NA REPORTAGEM ESPECIAL!

“Os novos vídeos são o resultado de um trabalho cuidadoso, feito em parceria com a produtora Desenrolado, uma das mais importantes do país na área de mídias educacionais”, explica. Os vídeos foram produzidos ao longo dos últimos dez meses, em um processo que envolveu os editores de conteúdo da Editora e a equipe de produção da Desenrolado.

“Nossa equipe editorial tem um papel essencial na produção desses objetos digitais”, explica Cristina Pereira Chagas, coordenadora de Projetos em Tecnologia Educacional da Editora Opet. “Os editores montam o briefing – a orientação do vídeo –, validam o roteiro e, após o processo de edição, fazem a validação final. Isso garante que todos os vídeos estejam alinhados tanto com as coleções quanto com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).”

É tempo de perguntas e respostas! Saiba mais sobre os quizzes da plataforma educacional Opet INspira: CONFIRA AQUI
Melhoria permanente

 A chegada dos 150 vídeos faz parte de um movimento contínuo de atualização e melhoria da plataforma Opet INspira, que já conta com nada menos do que 2.400 vídeos educacionais para todas as etapas, anos e conteúdos curriculares. “Investimos nos vídeos porque são uma mídia educacional de muito sucesso. Eles prendem a atenção dos estudantes, têm um alto poder comunicacional, cabem perfeitamente no planejamento dos professores e podem ser acessados facilmente de desktops, laptops e smartphones”, avalia Cristina.

E o que vem por aí? “Nossos parceiros podem esperar por novas produções, que já estão em desenvolvimento”, antecipa Cristina. A meta é fortalecer a plataforma Opet INspira e a oferta de recursos digitais para uma educação de alta qualidade!

Quer saber mais sobre os jogos educacionais para a Educação Infantil da plataforma Opet INspira? Então, acesse agora a reportagem especial! CLIQUE AQUI!

Novembro Azul: pela saúde do homem!

Há poucos dias, países de todo o mundo encerraram as ações do Outubro Rosa, uma iniciativa fantástica voltada à informação, prevenção e cura do câncer de mama. Monumentos e prédios públicos, que haviam sido iluminados em rosa como parte das ações de conscientização, agora estão… iluminados em azul!

E isso porque já está em curso outra grande iniciativa global pela saúde: o Novembro Azul, voltado à conscientização da sociedade sobre os riscos e a prevenção do câncer de próstata e de outras doenças que afetam os homens. Eles, é claro, merecem essa atenção. Neste material especial, vamos falar mais sobre a prevenção do câncer de próstata e, também, sobre a importância do Novembro Azul.

Para ler, esclarecer e compartilhar!

Congesso Nacional iluminado em azul para marcar a campanha do Novembro Azul. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado/Wikipedia.
Uma questão cultural

Em todo o mundo, ao longo da história, muitas civilizações construíram a imagem do “homem à prova de tudo”: de dores, do cansaço e de doenças. “Ser homem”, então, significava resistir aos problemas em silêncio, “com coragem”, e não se importar muito com a própria saúde. Isso, evidentemente, causou muito sofrimento, doenças e mortes que já não cabem em nossa época, quando há tanto conhecimento.

Foi dessa percepção que nasceu o movimento do Novembro Azul. Ele surgiu em Melbourne, na Austrália, no dia 17 de novembro de 2003, quando se comemora o Dia Mundial da Prevenção ao Câncer de Próstata. Começou pela ação de dois amigos, Travis Garone e Luke Slattery, que, inspirados no Outubro Rosa, decidiram agir para a conscientização das pessoas.

Nessa época, a campanha ganhou seu primeiro símbolo, o bigode, e um nome: “Movember” (de “moustache” [bigode em inglês] + “november”), que dá nome a uma fundação internacional que coordena ações de prevenção. Em pouco tempo, a ideia ganhou o restante do país e, depois, o mundo!

Os homens morrem mais do que as mulheres?

Ao observar os números nacionais e internacionais relacionados ao envelhecimento, percebemos que as mulheres vivem por mais tempo que os homens. No mundo, cerca de sete anos a mais e, no Brasil, cerca de cinco anos. Você já se perguntou sobre o porquê disso?

A ciência também fez essa pergunta e encontrou algumas hipóteses. Segundo os cientistas, há razões biológicas, cerebrais e culturais para isso. Em tese, os homens tenderiam a se arriscar mais e a ingressar em profissões de maior risco; por questões hormonais, tenderiam a morrer mais por doenças cardiovasculares; sofreriam mais com dificuldades de inserção social; seriam mais afetados pelo suicídio; e, por fim, mas não menos importante, seriam menos propensos a fazer exames médicos regularmente e buscar auxílio em caso de problemas – a famosa “teimosia” masculina!

Em tempos tão complexos e agitados como o que estamos vivendo, essas desvantagens também começam a afetar as mulheres, ou seja, já não há tantas diferenças entre os gêneros. Mesmo assim, as estatísticas mostram que os homens se cuidam menos e vivem menos – e isto é um dado importante.

Que doença é essa?

