#especial – Interculturalidade: desafios e descobertas do trabalho com a Educação Indígena

Menina do povo Tupi-Guarani.

Aikanã, Akuntsu, Araweté, Guajajara, Guarani, Pano, Xetá, Xokleng, Tucano, Yanomami… o Brasil possui 266 etnias indígenas (dados do Instituto Socioambiental, 2024), cujos ancestrais habitavam o atual território nacional há, pelo menos, 12 mil anos. Uma comunidade de 1,7 milhão de pessoas (Censo, 2022) distribuídas por todo o país, que compartilham nada menos do que 160 línguas.

Povos que desenvolveram cosmovisões, crenças, relações com o meio ambiente e soluções sofisticados e valiosos. E que, nos últimos 524 anos – desde o primeiro contato oficial dos portugueses com os tupiniquins no sul da Bahia –, contribuem para a construção da sociedade brasileira. Em muitos aspectos: das técnicas agrícolas aos hábitos alimentares, do vocabulário ao imaginário nacional, as culturas indígenas estão lá!

Estudantes indígenas da Amazônia brasileira.

Parceria

Com o Sistema Educacional Família e Escola – Sefe, a Editora Opet atua em parceria com redes municipais públicas de ensino de todo o país, construindo uma educação cidadã e de alta qualidade na Educação Básica. Nesse processo, tem o privilégio de atuar com professores e estudantes indígenas.

É o caso de Campo Novo do Parecis, município do leste de Mato Grosso situado a 385 quilômetros de Cuiabá e território dos Háliti-Paresi, etnia que estabeleceu contato com os colonizadores portugueses há pelo menos 300 anos. Desde então, esse povo trabalha para preservar e transmitir seus valores culturais, visão de mundo e idioma em uma região que é uma das principais fronteiras agrícolas do país. Nesse processo, a educação tem cumprido um papel central, inclusive e especialmente na construção de pontes interculturais.

Professora Valdirene Avelino Zakenaezokero com alunos da etnia Háliti-Paresi em Campo Novo dos Parecis, Mato Grosso.

Na rede municipal

Ao todo, os Háliti-Paresi estão distribuídos em 79 aldeias, das quais nove são atendidas pela Editora Opet em Campo Novo do Parecis. Na rede municipal de ensino são 97 os estudantes indígenas, entre crianças da Educação Infantil e estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e 11 professores Háliti-Paresi – entre eles, um agente educacional para a Educação Especial. O trabalho é desenvolvido em três escolas – a Escola Indígena Sacoré Kase Weteko (aldeias Morrinho, Otyhaliti, Bacaiuval e Sace II), a Escola Municipal de Educação Indígena Seringal (aldeias Chapada Azul, Seringal e Quatro Cachoeiras) e a Escola Municipal Indígena Bacaval (aldeias Bacaval e Wazare). 

“A educação é importante para todos, indígenas ou não”, sintetiza Valdirene Avelino Zakenaezokero, professora na Escola Municipal Indígena Bacaval, na aldeia Wazare, e líder em sua comunidade. 

Ela destaca a ancestralidade de seu povo, sua presença na região há séculos, e a importância que a educação assumiu para a manutenção e o crescimento do grupo. “Por meio da educação, oferecemos mais qualidade de vida para os nossos pais e para os nossos filhos. Podemos lutar por uma vida melhor e por melhores empregos”, observa. Hoje, explica, os Háliti-Paresi contam com agrônomos, veterinários, farmacêuticos, engenheiros e com uma médica da etnia – profissionais cuja educação formal começou nas escolas das aldeias.

A vivência da cultura na educação é um dos elementos fundamentais entre os Háliti-Paresi.

Valdirene explica que, nessas escolas, as aulas são ministradas nos dois idiomas, o aruak-háliti e o português, e que o processo de ensino-aprendizagem tem o apoio de materiais didáticos na língua materna e em português – os mesmos utilizados por todos os alunos da rede municipal.

“É essencial trabalhar o nosso idioma dentro da educação, assim como é essencial que os estudantes aprendam e dominem o português para evitar dificuldades mais à frente. E, inclusive, para combater o preconceito que existe contra os indígenas que se comunicam apenas na língua materna”, observa. Ainda sobre a aprendizagem do português, Valdirene observa que a língua é estratégica para a sobrevivência do grupo. “Nossa língua materna nós falamos aqui, usamos nas aldeias. Já o português você aprende e utiliza para falar fora, na cidade, e lutar pelos seus direitos. É um conhecimento que melhora o diálogo e aumenta o respeito”, explica.

A professora também destaca o papel da educação no conhecimento, celebração e afirmação da identidade de seu grupo. “No contexto da educação, nós trabalhamos registrando tudo. Nossos mitos, nossos cantos… não só por escrito, mas com as tecnologias digitais também”.

Os Háliti-Paresi desenvolveram seu próprio material didático, usado em articulação com os materiais didáticos em língua portuguesa.

Nas formações

Valdirene conta que os professores da Educação Indígena participam regularmente das formações pedagógicas oferecidas pelo município – um pleito que eles levaram à administração municipal e foi atendido. E eles fazem questão de estar lá sempre. “Participamos de todos os momentos, ainda mais quando têm a participação dos formadores da Editora Opet”, conta. 

“Eu fico até emocionada porque os formadores trabalham muito bem. E porque os livros trazem elementos da nossa realidade. Nas aldeias, temos muitos materiais com que trabalhar, e os livros complementam as nossas abordagens.”  Ela destaca a consistência dos conteúdos. “Eles trazem questões da nossa realidade, a realidade dos povos indígenas brasileiros, e vão além dos conteúdos associados às grandes etnias, como os Guarani. Nós nos sentimos representados e ficamos felizes com isso.” 

O processo educacional, analisa, é parte de algo maior: o futuro de seu povo. “Nossa realidade mudou muito nas últimas décadas. Lutamos por direitos e estamos avançando, inclusive com parlamentares indígenas que trabalham pela demarcação de terras. Mas, ainda há muito a fazer. Reduzir a burocracia e melhorar a possibilidades econômicas de trabalho dentro dos territórios, por exemplo.”

Um trabalho com a Educação Indígena

Daniele Pires Dias é a assessora pedagógica na Editora Opet e realizou a mais recente formação em Campo Novo do Parecis. Além dos Háliti-Paresi, porém, ela também já trabalhou com professores de outras etnias indígenas, como os Kuikuro em Água Boa (MT), os Xavante em Campinápolis (MT) e os Kaingang em Chapecó (SC). Segundo ela, a ação com os professores da Educação Indígena é uma oportunidade de compartilhar conhecimentos e, especialmente, de aprender conteúdos muito ricos, que abrangem dos mitos à arquitetura, da religiosidade aos hábitos alimentares.

