METODOLOGIAS & TECNOLOGIA PROTAGONISMO!

No dia a dia, é preciso ter a habilidade de aprender e de reaprender, em especial no campo das novas tecnologias. Afinal, são muitas as mudanças que surgem em nossas telas e em nossas vidas…  o tempo todo! Isso, é claro, também vale para o contexto escolar, que, nos últimos anos, mergulhou fundo no universo digital e em métodos de ensino instigantes, desafiadores e que favorecem o protagonismo do estudante.

Nesse cenário, as aulas, muitas vezes, são híbridas, e métodos como STEAM e MAKER estão muito mais presentes, assim como o ensino baseado em projetos. Um mundo que interage com formas mais tradicionais de ensinar e aprender.

Conheça, a seguir, alguns métodos recentes de ensino neste guia rápido que preparamos especialmente:

Sala de aula invertida

Em vez de aprender em sala de aula, o estudante faz isso em casa, por meio de pesquisas temáticas indicadas pelo professor, e chega na aula já conhecendo os conceitos essenciais da disciplina. Lá, seus conhecimentos e o de seus colegas são contextualizados pelo docente, que traz os olhares, os conhecimentos, e propõem novos ângulos e perspectivas.

A ideia é que, a partir desse processo, sejam aplicadas atividades práticas para que ele aprenda fazendo. Por meio de debates e projetos, o estudante consegue utilizar a teoria aprendida em casa para fazer as atividades.

 Mas, afinal, como a sala de aula invertida pode preparar o jovem para as demandas da vida atual?

O fato de ele se deparar com a necessidade de aprender por meio de buscas e pesquisas já é um bom começo em termos de protagonismo, algo que é essencial à educação.

Pense que, na velocidade com que as coisas mudam, será cada vez mais essencial que o indivíduo tenha a capacidade de fazer boas perguntas e ir ele mesmo em busca do próprio conhecimento.

Sem contar que a pesquisa, por mais que esteja envolvida em um processo teórico, torna a aprendizagem ativa. Então, o estudante internaliza o conhecimento de forma mais eficaz. Em resumo, quando o estudante se depara com a necessidade de aprender algo novo, nos moldes da sala de aula invertida, ele trabalha os seguintes elementos:

  • Habilidades de pesquisa.
  • Capacidade de fazer boas perguntas.
  • Raciocínio lógico.
  • Discernimento (em relação à qualidade e veracidade do material encontrado).
  • Gestão de tempo.

 Práticas pedagógicas e a aplicação dos modelos educacionais

As atividades em sala de aula, aquelas baseadas no que o estudante aprendeu em casa – mas, sempre com a orientação dos professores –, podem ser aplicadas por meio de práticas como:

  • Aprendizagem baseada em problemas.
  • Aprendizagem baseada em projetos.
  • Gamificação.
  • Robótica.

Agora, descubra um pouco mais sobre como essas metodologias e práticas pedagógicas ativas!

Aprendizagem baseada em problemas ou em projetos: ao utilizar a estratégia do ensino por meio de problemas, o educador propõe um problema do mundo real, considerando, obviamente, o nível da turma e o conteúdo estudado para que os discentes possam analisar e encontrar a solução.

Aprendizagem baseada em projetos: o projeto pode ou não ser uma continuação do ensino por problemas. Aqui, o docente propõe também um problema desafiador, que estimule a imaginação e, a partir disso, os estudantes desenvolvem um projeto que solucione tal questão.

Em ambos os casos, o educador pode propor que os problemas ou projetos sejam solucionados a partir de práticas como:

  • Robótica.
  • Gamificação (uso dos conceitos dos jogos em atividades no ambiente físico, como etapas, pontuações, prêmios, avatares e desafios).
  • STEM (projetos que unam conceitos de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática para solucionar problemas).
  • Representações tridimensionais.
  • Atividades audiovisuais, como podcasts; vídeos ou publicações em sites e blogs.

Um modelo híbrido de ensino, a distância ou de sala de aula invertida, aplicado em conjunto com metodologias como problemas e projetos, conduz o estudante naturalmente pelo caminho do desenvolvimento de habilidades como:

  • Debater ideias.
  • Fazer previsões.
  • Coletar e analisar dados.
  • Tirar conclusões.
  • Comunicar ideias e descobertas.
  • Desenvolver projetos.

É por isso que tais mudanças são tão importantes: elas preparam, capacitam e habilitam o estudante para a vida após a escola. Mas, antes de pensarmos em habilitar os discentes, precisamos falar sobre habilitar os docentes.

Veja tudo o que o docente precisa ser capaz de fazer e, que, devido ao aceleramento de muitas mudanças, vários deles têm encontrado dificuldades.

O professor cada vez mais preparado para um novo cenário educacional

O ensino remoto, inicialmente adotado como medida emergencial, no início da pandemia, mas posteriormente adotado como medida efetiva em muitas escolas, demanda que o professor tenha habilidades e conhecimentos como:

  • Aplicar tecnologias assistivas em favor do ensino e da inclusão.
  • Criar trilhas e roteiros de aprendizagem para guiar os estudos dos estudantes no ambiente online.
  • Desenvolver projetos como uso de ferramentas digitais interativas, como áudios, imagens, jogos, elementos de robótica, quizzes e outros.
  • Desenvolver aulas e criar metodologias próprias para as aulas híbridas e a distância.