Imagine uma doença que mata 44 homens por dia no Brasil. Silenciosa, cercada de receios e de questões culturais, mas potencialmente muito letal. E que pode ser prevenida e tratada com sucesso. Essa doença é o câncer de próstata, que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), deve registrar cerca de 66 mil novos casos neste ano.

É uma doença “complicada” – especialmente em termos culturais – por conta de alguns fatores. Em primeiro lugar, por ser um “câncer”, nome que apavora muitas pessoas. Em segundo lugar, por afetar uma região do corpo masculino – a próstata – que se conecta ao sistema reprodutor, o que tem um peso simbólico e psicológico importante para muitos homens. E, em terceiro lugar, porque um dos principais meios de detecção de anomalias na próstata é o chamado “exame de toque”, visto com restrições por muitos homens. Todos esses fatores, é claro, devem ser vistos com respeito – até para que se possa desconstruir os preconceitos um a um.

A próstata

A próstata é uma glândula do sistema genital masculino, localizada na frente do reto e embaixo da bexiga urinária. Ela envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. A próstata tem como função produzir o fluído que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido.

O tamanho da próstata varia com a idade. Em homens mais jovens, tem aproximadamente o tamanho de uma noz, mas pode ser muito maior em homens mais velhos.

Próstata normal e aumentada. Fonte: Wikipedia, com modificações.
O câncer de próstata

O câncer de próstata, que é detectado a partir de exames médicos, se caracteriza pelo surgimento de um tumor na própria glândula. Ele é o segundo mais frequente entre os homens, ficando atrás, apenas, do câncer de pele.

Esse tipo de câncer, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, porém, pode crescer rapidamente, espalhar-se para outros órgãos e causar a morte – e é justamente por isso que ele merece atenção!

Quando falamos em câncer…

…estamos falando de um termo genérico que engloba mais de cem tipos de doenças associadas ao crescimento desordenado – e, muitas vezes, acelerado – de células. Nesse processo reprodutivo, essas células podem formar tumores (massas celulares anômalas, ou seja, que não seguem as regras normais) que, por sua vez, podem invadir tecidos adjacentes ou mesmo outros órgãos do corpo.

Quando os tumores têm uma taxa de crescimento persistente e que ultrapassa a taxa de crescimento dos tecidos normais, eles são chamados de “neoplasias”.

Neoplasias: benignas e malignas

As neoplasias benignas tendem a se desenvolver como massas teciduais de crescimento lento e expansivo; elas normalmente comprimem os tecidos adjacentes, sem infiltrá-los. São “fechadas”, isto é, circunscritas e com limites bem definidos.

Já as neoplasias malignas se caracterizam pelo crescimento rápido e invasivo; elas também por se disseminar para outras regiões do corpo por meio de vasos sanguíneos ou linfáticos, surgindo como novas lesões em outras partes do corpo – um processo conhecido como metástase.

Esse tipo de neoplasia é chamado de câncer.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos tipos de células que podem ser afetados pela doença – carcinomas, por exemplo, estão associados aos tecidos epiteliais, como a pele e as mucosas; se surgem em tecidos conjuntivos (como ossos, músculos e cartilagens), são chamados sarcomas.

Quais as causas do câncer?

Os mecanismos que “disparam” a reprodução desordenada de células no organismo de mulheres e homens são estudados há décadas por cientistas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Hoje, sabe-se que há uma série de fatores envolvidos, como os genéticos, os ambientais e os associados aos hábitos. Esses fatores podem interagir, determinando o aparecimento da doença. Os cientistas perceberam, porém, que entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas – mudanças ambientais, poluição, hábitos e comportamentos. Esses fatores modificam a estrutura genética (DNA) das células, “redesenhando” seu metabolismo.

Fatores de Risco

O câncer de próstata pode atingir qualquer homem. No entanto, há alguns fatores de risco que devem ser conhecidos. O primeiro  é a idade: o risco de se ter a doença aumenta com o passar do tempo. Em nosso país, de cada dez casos, nove são registrados em homens com mais de 55 anos. Um segundo fator de risco é a presença de casos de câncer de próstata na família: homens cujo pai, avô ou irmãos desenvolveram a doença antes dos 60 anos fazem parte do grupo de risco. Um terceiro fator de risco é o sobrepeso ou a obesidade – o peso corporal extra aumenta o risco de aparecimento do câncer e, também, de outras doenças graves, como as cardiovasculares. 

Formas de Prevenção

A primeira forma de prevenção é o autocuidado, que começa com um olhar mais cuidadoso e até mais carinhoso dos homens para a própria saúde. É preciso se cuidar! Fazer exercícios físicos regularmente e manter uma alimentação saudável, não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, buscar formas de cultivar a saúde mental e buscar apoio médico sempre que necessário são medidas mais do que adequadas.

E, é claro, fazer exames médicos preventivos regularmente, em especial a partir dos 50 anos. No caso da próstata, esses exames incluem o chamado “PSA”, que é um exame obtido pela coleta de sangue (para verificação de uma proteína, o Antígeno Prostático Específico), e o “exame de toque” ou “exame de toque retal”, que é feito pelo médico urologista.