Professores Háliti-Paresi em formação pedagógica com a professora Daniele Pires Dias.

Focando especificamente os Háliti-Paresi, ela destaca o compromisso do grupo com a própria cultura. “É um compromisso de cultivá-la e inseri-la dentro da cultura mais ampla do nosso país, para que os estudantes consigam dominar os conteúdos dos dois mundos, o indígena e o não indígena. E isso é feito com inteligência e sensibilidade”, observa.

Daniele sinaliza o fato de os indígenas de Campo Novo do Parecis terem desenvolvido um material didático próprio, escrito em aruak-háliti, e integrá-lo aos conteúdos educacionais comuns a toda a rede. “Eu percebo que, nesse contexto de interculturalidade, tudo é feito de uma maneira leve, com muita investigação e usando os recursos locais, que eles conhecem e dominam como ninguém, como sementes, frutas, plantas e penas, por exemplo. Isso enriquece enormemente o trabalho educacional.”

O mesmo caminho de interculturalidade é percebido nas formações pedagógicas, que envolvem todos os professores da rede municipal de ensino, indígenas e não indígenas. “São momentos de troca e escuta. Temos muitas contribuições dos professores das aldeias e um interesse muito grande da parte deles – e de todos os docentes, na verdade – por temas como o das tecnologias educacionais digitais”, observa. Ela lembra, por exemplo, o trabalho com a tecnologia Google 3D (realidade aumentada), que foi desenvolvido com os professores e levado às aldeias, onde foi incorporado ao processo de ensino-aprendizagem.

Valorizar e promover a identidade cultural

A professora Marilei Aparecida Bahnert é coordenadora de Educação da rede municipal de Campo Novo do Parecis, e trabalha junto com os professores da Educação Indígena. “Certamente, nosso maior desafio é proporcionar educação formal sem comprometer a identidade cultural e, principalmente, sem gerar conflito cultural ou crises de identidade no momento de transição da escola indígena para a escola regular”, observa. 

As escolas de Educação Indígena de Campo Novo do Parecis oferecem a Educação Infantil e o Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Nesses dois segmentos, há a inserção da Língua Portuguesa até o quinto ano. O objetivo é minimizar as dificuldades de comunicação e aprendizagem dos estudantes quando de seu ingresso nos Anos Finais, em escolas de ensino regular do município.

Em um cenário ao mesmo tempo generoso e desafiador, Campo Novo do Parecis trabalha pela construção conjunta de um ambiente educacional intercultural. “A aprendizagem é bilateral. Assim, sempre que possível, promovemos momentos em que os alunos visitam as aldeias e, também, momentos em que os alunos da aldeia vêm fazer apresentações culturais nas escolas da cidade”, conta. 

“Na visita à aldeia, os alunos aprendem muito sobre liberdade e conexão com a natureza. Na cidade, os alunos da aldeia têm mais contato com espaços mais emparedados e tecnológicos.” Esse intercâmbio cultural, explica Marilei, promove ampliação de visão de mundo e também o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, além de desenvolver a consciência acerca das diferenças.

“Nosso foco reside, sempre, em valorizar e promover a identidade cultural dos Háliti-Paresi, que é um componente importante da nossa própria cultura, da região e do país”, conclui.

Crianças da etnia Xavante.

Atendimento Educacional Especializado (AEE): diversidade e conhecimento em Lavras (MG)

Professor Maikon Richardson Ferreira Leite com a professora formadora Janice Mendes da Silva.

Um dos maiores ganhos do trabalho com educação reside na capacidade de ensinar e aprender ao mesmo tempo. Ou, melhor, de construir a educação – e a cidadania – de forma conjunta, no diálogo e na aprendizagem com outras pessoas. Como aconteceu em Lavras, município do sul de Minas Gerais onde há alguns dias a equipe da Editora Opet esteve para uma formação pedagógica com os professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Lá, no contexto da formação para o uso da coleção “Caminhos e Vivências”, a assessora pedagógica Janice Mendes da Silva teve a oportunidade de trabalhar com os professores cegos Enio Naves Silveira e Maikon Richardson Ferreira Leite, docentes da rede municipal de ensino que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Enio, engenheiro agrônomo, perdeu a visão em um acidente automobilístico há 34 anos. Desde sua recuperação, dedica-se à educação especial de cegos, estando especialmente focado nas tecnologias computacionais voltadas à educação deste público. Maycon, há um ano no quadro docente da rede municipal de ensino de Lavras, perdeu a visão por conta de uma retinose pigmentar. Ele é professor pós-graduado em Educação Física Adaptada e atleta de elite de corrida.

Professor Enio Naves Silveira durante a formação.

Participação

Janice, que é pós-graduada em Educação Especial, explica que os dois professores fizeram questão de participar da formação pedagógica do 2º ano para o uso da coleção “Caminhos e Vivências”, ainda que não utilizem esse material em sua prática pedagógica.

“Eles trabalham com materiais didáticos específicos para o AEE, mas, como haviam participado das atividades formativas da manhã, pediram à sua coordenadora para seguir participando. Eles queriam conhecer a coleção Caminhos e Vivências e as abordagens possíveis”, explica Janice.

Janice, então, fez uma abordagem detalhada das páginas trabalhadas (no caso, uma história em quadrinhos), transcrevendo verbalmente os conteúdos e abordando outros elementos, como a textura do papel. “Nessa formação, propusemos uma reflexão sobre a alfabetização, colocando-a no contexto de cada criança, em seu cotidiano, o repertório que ela traz e que pode ser aproveitado na aprendizagem”, explica.

Ela também perguntou aos professores se a abordagem que estava fazendo, a forma de trabalho com eles, estava atendendo às expectativas. “Fiquei feliz de saber que sim, que estava de acordo, e que eles estavam satisfeitos”, conclui Janice.

“Mesmo sem ser um trabalho formativo específico, voltado diretamente ao meu trabalho docente, foi muito válido. Sinto que posso utilizar nas minhas aulas as estratégias pedagógicas inovadoras trazidas pela professora Janice”, observa o professor Enio Silveira, que ministra aulas no Centro de Educação e Apoio às Necessidades Auditivas e Visuais – CENAV em Lavras para estudantes cegos. Ele considerou a formação dinâmica e envolvente.

Para o professor Maikon Leite, um destaque da formação foi a capacidade de engajamento da formadora, que fez com que os professores participantes interagissem. “A professora Janice foi muito bem na audiodescrição. Ela esteve o tempo todo focada e promoveu o contato entre os professores.”

Ele reforça que essa interação, essa aproximação entre professores e estudantes com e sem deficiências é essencial para o sucesso da educação. “O principal é promover a interação social. Além disso, é fundamental ter foco e adaptar-se sempre. Fácil, não é. Mas, com força e coragem, é possível vencer os obstáculos”, analisa.