Em seu trabalho, a Editora Opet oferece aos parceiros muitas dessas possibilidades de ação pedagógica, observando sua relação com os materiais didáticos, o trabalho e os saberes dos docentes e dos estudantes. E a plataforma educacional Opet INspira, da Editora Opet, oferece recursos para o trabalho dos professores no novo cenário tecnológico da educação.

São milhares de objetos educacionais, ferramentas para o desenvolvimento de aulas online, jogos, quizzes, questões, simuladores, vídeos, áudios, documentos legais sobre a educação e muito mais. Tudo conectado aos materiais didáticos e à proposta pedagógica da Editora Opet, com a curadoria de especialistas. Conheça!

Tempo de aprender… e se divertir! Os jogos digitais Opet para a Educação Infantil

Telas de alguns dos jogos originais que a Editora Opet desenvolveu para as crianças da Educação Infantil.

Uma criança pequena, uma tela e os dedinhos ágeis – muitas vezes, mais ágeis que os de seus pais – explorando um jogo digital colorido e repleto de sons. Para muitas famílias, essa é uma imagem comum, que exige, evidentemente, todos os cuidados associados ao desenvolvimento cognitivo da criança e até ao papel dos jogos em relação à educação.

Ao acessar a plataforma educacional Opet INspira, professores, famílias e crianças têm acesso a um grande número de jogos educacionais digitais especialmente criados para o contexto da Educação Infantil, ou seja, para crianças de 0 a 5 anos. São produções originais, construídas pelos especialistas da Editora para fazer com que as novas tecnologias digitais alcancem os melhores resultados em termos educativos e de ludicidade.

Seu objetivo é facilitar os processos cognitivos e de aprendizagem na medida em que eles possibilitam que a criança vivencie desafios e seja provocada a resolvê-los, desempenhando um papel ativo em situação de aprendizagem. Sempre, evidentemente, com a mediação do professor e/ou da família. É essa mediação que irá garantir a observação da trajetória da criança, suas conquistas, avanços, dificuldades, e isto vai possibilitar o planejamento de práticas e interações que promovam o seu desenvolvimento pleno.

Ross Mary: desenvolvimento dos jogos é um processo longo e minucioso.

Ross Mary Capriotti Vieira é editora pedagógica da Editora Opet. Ela é a responsável pela curadoria dos jogos, ou seja, pela aprovação final dos conteúdos a partir de critérios pedagógicos e de desenvolvimento da criança. Ross Mary conta que o desenvolvimento dos jogos é um processo longo e minucioso, que envolve várias pessoas e muitos conhecimentos.

“Até que um jogo seja disponibilizado para as crianças, ele passa por pelo menos dez fases que vão da concepção até a sua indexação na Plataforma Opet Inspira”, explica. Todas essas fases têm por objetivo criar jogos que potencializem as aprendizagens das crianças de forma interativa, autônoma, dinâmica e envolvente, respeitando as características de desenvolvimento e aprendizagem de cada faixa etária.

São muitos os cuidados, a começar pelo conhecimento a respeito das características cognitivas que diferenciam, por exemplo, uma criança de 2 anos de uma de 5 anos. “Uma criança menor possui recursos diferentes em termos de vocabulário e de expressão, o que gera a necessidade de formas de interação diferenciadas. Para que um jogo educacional alcance seu objetivo, é preciso respeitar essas características”, explica.

E ela observa que também é preciso estar muito atento, sempre, aos direitos e à proteção da criança, que não deve ser exposta a nenhum tipo de preconceito, discriminação ou violência.

Uma grande diferença – Os jogos, por princípio, têm como principal função entreter. No caso dos jogos educativos, eles somam algo mais ao objetivo. “Embora todo jogo traga o fator diversão embutido em sua essência e contribua de alguma forma para a aprendizagem, o jogo educacional digital possui um objetivo pedagógico e a criança, de modo divertido, participa de um processo de aprendizagem intencional”, explica Ross Mary.

No caso dos jogos disponíveis na plataforma educacional Opet INspira, eles estão atrelados aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento presentes nas coleções de livros da Editora Opet destinadas à Educação Infantil. Ou seja, trazem uma intencionalidade e se conectam a um processo educacional mais amplo. 

“Por exemplo: há um jogo em que o objetivo é fazer com que a criança produza desenhos explorando a diversidade de formas, cores e complementos, estabelecendo aproximações com noções matemáticas relacionadas a espaço e forma. Em outro, a ideia é fazer com que ela explore as notas musicais em improvisações e composições e experimente tocar canções a partir das notas dadas”, explica. “Em síntese, podemos dizer que cada jogo digital educacional e seu objetivo específico contribuem para assegurar os direitos de aprendizagem e desenvolvimento previstos para essas crianças. Nós trabalhamos muito para isso.”

Cristina Pereira Chagas: jogos foram concebidos para diferentes dispositivos.

Jogabilidade e outros recursos – A coordenadora de Projetos em Tecnologias Educacionais da Editora Opet, Cristina Pereira Chagas, destaca que os jogos da plataforma educacional Opet INspira foram concebidos para funcionar em diferentes dispositivos, como smartphones, computadores e tablets. “Os tablets, por exemplo, são indicados para as crianças por conta do tamanho da tela e da facilidade de interação”, observa.