O exame de toque – que “apavora” muitos homens – é feito para perceber o tamanho, a forma e a textura da próstata. Para isso, o médico introduz um dedo protegido por uma luva lubrificada no reto do paciente. É um exame muito rápido (dura alguns segundos, na verdade) e permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.

O principal, aqui, nem é o exame, mas a importância de se superar o preconceito em relação a ele. Em primeiro lugar, porque o “toque” não desafia a sexualidade do homem – isso é algo que está na sua cabeça!; em segundo lugar, porque ele pode ser decisivo para a detecção de uma doença que, se for descoberta tardiamente, muitas vezes é letal. Enfim: não vale a pena arriscar a vida por uma bobagem como essa!

Lembrando que nem sempre alterações do tamanho da próstata, que são comuns com o aumento da idade, significam câncer. Há, por exemplo, muitos casos de hiperplasia benigna da próstata, que afeta mais da metade dos homens com mais de 50 anos; e há, também, muitos casos de prostatite, inflamação na próstata geralmente causada por bactérias.

Para que o câncer seja detectado ou não, após os exames é necessário fazer uma biopsia, que é a retirada de células da próstata para análise pelo especialista.

 Sinais e sintomas

Em sua fase inicial, o câncer de próstata possui alguns sintomas que devem ser observados. Os mais comuns são dificuldade de urinar, demora em começar e terminar de urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Esses sintomas não são uma confirmação da doença, mas, se aparecerem, devem acender o “alerta médico” imediatamente. Sem protelação!

O câncer de próstata tem cura?

Sim. Nos casos de detecção precoce, ou seja, quando a doença está em estágio inicial, as possibilidades de cura são de mais de 90%.

Onde encontrar mais informações?

Indicamos alguns sites com informações de qualidade sobre o câncer de próstata e a campanha do Novembro Azul. Assim, vai lá!

Essas informações foram úteis para você? Então, compartilhe! Conhecimento salva vidas!

De Camões às figuras de linguagem: a Literatura no Enem

Literatura. Para quem se amarra em livros, essa palavra soa como música! Já para quem não está muito habituado – ou não desenvolveu o hábito da leitura -, ela pode ser sinônimo de dificuldades, especialmente em época de prova. O fato é que, gostando ou não de ler, é importante conhecer a literatura brasileira. E, desenvolvendo formas de aproximação, ganhando intimidade com o tema, a coisa fica muito melhor!

No Enem, as questões de literatura aparecem no caderno de prova de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, cobrado no 1º dia da avaliação (13.11) e, normalmente, chegam a uma média de 10. O tema, é claro, também pode aparecer na redação e, também, de forma transversal nas questões de outros componentes curriculares.

Nesta edição especial de Opet Enem 2022, vamos falar sobre como se preparar para alcançar a pontuação máxima nas questões de literatura!

Quando falamos em literatura, falamos em…

Quando falamos em literatura, não estamos falando apenas em movimentos literários como o Romantismo, o Barroco ou o Modernismo. Esses movimentos, é claro, são uma parte importante do componente curricular, mas vêm acompanhados de vários outros elementos que permitem que ele seja acessado, entendido e usufruído. Assim, é preciso conhecê-los… e a todos os demais conteúdos que permitem sua compreensão!

Dito isso, podemos definir a literatura como sendo uma forma de expressão artística que se utiliza da linguagem e da expressão escrita como “matéria-prima”. Por meio das palavras, enfim, o artista – no caso, o escritor – expressa e transmite ideias, provocando uma resposta estética (ou seja, um “sentir”) de quem lê.

A literatura não abrange apenas os “clássicos”, mas muitas obras. Desde os “best-sellers”, aqueles livros que vendem milhares de exemplares, a volumes de cordel, poesia, crônicas, canções, poemas etc. Um blog, por exemplo, pode trazer textos literários.

As Escolas Literárias

Ao falar dos “requisitos” para caminhar bem pelo estudo da literatura, começamos pelas escolas literárias brasileiras, que são o item que mais se destaca – e mais desafia – os estudantes.

A literatura brasileira é formada por vários períodos/escolas, distribuídos entre o Brasil Colonial, o Brasil Império e a República, que devem ser conhecidos. São eles:

Era Colonial

. Quinhentismo (1500-1601)

. Barroco (1601 – 1768)

. Arcadismo (1768 – 1808)

Era Nacional

. Romantismo (1836 – 1881)

1ª Fase – Nacionalismo e indianismo

2ª Fase – Egocentrismo e pessimismo

3ª Fase – Liberdade

. Realismo (1881 – 1893)

. Naturalismo (1881 – 1893)

. Parnasianismo (1881 – 1893)

. Simbolismo (1893 – 1910)

. Pré-Modernismo (1910 – 1922)

. Modernismo (1922 – 1950)

1ª Fase – Busca pela renovação estética e maior radicalismo

2ª Fase – Foco em temáticas nacionalistas

3ª Fase – Marcada por inovações linguísticas e mais experimentações artísticas

. Pós-Modernismo (1950 – até hoje)

Para conhecer suas características, principais autores e obras, o melhor caminho é o dos livros didáticos e dos resumos. E, em especial no caso das escolas literárias mais recentes – cuja compreensão linguística é mais direta –, a leitura dos próprios livros.