Diversidade

Para a coordenadora pedagógica da Editora Opet, Rúbia Cristina da Costa, formações como a desenvolvida pela professora Janice com os professores Enio e Maikon são uma oportunidade de trabalhar com a diversidade.

“Levamos para as formações estratégias e recursos para que os professores possam pensar em adaptações e personalizar o ensino de forma a atender todas as crianças, todos os estudantes”, observa. “Quando encontramos essa diversidade na formação, isso nos dá a possibilidade de não apenas falar sobre, mas de vivenciar estratégias que incluam toda e todos nas propostas e reflexões. Essa aprendizagem é riquíssima!”, destaca.

Formação permanente

Rúbia destaca o aperfeiçoamento constante dos formadores da equipe pedagógica da Editora Opet. Isso porque, para além da diversidade de pessoas e contextos da educação – o Brasil, afinal, é imenso -, a educação exige inquietação e novos conhecimentos.

“Atuar como formador exige pesquisa e leitura, além de conhecimentos sobre a legislação educacional. Temos momentos específicos para as nossas formações internas e reuniões de alinhamento, e momentos em que pensamos sobre todas as necessidades. Juntos, construímos as melhores estratégias para atender todos os nossos parceiros com qualidade.”

Segundo Rúbia, momentos como os vivenciados com os professores de Lavras mostram que não há limites para as aprendizagens. “Como educadores, nós aprendemos que todos podemos ensinar e aprender. Isso nos realiza e nos faz felizes!”. E conclui: “como dizia Cora Coralina: ‘feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina’”.

Redes sociais e educação: uma parceria possível?

Facebook, Tik-Tok, Instagram, Whatsapp, Youtube… até recentemente, estes nomes não significavam nada. Hoje, estão na boca de 5 bilhões de pessoas – 62,3% da população mundial (We Are Social, 2023). No ano em que o Facebook completa 20 anos, as redes sociais digitais afetam e fascinam porque somos seres sociais: amamos nos comunicar, ver, curtir, compartilhar, conhecer coisas e nos distrair.

As décadas do Facebook também apontam para gerações que frequentaram e frequentam a escola com os smartphones e as redes sociais ali, pertinho. O que gera questões:

👉 Afinal, as redes sociais ajudam ou atrapalham a educação?

👉 Seu potencial de construção do conhecimento é maior ou menor que sua capacidade de distrair e dispersar os estudantes?

Para redes de ensino do Brasil e de países como França, Itália, Finlândia, Países Baixos e Estados Unidos, o uso dos celulares e de redes sociais é prejudicial nos contextos escolares e, portanto, está proibido ou limitado. Outras redes e outros países, porém, não colocam restrições ou não definiram uma regra.

Afinal, que orientação seguir?

“A resposta pede cautela dos educadores e da sociedade. Ela passa por assumir critérios e pela intencionalidade pedagógica”, observa Cliciane Élen Augusto, gerente pedagógica da Editora Opet e educadora Google Nível 2.

Os critérios são os preceituados por leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente. “O ECA oferece um arcabouço fundamental de proteção que também vale para o contexto digital. Afinal, acessar uma rede é acessar um mundo de possibilidades – imagens, áudios, textos e, inclusive, coisas perigosas”, observa Cliciane.

É importante que familiares e professores tenham em mente que o acesso deve estar disponível a partir de uma certa idade, e que esta disponibilidade não gera autonomia total. “O uso deve ser autorizado com critérios, normas e restrições. Com a supervisão de um adulto responsável e o consentimento da família”, destaca Cliciane. Em relação às redes sociais, Cliciane observa que elas não são indicadas para crianças, que não têm noção do impacto deste recurso em suas vidas.

Mas, e os usos puramente educacionais?

As redes sociais podem ser um recurso educacional valioso. Para isso, pedem do professor o respeito aos critérios já referidos e a intencionalidade pedagógica. O que ele quer construir e como vai engajar seus estudantes a partir do meio digital? Nada impede, por exemplo, que os temas tratados envolvam, também, conteúdos de educação midiática, que auxiliem o estudante a transitar pelas redes sociais com ética e segurança.

“No entanto, é interessante observar que há uma evolução muito grande das ferramentas tecnológicas para a educação. Que, por sua qualidade, desviam o foco de interesse das redes sociais no contexto da sala de aula. Enfim, há recursos educacionais digitais muito bons, que podem engajar e encantar tanto quanto as redes sociais, sem os problemas e os riscos associados às próprias redes”, conclui Cliciane.

Neste exato momento, cerca de 2,2 milhões de professores (os dados são do Censo Escolar) e milhares de gestores da Educação Básica em todo o país estão finalizando os últimos detalhes para o início do ano letivo de 2024. Uma missão monumental, que requer um plano de ação – também chamado de plano educacional – capaz de abranger a organização, o planejamento e a sinergia necessários para um ano de grande sucesso em termos de aprendizagem e de educação em sentido amplo, com intencionalidade e protagonismo.

🗺️ Um plano que rege a educação

“O plano de ação rege toda a organização da escola e a comunidade dos educadores e dos gestores”, explica Cliciane Élen Augusto, gerente pedagógica da Editora Opet.

“E ele não é apenas um documento físico. É, também, um momento de organização e um projeto estratégico para o desenvolvimento da educação.”

Cliciane observa que todo o tempo é tempo de se pensar em planejamento. No entanto, a etapa inicial do ano é ideal por vários motivos. “No caso do Brasil, o ano letivo se encaixa dentro do ano regular, o que não acontece, por exemplo, nos países do Hemisfério Norte, onde ele começa em agosto ou setembro”, explica.

“Ou seja, é um momento ideal, quando estamos descansados e podemos olhar para o que fizemos no ano anterior e para o que vamos fazer a partir de agora.” Algumas escolas ou redes de ensino, porém, se antecipam e iniciam o planejamento em dezembro – o que, é claro, também funciona muito bem.

🧭 Um plano, muitas conexões

O plano de ação ou plano educacional estabelece objetivos para todas os anos e etapas da Educação Básica abrangidos por uma escola ou rede de ensino ao longo do ano. Essa construção também envolve as estratégias e as formas do trabalho educacional, as atividades e os processos avaliativos. “Em resumo, podemos dizer que o plano de ação guia o trabalho de toda a escola”, explica Cliciane.

Ele, porém, está conectado a vários elementos, começando pelas leis que regem a educação – partindo das diretrizes nacionais, chegando às normas estaduais e municipais e, por fim, contemplando o projeto político-pedagógico (PPP) da própria escola ou rede de ensino.