Atualmente, os 66 jogos da plataforma têm como foco as crianças e os estudantes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Para os demais níveis de ensino, Cristina destaca outros recursos digitais, igualmente instigantes e atraentes. “Hoje, esses estudantes encontram simuladores digitais de Ciências, Física, Química, Matemática e Biologia. São materiais fantásticos, desenvolvidos pela Universidade do Colorado, que é líder no mundo neste tipo de recurso educacional.”

Os professores e estudantes usuários da plataforma também contam com quizzes, que são listas de perguntas de grande sucesso como recurso de entretenimento e de educação. Assim, fica o convite: acesse a plataforma educacional Opet INspira e confira todos esses recursos!

Dislexia ou dificuldade de leitura? Diferenças e semelhanças entre os transtornos de leitura

Não é incomum que transtornos de leitura sejam confundidos com dislexia. Ambas as manifestações costumam ser utilizadas para os mesmos sintomas. No entanto, existem diferenças bem acentuadas que precisam ser compreendidas para solucionar o problema. Compreender as diferenças entre os diagnósticos é parte fundamental de intervenções eficazes na prática escolar.

Então, vamos entender mais a fundo as diferenças entre dislexia e outras manifestações de dificuldade de leitura?

O que é um transtorno de leitura?

Em primeiro lugar, não é preciso temer a palavra “transtorno” – em termos técnicos, ela designa uma gama muito grande de condições que afetam humor, raciocínio e comportamento. “Transtorno de leitura” é um termo “guarda-chuva” que engloba uma gama de distúrbios – inclusive, a dislexia – que afetam a capacidade de leitura de um indivíduo. Dentro desse espectro, é preciso ser específico e assertivo em relação à identificação, uma vez que ela guiará todo o tratamento e as práticas de leitura desenvolvidas na alfabetização da criança.

De acordo com a American Speech-Language-Hearing Association, além da dislexia, no espectro de distúrbios de leitura, estão inclusos também os seguintes transtornos:

  • deficiência de leitura;
  • transtorno de leitura;
  • transtorno específico de leitura;
  • déficit específico de compreensão de leitura.

Definição de distúrbio de leitura

De acordo com a Encyclopedia of Mental Disorders, um distúrbio de leitura “envolve uma deficiência significativa na precisão, velocidade ou compreensão da tecnologia leitura, na medida em que a deficiência interfere no desempenho acadêmico ou nas atividades da vida diária”.

Um indivíduo com transtorno de leitura terá algum grau de prejuízo nas suas habilidades de processamento fonológico, compreensão de leitura e/ou fluência de leitura, sendo que eles podem aparecer juntos ou separadamente. Além disso, nem sempre a origem da dificuldade específica de leitura reside em si mesma.

É comum, por exemplo, como veremos mais à frente na dislexia, que os prejuízos se manifestem não pelo estudante ter uma dificuldade específica em tal área, mas podem decorrer de outra dificuldade.

 Tipos de dificuldades de leitura

Processamento fonológico

Pessoas com prejuízos nessa parte da leitura vão apresentar dificuldades em:

  • detectar e criar palavras que rimam;
  • realizar divisões silábicas;
  • identificar os sons individuais no início ou no final das palavras;
  • isolar, substituir ou excluir esses sons individuais dentro da palavra.

As habilidades que chamamos de processamento fonológico são conhecidas como os “blocos de construção” do sucesso na leitura. São áreas afetadas na dislexia.

Compreensão de leitura: já um indivíduo com dificuldade na compreensão da leitura vai se deparar com prejuízos quanto à compreensão do conteúdo escrito.

Fluência de leitura: a dificuldade no âmbito da fluência da leitura implica problemas com a precisão e a velocidade do indivíduo enquanto lê.

 Como esses tipos de dificuldades de leitura podem se manifestar?

Dificuldade em qualquer uma dessas três habilidades pode ser classificada como um transtorno de leitura e se manifestar em conjunto ou isoladamente.

Um estudante pode, por exemplo, ser fluente na leitura, sem, porém, compreender o significado do texto, algo que seria para a fase escolar em que se encontra. Ou seja, ele lê, mas não “decifra” o significado.

 O que é dislexia?

A dislexia está dentro do que chamamos anteriormente de distúrbio de leitura. Então, toda dislexia será um distúrbio/transtorno de leitura, mas nem todo transtorno de leitura será dislexia.

De acordo com o Decoding Dyslexia Healthcare Screening, “a dislexia é uma deficiência de aprendizagem específica que é de origem neurológica. Caracteriza-se por dificuldades com o reconhecimento preciso e/ou fluente de palavras e por habilidades de ortografia e decodificação deficientes.”

A dislexia está associada, principalmente, àquele distúrbio do processamento fonológico e da fluência de leitura – precisão e velocidade.

A maioria dos indivíduos com dislexia possui grande dificuldade para identificar os sons de uma determinada letra ou segmentar um grupo de letras, bem como associar tais sons com o código escrito – no caso, a palavra.

Em função disso, o estudante que possui dislexia acaba tendo a fluência da leitura comprometida. Mas a dificuldade em decodificar e identificar sons também costuma afetar a compreensão da leitura.