No caso dos resumos, é interessante não apenas lê-los, mas estudar e produzir os próprios resumos. Isso fortalece a compreensão e a fixação dos conteúdos.

Nesta etapa final de preparação, sugerimos, ainda buscas por vídeos (em plataformas como Youtube e Vimeo) e por podcasts com apresentações e discussões sobre cada escola. Muitas vezes, essas produções trazem dados e análises importantes sobre os períodos históricos e os contextos de produção. Assim, a eles!

Mas, o que mais cai no Enem?

Uma análise das edições anteriores do Enem mostra que, no caso dos períodos/escolas literárias, há temas que se destacam pela frequência – as famosas “figurinhas carimbadas” da prova. São eles o Romantismo, o Modernismo e a literatura brasileira atual.

E os autores? Entre os autores mais referenciados nas questões do Enem estão Álvares de Azevedo, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, José de Alencar, José Saramago, Luís Fernando Veríssimo, Machado de Assis, Manuel Bandeira,  Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Rubem Braga e Vinícius de Moraes.

E o que mais é importante saber?

Como observamos na abertura deste texto, para conhecer a literatura, é preciso entendê-la. Perceber em que contexto as obras foram produzidas, por que pessoas e utilizando que tipos de recursos. O conhecimento desses elementos permite uma compreensão mais profunda do próprio significado das obras.

E quais são eles?

Focamos as funções e as figuras de linguagem, que sempre frequentam o Enem.

As funções de linguagem se conectam à finalidade do texto. São seis:

. Referencial ou denotativa: o foco, aqui, reside na informação. Uma notícia em um portal informativo, por exemplo, deve dar prioridade aos fatos a que se refere.

. Emotiva ou expressiva: o foco é estético, ou seja, se liga ao expressar uma emoção e ao senti-la. Ela se conecta a depoimentos, relatos, narrativas, e é carregada de sinais de pontuação associados à emotividade, como exclamações e reticências.

. Função poética: nela, o autor aproxima a própria linguagem, o código utilizado, de uma preocupação estética. Ela envolve a ideia e, também, a forma de expressão da ideia por meio de rimas, sonoridades, trocadilhos e referências indiretas.

. Função fática: nela, o autor/emissor que confirma se está sendo ouvido pelo interlocutor.

. Função conativa ou apelativa: aqui, a linguagem é usada para convencer, influenciar e guiar o interlocutor. Ela aparece, por exemplo, na publicidade (“Compre!”) e nos discursos políticos (“Vote em mim porque…”).

. Metalinguística: você vai a uma gramática para entender os usos do “por que”, ou a um dicionário para conhecer o significado de uma palavra. Nesses livros, você vai encontrar a linguagem cumprindo uma finalidade metalinguística, ou seja, explicando a si mesma!

E as figuras de linguagem? Elas são recursos de comunicação utilizados para dar mais cor ou força às palavras e à linguagem. Por meio delas, é possível amplificar o que se está expressando por meio. São dezenas e abrangem, entre outras, a antonomásia, catacrese, comparação, metáfora, metonímia, onomatopeia, personificação (prosopopeia) e sinestesia.

É literatura? É Opet INspira!

Na plataforma educacional Opet INspira, os estudantes parceiros Opet encontram uma infinidade de objetos de estudo, dos próprios livros a vídeos que se aprofundam no tema. O acesso é muito fácil e os conteúdos são de alta qualidade. Você ainda não é parceiro? Então, entre em contato conosco!

O Enem e as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

Pare por um instante e faça um exercício mental: imagine como seria o mundo sem as tecnologias recentes de comunicação, que abrangem a internet e todas as mudanças que vieram com ela. Seria complicado, né?

Complicado e diferente em muitos aspectos, a começar pela questão dos limites da própria comunicação. E com várias diferenças relação aos estudos, notícias, compras, cálculos, entretenimento, medicina, indústria, operações bancárias e muitas coisas mais.

Diferente, inclusive, em relação às pessoas, que foram e são profundamente moldadas por essas incríveis tecnologias. Um processo que começou há pouco mais de cem anos com o rádio e o cinema, ganhou os lares com as tevês e chegou às pontas dos dedos das pessoas com a internet e os smartphones.

As TIC na Educação

A educação, é claro, percebeu e acompanhou todas essas mudanças. E estabeleceu um universo temático próprio para estudá-las, o das “Tecnologias da Informação e Comunicação” (TIC), que foca os meios de comunicação, com ênfase nos digitais (que mais nos afetam hoje em dia). E o Enem, que participa diretamente dessa evolução educacional, sabiamente decidiu incluí-lo na avaliação.

Os temas ligados às TIC aparecem como parte da área do conhecimento (e do caderno de prova) de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, junto com os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Literatura, Artes, Educação Física e Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol). Neste ano, aliás, a avaliação dessa área do conhecimento acontece no primeiro dia de prova, em 13 de novembro.