Todas essas normas, observa a gerente pedagógica da Editora Opet, formam um “guarda-chuva” que abriga o plano de ação e devem ser cuidadosamente observadas ao se estruturar os objetivos educacionais, rever o currículo, as metodologias e as formações pedagógicas. Um bom plano de ação é coerente e convergente.

🙋‍♂️🙋‍♀️Protagonistas do plano de ação

Na medida em que diz respeito ao trabalho e ao desenvolvimento de muitas pessoas, o plano de ação deve ser construído coletivamente. “É essencial que toda a equipe, de professores e gestores, esteja envolvida. E é importante ampliar esse círculo para envolver as crianças, os estudantes e suas famílias, buscando perceber suas expectativas”, destaca Cliciane. “O processo é colaborativo e mira o objetivo maior do protagonismo e da aprendizagem em escala integral.”

🤝 Parceiros no planejamento

Nesse processo colaborativo, as escolas, redes de ensino e municípios parceiros Sefe e Ígnea contam com o apoio e a participação efetiva da equipe pedagógica da Editora Opet. “Esse trabalho que começa no primeiro encontro e segue por todo o ano. Nós temos planejamentos e orientações muito bem estruturadas, feitas com base nas nossas soluções educacionais. Além disso, também ajudamos os professores e os gestores a pensar ‘fora da caixa’ em termos de metodologias ativas para os estudantes. Tudo isso conversa com o planejamento escolar e pode fortalecer muito este trabalho”, diz Cliciane.

inDICA Opet: redes de ensino iniciam o segundo ciclo de aplicações da avaliação

Segunda rodada de aplicações permite gerar série histórica de resultados da avaliação

Em muitos municípios e redes de ensino parceiras do Programa InDICA de Gestão da Educação, 2024 será estratégico em relação à avaliação de suas ações educacionais. Neste ano, eles farão o segundo ciclo de aplicação das provas da avaliação do InDICA, que envolve estudantes do 01º ao 09º ano nos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática.

1️⃣+1️⃣=💡 Mas, por que é importante?

“A segunda rodada ou ciclo de aplicações do InDICA permitirá gerar uma série histórica de resultados da avaliação. O cumulativo dos resultados desses dois anos, disponibilizados por meio de gráficos e relatórios de análise, demonstrará a evolução da aprendizagem”, explica Silneia Chiquetto, coordenadora do programa.

“Comparando esses resultados, os gestores poderão saber em detalhes se os planos de intervenção para recompor a aprendizagem estão tendo sucesso – e também poderão aprimorá-los , recalculando as rotas.”

📏+📊=👍 Intervenção e recomposição

Os planos de intervenção, destaca Silneia, são essenciais para recompor a aprendizagem, que foi duramente afetada durante a pandemia, com reflexos sensíveis ainda hoje.

“A recomposição da aprendizagem começa pelos planos de intervenção, e estes planos são construídos a partir dos dados de avaliação”, observa.

🔎📰📰🔍 As avaliações do segundo ciclo de aplicação são iguais às do primeiro ciclo?

Não… e sim! Não são iguais porque as provas são majoritariamente construídas com questões diferentes, conservando algumas questões-âncora que garantirão a escala de proficiência para a realização do comparativo. E são iguais, por assim dizer, porque seguem a mesma matriz de referência, ou seja, o mesmo conjunto de habilidades estruturantes próprias de cada etapa escolar.

“As habilidades estruturantes derivaram de um grande estudo que indicou o aprendizado essencial dos estudantes em cada ano escolar. São as habilidades que não podem faltar quando falamos em sucesso da aprendizagem”, explica a coordenadora do InDICA.

📈 Evolução permanente

As avaliações do programa, vale observar, também são aprimoradas ano a ano com base nos conhecimentos e no refinamento das ferramentas de avaliação e leitura dos dados (no caso, o chamado “Código R”, que faz as correções com base na Teoria da Resposta ao Item – TRI).

“Ao final do ano, todos esses dados permitirão aos gestores das redes municipais e escolas privadas parceiras desenhar ainda melhor seus planos de intervenção e de fortalecimento da educação nos próximos anos”, reforça Silneia.

✌️+✌️=👍 Dois ou quatro resultados?

Boa parte dos parceiros que aderiram ao InDICA no ano passado realizou duas etapas da avaliação diagnóstica. Ou seja, seus estudantes realizaram duas provas de cada componente em momentos distintos do ano – no primeiro e no segundo semestre. Como o segundo momento anual de aplicação, em 2024, também prevê duas provas, isto significa que o gráfico com os resultados será ainda mais rico, permitindo uma leitura mais precisa da evolução da aprendizagem.

🎯 A importância das avaliações

As avaliações ocupam um lugar especial na legislação educacional brasileira. Em seu formato somativo, para demonstrar dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes, elas são inDICAdas como parte da organização da educação pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB em seu artigo 24, V, a.

Em seu formato diagnóstico, para detectar o nível e a qualidade da aprendizagem, elas voltaram a ser colocadas em evidência por conta dos efeitos da pandemia sobre a educação: em agosto de 2022, o Conselho Nacional de Educação publicou uma Resolução (Nº 02/2021) instituindo as Diretrizes Nacionais Orientadoras para a Implementação de Medidas no Retorno à Presencialidade das Atividades de Ensino e Aprendizagem e para a Regularização do Calendário Escolar.

O Programa InDICA

Criado pela Editora Opet com base em sua experiência de mais de 30 anos na área educacional, o Programa InDICA de Gestão da Educação é aplicado por redes públicas e privadas de ensino de todo o país – suas provas já chegaram a 200 mil estudantes, e a tendência é de crescimento.
Um recurso fundamental para a educação.

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VENCEDORES! Os ganhadores do 13º Prêmio Ação Destaque, da Editora Opet

Os finalistas do Ação Destaque – todos, vencedores – em foto com as bandeiras de seus Estados e municípios.

A semana foi de grandes emoções e conquistas para um grupo de trinta professores e gestores de municípios parceiros da Editora Opet. Eles estiveram em Curitiba nesta semana (de segunda a quarta-feira, 20 a 22) para a grande final do 13º Prêmio Ação Destaque, que aconteceu dentro do XI Seminário Nacional de Gestores Municipais. A etapa de apresentações da final aconteceu na terça-feira (21) e a revelação dos vencedores em cada uma das categorias aconteceu na quarta-feira (22). Também na terça-feira, a Editora premiou três projetos em uma categoria especial – “Projetos Inspiradores”, criada neste ano.

Confira agora os vencedores de cada categoria. Foi muita emoção!

CATEGORIA 01 – EDUCAÇÃO INFANTIL (Coleção Primeira Infância +0, Coleção Entrelinhas para você! (Infantil 1, 2, 3) e Coleção Feito Criança (Infantil 1, 2, 3)

Professoras Adiléia, Fabíola, Érica e Mariana, as campeãs da Categoria 01.