E aqui é muito importante ficarmos atentos à origem das dificuldades de leitura. Perceba que as habilidades relacionadas à fluência e, principalmente, à compreensão, não são dificuldades primárias, mas questões que decorrem naturalmente da dificuldade neurológica desse indivíduo em decodificar palavras, identificar sons e/ou associar os sons às palavras de forma adequada.

É importante notar essas nuances entre os tipos de dificuldades de leitura e escrita, pois a intervenção em um estudante que tem dificuldade na fluência de leitura não é a mesma que deve ser feita naquele indivíduo que tem prejuízos nessa mesma fluência, mas que é uma questão originada na decodificação e não na fluência em si.

Então, os educadores não podem deixar de compreender a sutil diferença entre a dificuldade de ler palavras e parágrafos fluentemente, soletrar palavras e usar palavras por escrito que ocorre por conta apenas de um problema de fluência e compreensão e a dificuldade decorrente de uma questão neurológica.

Veja, se um estudante tem a fluência – precisão e velocidade – abaixo da média esperada, mas tem boa compreensão do conteúdo escrito, é possível que seu caso esteja associado à dislexia, se esse indivíduo apresentar ainda muitos prejuízos em:

  • rimar;
  • pronunciar palavras com várias sílabas;
  • conectar sons a letras;
  • reconhecer palavras que começam com o mesmo som;
  • bater palmas no ritmo de uma batida;
  • aprender a escrever;
  • identificar sons diferentes em palavras;
  • ter dificuldade em aprender os sons das letras;
  • inserir letras extras, excluir letras ou usar a ordem das letras ao soletrar.

Perceba: as dificuldades de leitura na dislexia sempre estão associadas a uma série de questões neurológicas de decodificar palavras e identificar sons.

Em resumo, quando usamos o termo dificuldades de leitura, transtorno de leitura ou distúrbios de leitura, estamos usando um termo genérico para uma educação com deficiência de aprendizagem específica que pode afetar:

  • áreas de processamento fonológico;
  • compreensão de leitura;
  • fluência de leitura.

A dislexia é um termo especializado para um tipo específico de deficiência de quem tem uma leitura caracterizada por dificuldades com processamento fonológico e fluência de leitura e dessas podem surgir outras dificuldades. Mas a origem do transtorno deve ser identificada com precisão para que as práticas pedagógicas sejam escolhidas com precisão.

A importância de um diagnóstico correto

As práticas pedagógicas devem ser aplicadas adequadamente em qualquer caso de dificuldade de leitura. Ocorre que, no caso da dislexia, essas intervenções precisam ser mais profundas.

Devido à sua origem neurológica, existem diversos softwares de leitura, práticas de alfabetização e, até mesmo, métodos de ensino e avaliação focados nesse modo de funcionamento cerebral.

 Dislexia pede intervenções mais estruturais no processo de alfabetização 

Sim, o estudante com dislexia possui uma estrutura cerebral que “funciona” diferentemente da estrutura cerebral dos estudantes que não sofrem com o transtorno. Inclusive, vale aqui explorar outras habilidades desses indivíduos. É sabido, por exemplo, que crianças com dislexia possuem excelentes habilidades de comunicação.

Tanto que muitos professores acabam substituindo a avaliação tradicional escrita pela avaliação oral.

Viu como identificar a origem da dificuldade de leitura é importante?

Se a dislexia não fosse diagnosticada nesse exemplo mencionado, o estudante poderia facilmente ser reprovado em razão de o professor pensar que o aprendizado não foi bem-sucedido. O que não é verdade nesse caso. O indivíduo aprendeu, sim, mas tem dificuldade em colocar em palavras.

Recursos tecnológicos em que o estudante lê enquanto ouve também são boas soluções nesse caso. O que talvez não seria necessário quando estamos falando especificamente de uma dificuldade de compreensão de leitura.

 Intervenções em outros distúrbios de leitura podem ter cunho unicamente pedagógico

No caso de outros transtornos de leitura, o educador pode optar por conversar com a criança sobre o livro antes de ela iniciar a leitura de fato. Adotar livros com imagens – a fim de melhorar a contextualização – e debater os temas abordados na história logo após a conclusão da leitura já podem ser suficientes aqui.

Por fim, vale ressaltar que também é crucial que sejam analisadas as práticas de alfabetização executadas. Alterar elementos envolvidos nos métodos de ensino, utilizar recursos tecnológicos e metodologias ativas também podem contribuir muito em todos os casos de distúrbios de leitura, sejam eles dislexia ou outro transtorno.

É essencial ao educador e à família respeitar o ritmo de cada indivíduo: isso é a base para qualquer prática pedagógica e metodologia de ensino.

Por fim, é importante ter em mente que algumas crianças só precisam de mais tempo e prática do que outras para desenvolver plenamente suas habilidades de leitura. Entender o ritmo dos estudantes, quando a dificuldade de leitura não está associada à dislexia, também é necessário para ajudá-los.

Então, quando você, educador, identificar que o distúrbio de leitura não tem origem neurológica, considere também que nem todas as crianças se desenvolvem no mesmo ritmo.