Distanciamento crítico

As Tecnologias de Informação e Comunicação estão em boa parte das coisas que fazemos. Esta matéria, por exemplo: você só a está lendo porque há internet e há um ambiente de publicação, o blog da Editora Opet. E é justamente essa proximidade o elemento mais desafiador: para que possamos estudar as TIC – e ficar prontos para o Enem –, é preciso estabelecer um distanciamento crítico em relação a elas. E perceber, por exemplo, como essas tecnologias nos influenciam em coisas boas e em coisas não tão boas assim. Um bom meio de se fazer isso é conhecer seus limites.

Como as TIC aparecem no ENEM?

Os temas ligados às TIC podem ser cobrados de forma direta, ou seja, como perguntas específicas, ou, então, de modo transversal, no contexto de outros componentes curriculares do caderno de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. E, até mesmo, na redação.

Tomando como ponto de partida a Competência Específica 07 da área de Linguagens e suas Tecnologias da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio, podemos entender qual o foco das questões associadas às TIC no Enem. Os organizadores da prova, fundamentalmente, querem saber se os candidatos conseguem perceber essas tecnologias a partir de uma visão crítica, ética e estética. Observar e debater, por exemplo, seu impacto social e a importância de fenômenos comunicacionais recentes como os relacionados à difusão de informações e às fake news.

O que estudar?

Nos últimos anos, alguns assuntos relacionados às TIC se destacaram mundialmente. O mais óbvio deles é, justamente, a ética no manejo dessas tecnologias e seu uso político. Assim, procure notícias e artigos que foquem, por exemplo, a temática das fake news(o que são, formas de difusão e como combatê-las). Examine, também, a internet a partir de seu uso ético e legal.

Outros temas interessantes:

  • Sociedade da informação (conceito, impacto cultural)
  • Relação entre internet e consumo (marketing, publicidade, limites)
  • Infância (uso dos recursos digitais)
  • Adolescência (usos, relação com as redes sociais)
  • Impacto sociocultural (influenciadores, costumes, virais etc.)
  • Educação (importância, impacto, potencial e limites do ensino remoto e do ensino híbrido)
  • Lazer (jogos e desenvolvimento cognitivo, criatividade, saúde)
  • Liberdade e responsabilidades na rede (direitos e limites legais)
  • Acesso às novas tecnologias (aspectos legais, meios digitais e cidadania)
  • TIC e mercado de trabalho (tendências, o mercado das TIC no Brasil e no mundo)

Como estudar?

Os temas acima relacionados “frequentam” quase que diariamente os portais de notícias. Assim, acesse esses portais e examine as notícias. Em alguns deles, há editorias exclusivas de Tecnologia e Mundo Digital bem interessantes. É legal, também, acompanhar sites específicos que trabalham com os aspectos sociais e educacionais relacionados à internet e às novas tecnologias.

Vamos indicar alguns desses sites:

Por fim: pratique a prova… com provas!

Essa regra “de ouro” vale para tudo o que se relaciona ao Enem. No site do Inep, você vai encontrar as provas e os gabaritos de todas as edições da avaliação. Lá, poderá acessar os cadernos de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, ler e responder as questões específicas associadas às “Tecnologias da Informação e Comunicação”. E, é claro, conferir os gabaritos. Fique atento às presenças direta e transversal (ou seja, em questões de outros componentes curriculares) dos temas relacionados às TIC. E boa avaliação!

Combinação perfeita! A Química e o Enem

A Química está em tudo: no ar que respiramos, nos alimentos, nos produtos que usamos, no meio ambiente e nas estrelas. Ela já era percebida pelos gregos, com filósofos como Demócrito, e também pelos árabes e pelos chineses. E, a partir do século 18, virou ciência. Na mesma época, começou a fazer parte dos currículos escolares. E, no século 21, está no Enem!

Nesta edição do Opet Enem 2022, vamos tratar da Química: como este componente curricular aparece na prova – e como você deve se preparar para arrasar! A combinação perfeita. Confira!

Química: onde ela aparece no Enem?

Antes de mais nada, é preciso localizar a Química dentro do Enem. O componente faz parte da área do conhecimento de “Ciências da Natureza e suas Tecnologias”, junto com Biologia e Física. Aparece no 2º dia de prova (neste ano, 20 de novembro), em um caderno com um total de 45 questões. Delas, 15 são de Química.

E quais são os assuntos mais pedidos nas questões de Química?

Examinando as edições anteriores do Enem – você pode fazer isto acessando o site do Inep, que organiza a prova (CLIQUE AQUI) –, podemos conhecer os temas ou assuntos mais pedidos do componente de Química. São eles:

  • Moléculas
  • Química orgânica (cadeias de Carbono)
  • Química inorgânica (ácidos, bases, sais e óxidos)
  • Soluções e concentrações
  • Estequiometria (cálculo de reagentes e produtos de uma reação química)
  • Termoquímica (calor e energia nas reações químicas)
  • Poluição ambiental (tema apresentado de forma transversal, em perguntas relacionadas a fatos ou fenômenos históricos)
  • Radioatividade. 

A Química mais perto: como estudar?