A Categoria 01 teve como primeira colocada a professora Adiléia Brito Rodrigues Pires, de Santana de Parnaíba (SP), com o projeto “O Brincar Heurístico na creche”.

A segunda colocada foi a professora Fabíola de Lemos Paiva, de Irati (PR), autora do projeto “Caminhos para uma Alimentação Saudável: Desafio para as Crianças”.

Na terceira colocação, as professoras Érica Girotto Davidioki Surek, de Arapongas (PR), com o projeto “Vivo, vejo e sinto meu mundo!”, e a professora Mariana Silva Godoi da Costa, de Santana de Parnaíba (SP), com o projeto “Conexão Berçário: para um Universo divertido!”.

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CATEGORIA 02 – EDUCAÇÃO INFANTIL (Coleção Entrelinhas para você! [4 e 5] e Coleção Feito Criança [4 e 5]).

Professoras Laiz, Andressa, Iris e Joselaine, vencedoras da Categoria 02.

A campeã da Categoria 02 veio de Carlópolis, no Paraná. É a professora Laiz Caroliny da Silva, autora do projeto “PARE, OLHE, prosSIGA: Não fique estacionado: o trânsito somos nós e o caminho é a educação!”. O segundo lugar ficou com a professora Andressa Kaminski, de Chapecó (SC), com o projeto “Quem não se comunica, se complica! (Tantas formas de se comunicar)”. E a terceira colocação foi dividida entre as autoras de dois projetos fantásticos: Iris Nicole da Silva Baranauskas, de Santana de Parnaíba (SP), com o projeto “Ser tão eu”, e Joselaine Cristina Ribeiro de Matos, de Campo Novo do Parecis (MT), com “Território dos Dinossauros”.

CATEGORIA 3 – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS – 1º ao 3º Ano (Coleções Caminhos e Vivências e Meu Ambiente)

Professoras Gislene, Elaine e Cristiane, vencedoras da Categoria 03.

A Categoria 03 teve como vencedora a professora Gislene Bernardes Vitor, de Varginha  (MG). Ela venceu com o projeto “Robótica com Sucata”. Em segundo lugar, de Fortaleza, a professora Elaine Vieira de Almeida, autora de “Criança leitora: na minha escola tem disso sim!”. E, em terceiro lugar, Cristiane Dixini Bernardes Miranda, de Varginha (MG), com “Como nascem os pintinhos?”.

CATEGORIA 4 – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS – 4º e 5º ano (Coleções Caminhos e Vivências e Meu Ambiente)

Professoras Greissi, ana Paula e Márcia, campeãs da Categoria 04.

A Categoria 04 teve como primeira colocada Greissi Peretti, de Arroio Trinta (SC). Ela foi a vencedora com o projeto “Dinheiro não dá em árvore: crianças conscientes, plantando seu futuro”. Na segunda colocação, a professora Ana Paula dos Santos, de Carlópolis (PR), com o projeto “Uma jogada pode mudar o mundo”. E, na terceira colocação, a professora Márcia Ribeiro Cunha, de Paranaguá (PR), autora do projeto “Pote Mágico – A magia da língua”.

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CATEGORIA 5 – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS E MÉDIO (Coleção Ser e Viver Cidadania, Coleção Cidadania e Coleção Meu Ambiente)

Professoras Valdirene, Maria Estélia e Mislaine, vencedoras da Categoria 05.

A Categoria 5 teve como vencedora a professora Valdirene Rotava Tomazelli Chitolina, de Xaxim (SC), com o projeto “Pé na estrada: educação patrimonial em Xaxim (SC)”. A segunda colocação ficou com a professora Maria Estélia Teixeira, de São Miguel do Guaporé (RO). Ela é a autora do projeto “Café Literário”. A terceira colocação ficou com a professora Mislaine do Carmo Cardoso, de Varginha (MG), autora do projeto “Educação Midiática: incentivando a cidadania digital”.

CATEGORIA 6 – AÇÕES COM OS FAMILIARES (Coleções Entrelinhas para familiares e/ou Família e Escola e/ou Encontro com Familiares e/ou Família Presente)

Professoras Camila, Daiane e Joelma, vencedoras da Categoria 06.

A Categoria 06 teve como primeira colocada a professora Camila Cristiana de Souza, de Nova Santa Rosa (PR), autora do projeto “Clube Família e Escola”. A segunda colocação ficou com a professora Daiane Pereira Soares, de Ivaiporã (PR), com o projeto “Saiba Mais: Escola e Família Construindo Novos Caminhos”. E, na terceira colocação, a premiada foi a professora Joelma Saldanha de Oliveira, de Santana de Parnaíba (SP), com o projeto “Família incrível – uma parceria com a comunidade escolar”.

CATEGORIA 7 – ESPECIALISTAS – Arte, Educação Física e Língua Inglesa (que utilizam os materiais didáticos e recursos pedagógicos OPET: Coleção Joy, Coleção Caminhos e Vivências, Coleção Ser e Viver Cidadania)

Professores Daiane, Mira e André, vencedores da Categoria 07.

A vencedora da Categoria 07 veio de Ibirá (SP). É a professora Daiane de Cássia Martins Fazan, que alcançou o primeiro lugar com o projeto “My emotions matter: linguagens que inspiram”. A segunda colocação ficou com a professora Mira Carolina dos Santos Zela, de Paranaguá (PR), autora do projeto “Raízes culturais: conhecendo e valorizando a herança indígena brasileira”. E o terceiro lugar ficou com o professor André Prevital de Souza, de Ilha Solteira (SP), com o projeto “Educação Antirracista: afetações interdisciplinares sob a ótica de Paulo Freire”.

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CATEGORIA 8 – GESTORES – Diretores escolares, Coordenadores Pedagógicos, Supervisores Pedagógicos e Equipes de Secretaria Municipal de Educação

Professoras Vânia, Andréa, Janayna e Renata, vencedoras da Categoria 08.

Por fim, mas não menos importante, a Categoria 08 teve como primeira colocada a professora Vânia de Fátima Flores Paiva, de Varginha (MG), com o projeto “1ª GINTECH – Gincana de Tecnologia da Rede Municipal de Varginha”. A segunda colocação ficou com a professora Andréa Mendes Avona, de Santana de Parnaíba (SP), autora do projeto “Plantar sonhos, semear valores e colher aprendizagens: ao longo da vida”. E o terceiro lugar foi dividido pelas professoras Janayna Silva Santos Lopes Reis, de Varginha (MG), com o projeto “Vilagame: em jogo, um mundo melhor”, e Renata Aparecida Dezo Singulani, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), autora do projeto “Documentação pedagógica: da escuta aos novos planejamentos”.