Opet Soluções Educacionais avança no NE

Os materiais didáticos e ferramentas digitais Opet Soluções Educacionais, direcionados ao ensino privado, estão cada vez mais presentes em escolas de todas as regiões do país. Um destaque são as instituições de ensino dos Estados do Nordeste, que estão aderindo à proposta de educação humana, cidadã e protagonista da Editora Opet.

Nos últimos dias, supervisora pedagógica regional Adriana Fialho esteve em Pernambuco para implantar o sistema de ensino em escolas de Recife (Escola Talentinho), São José da Coroa Grande (Colégio Joaquim Santiago Ramos) e Lagoa de Itaenga (Educandário José Ferreira Costa). As implantações abrangeram desde a Educação Infantil até o nono ano do Ensino Fundamental.

Receptividade – “Em todas essas escolas, encontramos um ambiente muito receptivo aos materiais e à proposta Opet”, conta Adriana. “As equipes demonstraram muito interesse pela proposta de uma educação com foco na formação humana e cidadã.”

Outro ponto alto, segundo Adriana, foi a percepção das equipes docentes e de gestão a respeito do suporte pedagógico personalizado, que é um dos diferenciais do trabalho da Editora. “As pessoas se sentiram acolhidas em suas dúvidas, que nós buscamos responder juntos. O objetivo da Editora é fornecer subsídios, apoio e diálogo para que a educação seja uma construção conjunta”, observa Adriana.

Implantações – Maria Dulce Ramos da Silva é diretora do Colégio Joaquim Santiago Ramos, de São José da Coroa Grande. Ela se diz satisfeita com o trabalho. “A formação oferecida pela Editora Opet foi maravilhosa. Trouxe bastante segurança e esclarecimentos em relação ao uso do material e a proposta que deve ser levada para sala de aula. Os professores tiveram a oportunidade de esclarecer suas dúvidas e ficaram satisfeitos.”

Na Escola Talentinho, em Recife, os professores ficaram satisfeitos com a implantação. “Foi maravilhoso”, conta a gestora pedagógica e fundadora da escola, professora Aurilene de Melo Nogueira Brasil Bezerra. “Observamos a organização, a assertividade, a proximidade e a disponibilidade da formadora responsável pelo trabalho. Ela esclareceu todas as dúvidas relativas aos materiais didáticos e mostrou muito conhecimento sobre as leis da educação.” Para a gestora, a perspectiva da parceria é de sucesso, de manter a qualidade do trabalho e crescer. “Só posso dizer que vocês estão de parabéns!”. Vamos em frente!

Confira algumas fotos das formações:

Colégio Joaquim Santiago Ramos:

Escola Talentinho:

Educandário José Ferreira Costa:

“Megaformação” reúne 1.500 professores em Chapecó (SC)

Formação incluiu o uso de ferramentas digitais para a educação.

Chapecó, um dos principais municípios do Sul do Brasil, é, também, um parceiro estratégico da Editora Opet no Oeste Catarinense. Lá, nesta semana – mais exatamente, ontem e hoje (10 e 11) –, a rede municipal de ensino e a Editora Opet promoveram uma “megaformação” pedagógica que envolveu nada menos do que 1.500 professores dos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental.

Equipe pedagógica da Editora em Curitiba, pronta para a viagem a Chapecó. Formação mobilizou 26 assessores, gestores e colaboradores de apoio.

A formação, que aconteceu no campus municipal da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), levou para Chapecó uma equipe de 26 assessores pedagógicos da Editora, além de colaboradores de apoio para auxiliar no encaminhamento dos trabalhos.

O trabalho – a primeira formação pedagógica presencial “massiva” do ano de 2022 – teve como foco os materiais didáticos e as ferramentas e conteúdos digitais associados. Entre os componentes curriculares trabalhados estiveram História, Ciências, Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, Educação Física, Arte e Língua Inglesa.

As formações pedagógicas são um momento de troca e de construção conjunta do conhecimento.

“A formação pedagógica é um momento primordial com nossos docentes, pois oferece subsídio instrumental metodológico para a exploração, de forma significativa, do material didático, com vistas a um percurso formativo de êxito”, avalia a secretária municipal de Educação de Chapecó, Astrit Maria Savaris Tozzo.

“Estar presencialmente com nossos professores depois de um grande período de distanciamento com certeza reforça o aproveitamento, a troca de experiências e a interação, que são essenciais para qualificar o processo ensino aprendizagem”, observa.

A secretária Astrid explica que o município adquiriu os materiais didáticos e ferramentas educacionais digitais Sefe, da Editora Opet, buscando melhores resultados no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes. E a formação pedagógica é estratégica.

“São momentos fundamentais para que os profissionais recebam orientações sobe como utilizar os materiais como suporte em suas aulas, fazendo dele uma ferramenta eficaz, além de aprimorar o conhecimento sobre novos temas”.

E ela se diz satisfeita com os resultados. “A Editora Opet tem feito um excelente trabalho, alcançando nossas expectativas e sempre buscando inovação e qualidade. Essa parceria duradoura, mesmo em tempo de pandemia, tem nos aproximado cada vez mais, oportunizando troca de experiências, vínculo e conhecimento da nossa proposta, o que permite a Editora pensar uma formação mais adequada para nossa realidade.”