A Química é um componente curricular formado, inicialmente, por conceitos fundamentais – como os de matéria, energia, substância, corpo, objeto e sistema, assim como os que explicam as partículas atômicas e suas relações e os elementos químicos.

Para avançar pela Química, é preciso conhecê-los a fundo, tendo-os na ponta da língua! E isso é algo que você consegue focando nos livros didáticos e, também, em conteúdos digitais relevantes.

No Youtube, por exemplo, existem vídeos e canais excelente sobre Química em língua portuguesa. Nossa sugestão é acessar o canal YOUTUBE EDU – plataforma lançada pelo Google em 2013 em parceria com a Fundação Lemann – e pesquisar diretamente pelos conteúdos de Química. Eles são produzidos por professores e têm a curadoria de especialistas.

Uma Química mais dinâmica

Dominando os conceitos fundamentais, você vai avançar para a parte mais “dinâmica” do componente, associado aos cálculos, combinações e seus resultados. Atenção especial à Química Orgânica, associada ao carbono e suas cadeias – petróleo, plásticos, combustíveis, seres vivos… tudo isto está ligado ao carbono!

Para isso, o primeiro caminho também é o dos livros didáticos, que trazem os elementos fundamentais para o entendimento do tema. E os vídeos também dão uma bela força.

A “reação química” dos estudos, porém, não para por aí: trabalhe, também, com simuladores de experiências e outros recursos digitais, como os disponíveis em aplicativos. Um belo exemplo são as tabelas periódicas interativas – algumas, repletas de conteúdos extras -, disponíveis em formato Android e IOS. Muitos desses apps são gratuitos.

Lembrando sempre que os estudantes de escolas e redes de ensino parceiras da Editora Opet têm acesso a uma série de recursos de estudo na plataforma educacional Opet INspira, como simuladores, vídeos, quizzes, apresentações e até uma tabela periódica repleta de informações adicionais. É acessar e estudar!

Dica certa: resolver exercícios

Esta dica, na verdade, vale para todos os componentes curriculares. Para a Química, igualmente! Acesse as provas e gabaritos do Enem, resolva as questões e verifique seu grau de acerto. Se você errou uma questão, vá ao gabarito e interprete a resposta certa. Mais do que focar na própria resposta, é importante que você perceba o caminho associado a ela – isto, para uma avaliação como o Enem, que trabalha com a TEORIA DA RESPOSTA AO ITEM, é essencial.

Outra dica: além de responder às questões do Enem, responda, também, às questões de Química dos vestibulares. Muitas vezes, seu nível de exigência é ainda maior que o do Enem, o que faz com que você se prepare ainda mais. Mas, onde encontrar?

A seguir, reunimos os endereços de algumas instituições que disponibilizam suas provas e gabaritos dos anos anteriores para consulta e realização de exercícios. Como as provas são completas, você vai precisar selecionar o componente de Matemática. Vá ao seu buscador preferido, digite “questões vestibular” mais o nome da instituição:

  • INSPER
  • Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
  • PUC-MG
  • UERJ
  • UFSC
  • USP
  • UTFPR

Bons estudos… e boa prova!

Inglês, Espanhol: como se preparar para a prova de idioma estrangeiro do Enem?

How are you? Hola, ¿qué tal? O inglês e o espanhol são, respectivamente, o primeiro e o quarto idiomas mais falados no mundo, com cerca de 1,8 bilhões de falantes. Eles têm enorme valor em relação aos campos científico, literário e de negócios. No caso do espanhol, há, ainda, um diferencial geográfico, na medida em que, na América do Sul, nove países o têm como idioma oficial – deles, sete fazem divisa com o Brasil.

Assim, conhecer suficientemente ao menos um dos dois idiomas é estratégico, e a educação brasileira reconhece isso. Tanto que, desde 2010, ou seja, há onze edições (caminhando para a décima segunda) do Enem, os participantes também respondem a questões associadas ao conhecimento da língua inglesa ou da língua espanhola.

Como aparecem as questões?

As questões de língua inglesa e de língua espanhola aparecem no primeiro dia de prova, dentro do caderno de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Elas são em número de cinco, para um total de 45 questões.

No caderno, elas vêm em modo duplicado – ou seja, cinco de inglês e cinco de espanhol. O candidato deverá responder apenas às questões do idioma que escolheu e indicou na inscrição. Se, na inscrição, ele deixou a opção em aberto – ou seja, se não indicou o idioma –, deverá responder às questões de inglês, conforme determinado no regulamento do Enem.

Para responder bem, é preciso ser fluente no idioma?

Não. Mas, é preciso conhecer os elementos básicos do idioma escolhido: leitura, interpretação e compreensão dos textos, tirinhas e charges, domínio dos significados das palavras e das regras, assim como a identificação da função do texto.

Em outras palavras: ao ler a questão, é preciso compreender o que está sendo pedido para buscar a resposta correta.

Inglês ou espanhol: qual o mais fácil?