CATEGORIA ESPECIAL – “PROJETOS INSPIRADORES”

Professores Carmen, Emanuelle e Abner, vencedores da Categoria Especial “Projetos Inspiradores”.

Além dos 27 trabalhos premiados nas oito categorias, a Editora também premiou três projetos que, por suas características e impacto educacional e social, se destacaram como inspiradores. Receberam os Prêmio Ação Destaque na Categoria Especial “Projetos Inspiradores” a secretária municipal de Educação de Vargeão (SC), Carmen Raymundi, com o projeto “Escola que Cuida”, o professor Abner Mendes de Queiroz Junior, da rede municipal de ensino de Cotia (SP), autor do projeto “Por uma Matemática inovadora, criativa e equitativa: conectando saberes e potencialidades com a aprendizagem matemática na educação de Cotia”, e a professora Emanuelle Christyne Rueda Alves, de Paranaguá (PR), autora do projeto “Gestão escolar: uma nova perspectiva de avanços na aprendizagem sob à luz das competências da equipe gestora”.

Os professores e gestores vencedores do 13º Prêmio Ação Destaque receberam troféus, certificados e valores em dinheiro, e também tiveram seus nomes divulgados pela Editora Opet e pelos municípios nas mídias locais e regionais.

Confira todas as fotos do 11º Seminário Nacional de Gestores Municipais e do XIII Prêmio Ação Destaque em nossa página no Flickr!

Editora celebra dez anos de parceria com Fortaleza no Festival Internacional Outubro Docente

No estande da Editora, a equipe pedagógica de Fortaleza com a secretária Dalila Saldanha de Freitas.

Ao longo de toda a semana, a Editora participou do “Festival Internacional Outubro Docente”, um dos grandes encontros anuais da rede municipal de ensino de Fortaleza, que homenageia os docentes em seu mês. Entre segunda e sexta-feira, o festival reuniu nada menos do que dez mil professores – dois mil a cada dia – no Centro de Eventos do Ceará, um dos maiores espaços de eventos do Estado.

Neste ano, a Editora não apenas celebrou os professores e os dez anos de parceria com Fortaleza, mas também forneceu um espaço exclusivo para os professores conveniados.

O estande foi um ponto de encontro onde a equipe de assessoria pedagógica e comercial da Editora estava presente para ouvir as necessidades, dúvidas e sugestões dos educadores, proporcionando um espaço compartilhado para diálogo e muitos registros.

A gerente pedagógica da Editora, Cliciane Élen Augusto, juntamente com a equipe de assessoria pedagógica, prestigiaram o encontro com os professores e com os gestores.

“Essa celebração dos professores e da educação é simplesmente fantástica. Ela mostra a parceria que Fortaleza tem com seus docentes, o trabalho cuidadoso que é realizado aqui. E nós ficamos muito felizes em participar. Não só do festival, mas do trabalho educacional da capital cearense, que é exemplar”, afirma.

O gerente comercial da Editora para a área pública, Roberto Costacurta, também participou do festival.

“Fortaleza é um grande parceiro, que tem um compromisso verdadeiro com a melhoria contínua da educação. E os índices da educação, as avaliações, mostram que essa evolução está acontecendo e que é muito sólida”, observa.

“Nós ficamos muito honrados em participar desse processo e em colaborar. E, é claro, celebrar nesse evento fantástico que é o Festival Internacional Outubro Docente”.

Extra! Saiu a lista dos autores finalistas do 13º Prêmio Ação Destaque!

Acabou a espera! A Editora Opet acaba de divulgar os trabalhos finalistas do 13º Prêmio Ação Destaque. Dos 493 projetos selecionados para leitura (primeira etapa), 27 foram classificados. Eles chegaram à grande final em um processo que envolveu nada menos do que 1.500 leituras (isto porque cada trabalho selecionado na primeira etapa foi lido por três pareceristas) e a atribuição de uma pontuação. Os projetos com as maiores notas foram classificados.

“Normalmente, selecionamos três trabalhos para cada uma das oito categorias do Ação Destaque”, explica a gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto. “Neste ano, porém, o grande número de trabalhos aceitos para avaliação e, especialmente, a alta qualidade, fez com que, em três categorias – 1, 2 e 8 -, tivéssemos quatro trabalhos classificados como finalistas. Nesses casos, houve um empate em relação às notas de classificação.”

Os autores dos trabalhos finalistas virão a Curitiba para apresentar seus projetos durante o XI Seminário Nacional de Gestores Municipais, que acontece de 20 a 22 de novembro.

“Estamos muito felizes e ansiosos por tê-los conosco para a etapa final, que vai definir os vencedores de cada categoria”, diz Cliciane. “É importante frisar que todos os autores são, cada um à sua maneira, inovadores, uma vez que tomaram a iniciativa de se inscrever. E são vencedores, independente da colocação ou da classificação para a etapa final”, observa a gerente. “Seu trabalho pela educação é extremamente importante!”.

CONFIRA A LISTA DOS CLASSIFICADOS

  • CATEGORIA 01 – EDUCAÇÃO INFANTIL (Coleção Primeira Infância +0, Coleção Entrelinhas para você! (Infantil 1, 2, 3) e Coleção Feito Criança (Infantil 1, 2, 3)

1. Adiléia Brito Rodrigues Pires, Santana de Parnaíba (SP) – “O Brincar Heurístico na creche”.

2. Érica Girotto Davidioki Surek, Arapongas (PR) – “Vivo, vejo e sinto meu mundo!”.

3. Fabíola de Lemos Paiva, Irati (PR) – “Caminhos para uma Alimentação Saudável: Desafio para as Crianças”.

4. Mariana Silva Godoi da Costa, Santana de Parnaíba (SP) – “Conexão Berçário: para um Universo divertido!”.

  • CATEGORIA 02 – EDUCAÇÃO INFANTIL (Coleção Entrelinhas para você! [4 e 5] e Coleção Feito Criança [4 e 5]).

1. Andressa Kaminski, Chapecó (SC) – “Quem não se comunica, se complica! (Tantas formas de se comunicar)”.

2. Iris Nicole da Silva Baranauskas, Santana de Parnaíba (SP) – “Ser tão eu”.

3. Joselaine Cristina Ribeiro de Matos, Campo Novo do Parecis (MT) – “Território dos Dinossauros”.

4. Laiz Caroliny da Silva, Carlópolis (PR) – “PARE, OLHE, prosSIGA: Não fique estacionado: o trânsito somos nós e o caminho é a educação!”.