Inspiração – “Todas as formações pedagógicas são inspiradoras, a começar pela aproximação que acontece entre a nossa equipe pedagógica e os professores. Elas são planejadas com objetivos e intencionalidades para a reflexão e ação dos professores conveniados”, explica Cliciane Élen Augusto, gerente pedagógica da Editora Opet.

“No caso desse momento em Chapecó, é ainda mais inspirador e desafiador pelo tamanho do grupo. São muitas reflexões, diálogo e proposições. São momentos de troca de conhecimentos e habilidades e parceria para o uso das soluções pedagógicas da Editora Opet”, observa.

Cliciane destaca o engajamento dos professores nesse momento de retorno à presencialidade. “Eles são comprometidos e entusiasmados por uma educação de qualidade. Na pandemia, a despeito de todas as dificuldades e desafios, as professoras e professores se superaram. E estão vivenciando agora uma forma de educar que soma aspectos presenciais e digitais. Isso é um avanço importante”, avalia.

A importância das histórias na Educação Infantil

“Era uma vez…” é um início de frase conhecido por todos nós. Ele marca a abertura de histórias infantis, muitas delas extremamente antigas. Em diferentes culturas, em todo o mundo, aliás, há frases semelhantes e histórias semelhantes. Que servem para divertir, entreter e, principalmente, para ensinar e fazer refletir. Essas histórias, aliás, normalmente são moldadas para crianças, mas trazem lições que valem para toda a vida. Elas são, enfim, um incrível recurso que as civilizações criaram para a educação. E devem, é claro, estar presentes nas escolas.

Uma história para a vida
De modo geral, contos e histórias infantis introduzem o sentido da existência, os objetivos pré-estabelecidos pelos humanos, ensinam valores e indicam comportamentos. Muitos focam em questões como a da justiça e da injustiça, da maldade e da bondade, da importância do esforço, da paciência e se buscar sempre a sabedoria. Pense, por exemplo, na fábula do “Coelho e a Tartaruga”, atribuída ao escritor e contador de histórias Esopo, que viveu há 2.500 anos na Grécia. Uma história tão antiga e, ao mesmo tempo, tão cheia de significados em relação às virtudes e valores da perseverança, humildade e do esforço!
Podemos considerar, enfim, essas histórias um meio especialmente eficiente de inserir e retratar o mundo real por meio de fenômenos fantásticos que, por estarem mais próximos do universo infantil, induzem a criança a refletir e se desenvolver a partir disso.
Elas, porém, devem ser trabalhadas com sensibilidade pelos professores. Na medida em que “conversam” com o tempo presente – tão cheio de questões importantes –, merecem um olhar especial de quem trabalha com algo tão precioso como é a educação infantil.

Benefícios dos contos de fadas
Quanto aos benefícios dos contos, o próprio Albert Einstein disse uma vez: “Se você quer que seus filhos sejam inteligentes, leia contos de fadas para eles. Se você quer que eles sejam mais inteligentes, leia mais contos de fadas”. Então, seguindo o conselho de um dos maiores gênios da humanidade – podemos imaginar quantas histórias ele ouviu quando criança! -, selecionamos alguns benefícios que os contos de fadas e outros contos trazem para as crianças.

Alfabetização Cultural, Expansão cognitiva e Inteligência Emocional: Conheça os benefícios dos contos para o desenvolvimento das crianças
Além da criatividade e da imaginação, temos ainda outros benefícios voltados para o desenvolvimento cognitivo e a aquisição de bagagem cultural. Veja!

Desenvolvimento da alfabetização inicial
Um dos papéis mais importantes da contação de histórias para o desenvolvimento das crianças é sua contribuição para a alfabetização na Educação Infantil.
● Prepara para a alfabetização: mesmo antes da fase de alfabetização, as histórias atuam como um bloco de construção essencial para a alfabetização. Como observa Jean Piaget, um dos mais importantes pensadores da educação no século passado, o aprendizado ocorre em estruturas. Nesse contexto, os contos servem como base para a alfabetização.
● Ajuda a expressar ideias: além disso, é sempre bom conversar com as crianças sobre o que foi lido e sobre como a história se relaciona com o mundo real. Essa é uma etapa que colabora com a capacidade da criança em expressar ideias. Muitos contos possuem diferentes níveis de aprofundamento e reflexão – é importante, então, respeitar a etapa do desenvolvimento da criança.
● Amplia o vocabulário: ainda falando sobre alfabetização, os contos infantis são excelentes para ampliar o vocabulário antes e durante a fase de alfabetização. Afinal, nessa idade, as crianças ainda não tiveram tanto contato com diferentes grupos sociais.

Então, educadores e responsáveis podem usar a contação de histórias para diversos fins na alfabetização.

Cultura, diversidade, história e contos infantis
Ler contos não é apenas uma base para o desenvolvimento da alfabetização, mas também ajuda a trabalhar vários elementos e comportamentos transculturais.
Cultura: os contos de fadas, por exemplo, são ambientados em diferentes épocas e lugares do mundo. Dessa forma, a criança é exposta naturalmente à diversidade de culturas, pessoas e ideias.
● Cultura brasileira: não podemos esquecer que, no Brasil, temos lendas do nosso próprio folclore, influenciado pelas narrativas indígenas, africanas e europeias – um verdadeiro tesouro!
Com os contos, enfim, é possível trazer elementos culturais, inclusive da nossa própria cultura, e demonstrar várias manifestações e aspectos da diversidade presente no nosso país. Nós temos um tesouro, que deve ser mostrado às crianças!