Ambos os idiomas têm particularidades e, é claro, dificuldades. No caso do espanhol, por sua proximidade em relação à língua portuguesa, normalmente ele é considerado mais “fácil”. É preciso, porém, ficar muito atento, especialmente em relação a elementos como os chamados falsos cognatos, ou seja, àquelas palavras compartilhadas pelos dois idiomas e que têm significados bem diferentes. É o caso, por exemplo, de “cachorro”, que, em espanhol, é usado para certos filhotes de mamíferos – em espanhol, nosso “cachorro” é “perro”.

É nos falsos cognatos, aliás, que mora uma das principais chances de “pegadinha” nas questões da língua espanhola. Fique atento!

Como reforçar o estudo? Comece pela música

Os dois idiomas estrangeiros do Enem estão muito presentes na cultura pop, especialmente o inglês. Em anos recentes, com ritmos como o “raguetón” (reggaeton), porém, hits em espanhol ficaram cada vez mais comuns. Uma forma de “afiar” o estudo dos idiomas é complementá-los com a escuta/leitura e a tradução de músicas. Por exemplo: escolha uma música de que você gosta e mãos à obra! E o legal é que o significado dessas músicas não se limita à tradução pura e simples das letras, mas ao entendimento do contexto.

Outa dica é assistir a filmes e séries em inglês ou espanhol optando por legendas no próprio idioma: inglês, com legendas em inglês; espanhol, com legendas em espanhol. Você vai escutando, lendo, cruzando informações, interpretando e fortalecendo suas habilidades!

Dicionário na mão

Ao ler ou escutar um texto em um idioma estrangeiro, normalmente trabalhamos com conhecimentos que já detemos e, também, com interpretações de contexto, que muitas vezes “dão conta” de garantir a compreensão da mensagem, mesmo que não entendamos todos os seus componentes.

Ainda assim, é bem legal conhecer os termos e seus significados – quanto mais, melhor! Para isso, faça uso de bons dicionários.

No caso da língua espanhola, nossa sugestão é o Dicionário da Real Academia Espanhola, disponível em https://dle.rae.es/ – lá, além das palavras, você pode encontrar tira-dúvidas.

No caso da língua inglesa, sugerimos o Dicionário da universidade de Cambridge, disponível em https://dictionary.cambridge.org/pt/.

Escolher dicionários espanhol-português e inglês-português facilita as coisas; optar por dicionários espanhol-espanhol e inglês-inglês exige uma compreensão um pouco maior do idioma, mas fortalece o processo de preparação. Nossa sugestão: use os dois tipos de dicionários!

Quizzes, vídeos, jogos e outros recursos digitais

A internet oferece muitas opções gratuitas de aplicativos para o aprendizado de idiomas. Nossa sugestão é de que você baixe um deles e comece a “brincar” nas horas vagas. Boa parte dos apps trabalha com quizzes, que envolvem e estimulam. Esses programas também fornecem scores, feedbacks e indicam as razões dos erros.

 Uma “santa lição”: refazer as questões das edições anteriores

No site oficial do Enem (clique aqui), você encontra as provas e os gabaritos de todas as provas anteriores do exame. Assim, acesse, escolha o ano e vá aos cadernos de prova. As questões de idioma estão no caderno de prova do primeiro dia. Nossa sugestão: vá primeiro às provas e, depois, confira suas respostas nos gabaritos que também estão disponíveis no site do Enem.

 

Outubro Rosa… para a vida inteira!

Um pequeno guia sobre o câncer de mama, a prevenção e o Outubro Rosa

Neste domingo, dia 01º de outubro, o mundo inicia as ações e as comemorações de 2023 do Outubro Rosa, iniciativa que reúne milhões de pessoas para a conscientização, a prevenção e o tratamento do câncer de mama. Um mês que funciona como um grande difusor de informações sobre esse tipo de câncer e, também, sobre a saúde geral das mulheres. Neste artigo, vamos trazer dados relevantes sobre o câncer de mama e o Outubro Rosa, com indicação de outras fontes informativas.

Quando falamos em câncer

Quando falamos em câncer, estamos falando de um termo genérico que engloba mais de cem tipos de doenças associadas ao crescimento desordenado – e muitas vezes, acelerado – de células. Nesse processo reprodutivo, essas células podem formar tumores (massas celulares anômalas, ou seja, que não seguem as regras normais) que, por sua vez, podem invadir tecidos adjacentes ou, mesmo, outros órgãos do corpo.

Quando os tumores têm uma taxa de crescimento persistente e que ultrapassa a taxa de crescimento dos tecidos normais, eles são chamados de “neoplasias”.

As neoplasias se dividem em benignas e malignas. As neoplasias benignas tendem a se desenvolver como massas teciduais de crescimento lento e expansivo; elas normalmente comprimem os tecidos adjacentes, sem infiltrá-los. São “fechadas”, isto é, circunscritas e com limites bem definidos.

Já as neoplasias malignas se caracterizam pelo crescimento rápido e invasivo; elas também por se disseminar para outras regiões do corpo por meio de vasos sanguíneos ou linfáticos, surgindo como novas lesões em outras partes do corpo – um processo conhecido como metástase.