  • CATEGORIA 3 – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS – 1º ao 3º Ano (Coleções Caminhos e Vivências e Meu Ambiente)

1. Cristiane Dixini Bernardes Miranda, Varginha (MG) – “Como nascem os pintinhos?”.

2. Elaine Vieira de Almeida, Fortaleza (CE) – “Criança leitora: na minha escola tem disso sim!”.

3. Gislene Bernardes Vitor, Varginha (MG) – “Robótica com Sucata”.

  • CATEGORIA 4 – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS – 4º e 5º ano (Coleções Caminhos e Vivências e Meu Ambiente)

1. Ana Paula dos Santos, Carlópolis (PR) – “Uma jogada pode mudar o mundo”.

2. Greissi Peretti, Arroio Trinta (SC) – “Dinheiro não dá em árvore: crianças conscientes, plantando seu futuro”.

3. Márcia Ribeiro Cunha, Paranaguá (PR) – “Pote Mágico – A magia da língua”.

  • CATEGORIA 5 – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS E MÉDIO (Coleção Ser e Viver Cidadania, Coleção Cidadania e Coleção Meu Ambiente)

1. Maria Estélia Teixeira, São Miguel do Guaporé (RO) – “Café Literário”.

2. Mislaine do Carmo Cardoso, Varginha (MG) – “Educação Midiática: incentivando a cidadania digital”.

3. Valdirene Rotava Tomazelli Chitolina, Xaxim (SC) – “Pé na estrada: educação patrimonial em Xaxim (SC)”.

  • CATEGORIA 6 – AÇÕES COM OS FAMILIARES (Coleções Entrelinhas para familiares e/ou Família e Escola e/ou Encontro com Familiares e/ou Família Presente)

1. Camila Cristiana de Souza, Nova Santa Rosa (PR) – “Clube Família e Escola”.

2. Daiane Pereira Soares, Ivaiporã (PR) – “Saiba Mais: Escola e Família Construindo Novos Caminhos”.

3. Joelma Saldanha de Oliveira, Santana de Parnaíba (SP) – “Família incrível – uma parceria com a comunidade escolar”.

  • CATEGORIA 7 – ESPECIALISTAS – Arte, Educação Física e Língua Inglesa (que utilizam os materiais didáticos e recursos pedagógicos OPET: Coleção Joy, Coleção Caminhos e Vivências, Coleção Ser e Viver Cidadania)

1. André Prevital de Souza, Ilha Solteira (SP) – “Educação Antirracista: afetações interdisciplinares sob a ótica de Paulo Freire”.

2. Daiane de Cássia Martins Fazan, Ibirá (SP) – “My emotions matter: linguagens que inspiram”.

3. Mira Carolina dos Santos Zela, Paranaguá (PR) – “Raízes culturais: conhecendo e valorizando a herança indígena brasileira”.

  • CATEGORIA 8 – GESTORES – Diretores escolares, Coordenadores Pedagógicos, Supervisores Pedagógicos e Equipes de Secretaria Municipal de Educação

1. Andréa Mendes Avona, Santana de Parnaíba (SP) – “Plantar sonhos, semear valores e colher aprendizagens: ao longo da vida”.

2. Janayna Silva Santos Lopes Reis, Varginha (MG) – “Vilagame: em jogo, um mundo melhor”.

3. Renata Aparecida Dezo Singulani, Santa Cruz do Rio Pardo (SP) – “Documentação pedagógica: da escuta aos novos planejamentos”.

4. Vânia de Fátima Flores Paiva, Varginha (MG) – “1ª GINTECH – Gincana de Tecnologia da Rede Municipal de Varginha”.

Começa a divulgação dos prêmios Nobel de 2023

A semana foi de divulgação dos premiados com o Prêmio Nobel de 2023.

Na segunda-feira (02), foram divulgados os nomes dos vencedores do Nobel de Medicina: Katalin Karikó, da Hungria, e Drew Weissman, dos Estados Unidos. Eles foram os responsáveis pela tecnologia do “RNA mensageiro” (mRNA), utilizada para o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19.

Katalin Karikó e Drew Weissman

Na terça-feira (03), foram divulgados os vencedores do Nobel de Física: Anne L’Huillier, da França, Ferenc Krausz, da Hungria, e Pierre Agostini, da França. Eles foram premiados por suas pesquisas sobre os chamados “atossegundos”, transformações de curtíssima duração experimentadas pelos elétrons.

Anne Huillier, Ferenc Krausz e Pierre Agostini

Moungi Bawendi

Na quarta-feira (04) foi a vez do Nobel de Química. Foram laureados Moungi Bawendi, da França, Alexey Ekimov, da Rússia, e Louis Brus, dos Estados Unidos, pela descoberta e desenvolvimento dos chamados “pontos quânticos” – nanopartículas associadas às tecnologias das lâmpadas LED, das smart-tvs e de cirurgias oncológicas guiadas.

Jon Fosse

Na quinta-feira (05), foi divulgado o Nobel de Literatura. O premiado foi o escritor norueguês Jon Fosse, autor de romances, poesias, contos, ensaios, literatura infantil e teatro (com mais de quarenta peças encenadas em cinquenta idiomas), e tradutor de literatura estrangeira para o norueguês. Confira as obras de Jon Fosse traduzidas para o português.

Narges Mohammadi

E, hoje, sexta-feira (06), foi divulgado o Nobel da Paz. A vencedora foi a ativista iraniana Narges Mohammadi, que luta pela liberdade e contra a opressão das mulheres no Irã. Engenheira e mãe, há duas décadas ela é uma das principais defensoras dos direitos das mulheres em seu país, lutando também contra a pena de morte. Atualmente, ela está presa por suas posições, que são consideradas contrárias ao regime.

A sexta e última categoria do Nobel a ser divulgada, a de Ciências Econômicas, terá o nome de seu vencedor ou os nomes dos vencedores divulgado na próxima segunda-feira (09). Essa categoria foi a última a ser criada, e premia economistas e pesquisadores associados desde 1968.

O prêmio… do Prêmio

Os laureados em cada categoria recebem um diploma, uma medalha de ouro de 18 quilates e 8 milhões de coroas suecas – cerca de US$ 800 mil. O maior ganho, porém, é de reconhecimento institucional: desde sua criação, em 1895, apenas 959 pessoas e 27 organizações receberam o prêmio.

Os vencedores do Prêmio Nobel também são grandes inspiradores de estudantes em todo o mundo, e também do ensino de Ciências e de Literatura.

Vencedores duplos ou triplos

Dentre os vencedores, há cinco pessoas que ganharam o prêmio duas vezes – são eles a polonesa Marie Curie (em 1903 e 1911 – abaixo, o diploma de 1903), os estadunidenses Linus Pauling (1954 e 1962), John Bardeen (1956 e 1972) e Barry Sharpless (2001 e 2022), e o britânico Frederick Sanger (1958 e 1980). Dentre as instituições vencedoras, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha venceu três vezes, em 1917, 1944 e 1963, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) venceu duas vezes, em 1954 e 1981.