Influência dramática trazida pelos contos
Outro benefício dos contos infantis, especialmente os contos de fadas, é a oportunidade que o professor tem de trazer para esses momentos a dramatização.
Assim como as histórias, as peças de teatro, fantoches e marionetes são ferramentas lúdicas que precisam fazer parte do universo infantil. E os contos permitem a introdução desses elementos de forma mais natural e intuitiva.

Habilidades positivas de resolução de problemas e resiliência com contos de fadas
Todos os contos possuem uma narrativa em que o herói se depara com inúmeras diversidades até alcançar a liberdade, a justiça ou qualquer outro benefício que esteja buscando. Isso mostra às crianças que é necessário se adaptar às situações, encontrando nelas as ferramentas que precisam para o “próximo passo”.
Esse cenário descrito acima acaba sendo um conector entre a história fantástica e a realidade. Com isso, grandes ensinamentos são tirados da história.
Dentre os principais ensinamentos que os estudantes podem tirar da história estão:
● Como ter uma visão positiva em meio a situações adversas e de ansiedades;
● Como lidar com os problemas da vida;
● Aquisição do pensamento crítico e raciocínio lógico.

Processamento Emocional
Uma das vantagens dos contos de fadas são as representações de sentimentos bons e ruins por meio dos personagens que representam e exteriorizam a partir de símbolos e arquétipos.
Dessa forma, a criança compreende e entende os sentimentos profundos de forma mais lúdica, o que facilita o processamento da informação e a compreensão de como lidar com emoções difíceis.
Com os contos de fada, as crianças podem projetar livremente seus próprios sentimentos ruins nos personagens malignos, ao passo que também se relacionam com os bondosos personagens principais – que, muitas vezes, também são crianças corajosas que triunfam sobre o mal.

Lições que as crianças podem aprender com os contos de fadas
Entre terras distantes e lugares mágicos repletos de bravos heróis e heroínas, bruxas malvadas, dragões, criaturas míticas, amigos e tapetes voadores, os educadores também podem tirar lições importantes e passá-las para as crianças. Confira!
● Aprenda a ser gentil com Cinderela, que não deixou de ser bondosa por causa da família adotiva má.
● Tente algo novo, como a Pequena Sereia, que se aventurou fora de sua zona de conforto.
● Seja paciente e planeje com antecedência para não ter problemas como os irmãos preguiçosos.
● Nunca tenha medo de pedir ajuda: todos os personagens tiveram grandes amigos para apoiá-los, como Cinderela, que teve apoio da madrinha e dos amigos animais (Pocahontas, de Meeko; Ariel, do Linguado; Ana, do Olaf; Pinóquio, do Grilo Falante; e Peter Pan, da Sininho.
● Tudo o que fazemos tem uma consequência, e os Três Porquinhos e o Pinóquio são ótimas referências para ensinar tal lição.
● Diferente, sim. E daí? Muitos personagens das histórias são “diferentões”, ou seja, fogem às convenções com que estamos acostumados. Isso não significa, porém, que eles sejam maus ou que representem uma ameaça – muito pelo contrário! Esse perceber e valorizar o “diferente” também faz das histórias infantis um bom caminho para trabalhar a diversidade, a empatia, o respeito, a interculturalidade e a inclusão.

Dicas da Editora Opet: contos que não podem faltar na vida das crianças
A seguir, listamos alguns contos de fadas, fábulas, mitos e lendas do folclore brasileiro que não podem deixar de fazer parte da formação dos estudantes. Confira!

Fábulas de Esopo
● A tartaruga e a lebre
● A gansa do ovo de ouro
● O lobo e o Cordeiro
● A Cigarra e a Formiga
● O Galo e a Raposa
Contos de fadas de Hans Christian Andersen
● O Patinho Feio
● A Pequena Sereia
● A Roupa Nova do Imperador
● A Rainha da Neve
● Polegarzinha
● A Princesa e a Ervilha

Contos de Fadas dos Irmão Grimm
● Branca de Neve
● Chapeuzinho Vermelho
● Cinderela
● Bela Adormecida
● Rapunzel

Outros mitos, folclores e contos que as crianças precisam conhecer!
Existem muitas coleções de literatura infantil. Além dos contos e das fábulas, temos, no nosso país, muitos mitos e lendas que fazem parte do folclore brasileiro.
Conheça alguns que não podem faltar na contação de histórias:
● Saci Pererê
● Curupira – guardião das florestas
● Sereia Iara – a guardiã das águas
● Lobisomem
● Mula sem Cabeça
● Cuca
● Boto-cor-de-rosa.
Temos ainda vários contos populares, os gibis de Maurício de Souza, retratando vários dos personagens do nosso folclore, e os livros de Monteiro Lobato, que inserem as crianças no mundo mágico do Sítio do Pica-pau Amarelo.