Esse tipo de neoplasia é chamado de câncer.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos tipos de células que podem ser afetados pela doença – carcinomas, por exemplo, estão associados aos tecidos epiteliais, como a pele e as mucosas; se surgem em tecidos conjuntivos (como ossos, músculos e cartilagens), são chamados sarcomas.

Quais as causas do câncer?

Mas, o que causa os diferentes tipos de câncer? Os mecanismos que “disparam” a reprodução desordenada de células são estudados há décadas por cientistas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Hoje, sabe-se que há uma série de fatores envolvidos, como os genéticos, os ambientais e os associados aos hábitos. Esses fatores podem interagir, determinando o aparecimento da doença. Os cientistas perceberam, porém, que entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas – mudanças ambientais, poluição, hábitos e comportamentos. Esses fatores modificam a estrutura genética (DNA) das células, “redesenhando” seu metabolismo.

O câncer de mama

Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer de mama é segundo tipo de neoplasia maligna que mais afeta mulheres no Brasil, ficando atrás, somente, do câncer de pele não melanoma.

De acordo com uma estimativa do Observatório Global do Câncer (Globocan/OMS), a estimativa para os anos de 2020/2022 seria de 66 mil novos casos de câncer de mama no país. Segundo ainda a Globocan, o risco cumulativo de uma pessoa ter e de falecer de câncer de mama no Brasil é, respectivamente, de 6,3% (ter) e de 1,6% (falecer).

Causas e prevenção

Os fatores de risco ao câncer de mama acompanham os fatores gerais da doença. Estão ligados a questões genéticas, ambientais e aos hábitos da mulher. Chegamos, assim, à prevenção, que permite atuar em relação às causas mais prevalente, isto é, às principais. Como prevenir o aparecimento do câncer de mama?

  • Cultivando hábitos alimentares saudáveis: incluindo na dieta mais vegetais, mais frutas e alimentos orgânicos; e reduzindo o consumo de alimentos ultraprocessados (que deveriam ser abandonados), carne vermelha, bebidas alcoólicas, queijos e leite gordurosos etc. Em excesso (consumo habitual), gorduras e produtos artificiais como corantes e conservantes desencadeiam processos inflamatórios no organismo, que predispõem ao aparecimento do câncer.
  • Não fumando ou parando de fumar. O cigarro é um fator de risco importante para o aparecimento de diferentes tipos de câncer. O fumo passivo também é um fator de risco.
  • Realizando atividades físicas regulares. A prática regular de atividades físicas de diferentes tipos e intensidades – acompanhada de um parecer médico prévio e com a supervisão de um especialista – é especialmente indicada para a manutenção e o cultivo da saúde. Com consequências importantes sobre a prevenção do câncer.
  • Buscando reduzir o estresse. Esse é um dos fatores de combate mais difícil. No entanto, é possível combater o estresse com atividades que envolvam a tranquilização da mente (como a meditação, técnicas de respiração, caminhadas na natureza, passatempos, arte, leitura e participação em grupos de pessoas).
  • Tomar consciência da saúde das mamas, incorporando à rotina os exames diagnósticos. Segundo o INCA, “a orientação é de que a mulher observe e palpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem necessidade de aprender uma técnica de autoexame ou de seguir uma periodicidade regular e fixa, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias suspeitas.

 O Outubro Rosa

A ideia de se promover de um mês voltado à atenção para as causas, prevenção e tratamento do câncer de mama – e da saúde global das mulheres – surgiu nos Estados Unidos nos anos de 1990.

Seus primórdios nascem de uma iniciativa da Fundação Susan G. Komen for the Cure: na primeira edição da “Corrida pela Cura”, na cidade de Nova Iorque, os participantes receberam um laço rosa como “lembrete” para a importância dos cuidados e da prevenção. Desde então, a corrida é realizada anualmente, dentro de uma programação que se ampliou para várias partes do mundo.

A ideia de um “Outubro Rosa” ganhou forma oficialmente em 1997, também nos Estados Unidos, graças à ação de duas cidades – Yuba e Lodi, ambas na Califórnia – contra o câncer de mama. Elas lançaram ações, decoraram vários locais com laços rosa e batizaram a programação de Outubro Rosa. E a ideia pegou!

No Brasil, o movimento chegou em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera (monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista), na cidade de São Paulo, foi iluminado em rosa. Nos anos seguintes, vários outros monumentos brasileiros – como o Cristo Redentor (Rio de Janeiro), a estufa do Jardim Botânico (Curitiba), o Palácio do Planalto (Brasília) e o Teatro Amazonas (Manaus) – também passaram a ser iluminados em outubro. E a campanha passou a receber o apoio do poder público, de hospitais e de entidades da organização civil.

Os resultados do Outubro Rosa

O principal resultado do Outubro Rosa reside, exatamente, naquilo a que ele se propõe: levar informação, prevenção e cuidados sobre o câncer de mama para mulheres e para a toda a sociedade. Desmistificando a doença, combatendo os constrangimentos da mulher em relação a falar do próprio corpo… e salvando vidas!

Para saber mais

Indicamos algumas fontes confiáveis de informação sobre o câncer de mama, sua prevenção e tratamento. Confira!