Em relação à distribuição do Nobel por gênero, até hoje 62 mulheres receberam o prêmio – Marie Curie recebeu duas vezes. Ao todo, 901 homens foram laureados com o Nobel (quatro deles duas vezes, como vimos acima).

Mas, o que é o Prêmio Nobel?

O prêmio nasceu em 1895 como último desejo do cientista sueco Alfred Nobel. É promovido por instituições da Suécia e da Noruega, e distribui prêmios em seis categorias: Física, Química e Ciências Econômicas (pela Academia Real das Ciências da Suécia), Fisiologia/Medicina (pelo Instituto Karolinska, principal universidade pública da Suécia), Literatura (pela Academia Sueca) e Paz (pelo Comitê Norueguês do Nobel).

Quer saber mais sobre o Nobel?

Então, acesse o site oficial do Prêmio (em inglês). Nele, há uma área para educadores com muitas informações e jogos educacionais digitais associados a pesquisas vencedoras. Vale a pena conhecer!

Um Ação Destaque de grandes números… e grandes expectativas!

Recentemente, a Editora Opet divulgou a relação dos trabalhos inscritos e aceitos para leitura pelos pareceristas do XIII Prêmio Ação Destaque, uma das principais premiações brasileiras do segmento de sistemas de ensino.

Os números da edição de 2023 surpreenderam: foram aceitos para leitura nada menos do que 493 projetos de professores e gestores que fazem uso dos recursos – coleções e ferramentas digitais – do selo Sefe.

“Esse número representa cerca de 30% a mais do que no ano passado. Representa, também um recorde em relação a todas as edições anteriores”, comemora Cliciane Élen Augusto, gerente pedagógica da Editora e organizadora do Ação Destaque.

Mas, de onde vêm esses projetos?

“De todas as regiões do país”, conta Cliciane. Seus autores representam 65 redes municipais de ensino dos Estados do Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. E vêm de redes com realidades bem distintas em termos culturais, ambientais e numéricos.

 “Essa diversidade é uma das coisas mais interessantes do Ação Destaque. O prêmio, aliás, foi criado para promover o compartilhamento de saberes, ideias e olhares sobre o fazer da educação”, explica Cliciane.

Temos a oportunidade de conectar esses saberes, ideias e olhares. Conectar as pessoas! E, é claro, de inspirar e de valorizar quem está transformando a educação pública brasileira”, avalia.

Os vencedores do Prêmio Ação Destaque de 2022 logo após a premiação.

Os municípios

Confira os municípios participantes da primeira etapa do Prêmio Ação Destaque, relacionados em ordem alfabética:

Água Boa (MT), Alto Araguaia (MT), Alto Taquari (MT), Andradas (MG), Angelina (SC), Arapongas (PR), Arroio Trinta (SC), Astorga (PR), Bom Jesus (SC), Campina Grande do Sul (PR), Campo Novo do Parecis (MT), Carlópolis (PR), Cerejeiras (RO), Chapecó (SC), Cianorte (PR),  Cocal do Sul (SC), Colombo (PR), Cotia (SP),  Diamante do Norte (PR), Flor do Sertão (SC), Fortaleza (CE), Guapiaçu (SP), Guapirama (PR), Ibirá (SP),  Iguaraçu (PR), Ilha Solteira (SP), Inácio Martins (PR), Iraceminha (SC), Irati (PR), Itabirito – MG), Ivaiporã (PR), Ivaté (PR), Jandira (SP), Juazeiro do Norte (CE), Jundiaí do Sul (PR), Lavras (MG), Matos Costa (SC), Nova Santa Rosa (PR), Orleans (SC), Paranaguá (PR), Passa Quatro (MG), Pinhalzinho (SC), Pitanga (PR), Ponte Serrada (SC), Rancharia (SP), Rancho Queimado (SC), Redenção (CE), Roncador (PR), Salto Veloso (SC), Santa Cruz do Rio Pardo (SP), Santa Terezinha de Itaipu (PR), Santana de Parnaíba (SP), São João do Triunfo (PR), São Lourenço (MG), São Martinho (SC), São Miguel do Guaporé (RO), Sobral (CE), Trombudo Central (SC), Turvo (PR), Ubajara (CE), Vargeão (SC), Varginha (MG), Varjota (CE), Wenceslau Braz (PR) e Xaxim (SC).

As Categorias

Como é tradicional no Ação Destaque, duas das oito categorias – as Categorias 01 e 02, relacionadas à Educação Infantil – reuniram o maior número de projetos aceitos para leitura. Foram 213 (sendo 81 na Categoria 01 e 132 na Categoria 02). “Todos os anos, recebemos muitos projetos nessas categorias, o que mostra o alto grau de engajamento dos docentes da Educação Infantil. E são trabalhos muito ricos, que dão um enorme trabalho aos pareceristas”, conta Cliciane.

As Categorias 03 e 04, relacionadas aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), reuniram 131 inscrições. E a Categoria 5, relacionada aos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e ao Ensino Médio, respondeu por 37 trabalhos.

As Categorias 6, 7 e 8 deixam o recorte de segmento de ensino e trabalham com temas específicos. A Categoria 6, relacionada às ações desenvolvidas por professores e gestores com familiares – e às coleções oferecidas pela Editora para este trabalho – registrou 22 inscrições aceitas. A Categoria 07, que envolve os trabalhos desenvolvidos por professores especialistas – de Arte, Educação Física e Língua Inglesa – teve 26. E a Categoria 08, associada ao trabalho dos gestores, 60.

“Registramos um aumento do número de inscrições em todas as categorias, o que nos alegra muito porque sentimos que, a cada ano, o Ação Destaque sensibiliza e mobiliza mais profissionais de educação. Não apenas os professores e os gestores que se inscrevem, como também as equipes municipais, que incentivam a participação”, analisa a gerente pedagógica da Editora Opet.

“Neste ano, ficamos impressionados com a participação dos gestores, que tiveram 60 trabalhos aceitos na Categoria 08”, observa Cliciane. “Todas as categorias, é claro, são especiais, mas a Categoria 08, que contempla as ações de gestão, se destaca por seu aspecto estruturante. Ou seja, essas ações possuem um alcance que abrange toda a rede. Assim, o aumento da participação nessa categoria também é um bom indício de como os gestores estão promovendo transformações e desenvolvendo suas redes. Essa é uma excelente notícia.”

O que vem por aí

Até o final do mês de outubro, a Editora vai divulgar a relação dos trabalhos finalistas do Prêmio Ação Destaque. Os autores desses trabalhos virão a Curitiba para a etapa final, de apresentações, no período de 20 a 22 de novembro – durante o 11º Seminário Nacional de Gestores Municipais.

Os três primeiros colocados de cada categoria receberão troféus, certificados e prêmios em dinheiro.

Assim, fique ligado… e boa sorte!