Materiais da Editora Opet para o desenvolvimento infantil por meio dos contos
Além dessas dicas, temos ainda vários vídeos sobre Arte Educação que podem complementar o trabalho com os contos infantis. No nosso canal de Youtube, criamos uma playlist com 24 vídeos sobre o tema que vão ajudar os educadores nesse processo.
Temos também, em nossa plataforma Opet INspira, diversos livros e áudios de histórias infantis, bem como uma série de materiais da Editora Opet para crianças da Educação Infantil e Fundamental I e II.
Tudo para garantir que as crianças não percam nada do que os contos de fadas, fábulas e lendas têm a oferecer para o seu desenvolvimento! 

Educação Física: lúdica e inclusiva!

Assessora pedagógica responsável pelas formações da Editora fala sobre as novas práticas nesse componente curricular tão importante. Confira!

A escola desempenha um papel importante no processo de conhecimento e desenvolvimento corpo-mente. No Brasil, a Educação Física é um componente curricular obrigatório da Educação Básica desde 1996, quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação determinou que ela deve estar presente na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

Chegamos, então, a uma questão importante: como fazer com que a Educação Física leve as crianças e os adolescentes a conhecerem e a valorizar o próprio corpo, a saúde e os momentos compartilhados? A resposta começa na escola e no corpo docente: é essencial que professoras e professores encontrem formas de compreender as preocupações, aproximar e motivar os jovens. Uma transformação que se inicia na formação docente.

Milena Nichel é a assessora pedagógica da Editora Opet responsável pelo trabalho com professoras e professores de Educação Física de todo o país, em implantações e formações. Graduada em Educação Física, ela é apaixonada pelo trabalho e considera que o seu componente curricular é um protagonista dentro da escola.

Milena, à esquerda, com professoras durante uma formação antes da pandemia. A busca por recursos e a troca de experiências são constantes nos encontros com os professores de Educação Física.

“As aulas de Educação Física são responsáveis, em grande parte, pelo desemparedamento das crianças e dos jovens. Por romper os limites da sala de aula e encontrar o mundo!”, observa.

“Nas aulas, as e os estudantes deixam a posição sentada, que é comum, e assumem outras posições. Alongam-se, descobrem possibilidades e aproveitem ao máximo essas vivências e experiências em termos teóricos e práticos. Vale lembrar, aliás, que todas essas vivências e experiências são conhecimentos desenvolvidos pela humanidade ao longo do tempo”, analisa Milena.

As formações pedagógicas são momentos de muita animação, que se reflete nas aulas de Educação Física.

Sem receios – Sobre o “fantasma” que ainda ronda as cabeças de alguns estudantes quando o assunto é a Educação Física – o medo da competição, da própria falta de habilidade esportiva e do julgamento dos outros –, Milena afirma que é um tema importante e que deve ser levado em conta pelos docentes. E que há formas de reduzir e mesmo de eliminar esses receios.

“A Educação Física mudou muito nas últimas décadas, quando o cenário formado pelo chamado ‘quarteto mágico’ – futebol, handebol, vôlei e basquete – foi ampliado para outras possibilidades”, explica.

Se, até então, a Educação Física se relacionava a aspectos como a desportivização e a competitividade, hoje as possibilidades vão muito além, e se conectam, principalmente, ao desenvolvimento integral do estudante.

Cruzamento entre Educação Física e Arte: quando os componentes curriculares dialogam, as aulas ficam mais interessantes e os resultados, poderosos.

“Com a Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, de 2018, tivemos um grande avanço. A Base propõe seis unidades temáticas a serem trabalhadas nas aulas: brincadeiras e jogos, esportes, ginásticas, danças e lutas e aventuras. A partir delas, as possibilidades de trabalho dos professores são muito grandes. Podemos esmiuçar cada tema e oferecer uma infinidade de conteúdos que proporcionem experiências e conhecimentos para crianças e jovens”, explica.

Em ação – Essas seis unidades e suas múltiplas possibilidades formam a base do trabalho de Milena com os professores das escolas públicas e privadas parceiras da Editora Opet. Lembrando que esse trabalho não implica apenas um “levar conhecimentos”, mas, sobretudo, uma troca de experiências e saberes, uma reflexão e uma reconstrução de conhecimentos. Algo que tem enorme valor, muito mais em um país tão grande e tão rico culturalmente como o Brasil.

“Nós trabalhamos a Educação Física a partir dos materiais didáticos da Editora, ou seja, em conexão com a proposta pedagógica, e também a partir da BNCC e de outras referências. E ampliamos as possibilidades em conjunto com os docentes de cada escola ou município conveniado, de acordo com as necessidades e com os saberes de cada um dos parceiros”, explica Milena.

Desemparedar e proporcionar experiências corporais são expressões-chave nas aulas de Educação Física.

Ao traçar um histórico das formações pedagógicas, Milena reforça o fato de que elas são, sempre, uma via de mão dupla, isto é, de conhecimento e aprendizado construídos conjuntamente. Algo que ganha ainda mais força na percepção de que as e os professores de Educação Física são apaixonados pelo que fazem.

E o que eles mais querem? Segundo Milena, eles se interessam muito por novas práticas que possam enriquecer seus planejamentos e seu trabalho com crianças e adolescentes. “Vejo como muito importante, também, o apoio dos gestores às aulas de Educação Física”, observa.

O reconhecimento do valor desse componente curricular, afinal, é fundamental para a vida e para o desenvolvimento das crianças. “Cada vez mais, as pessoas devem se conscientizar de o quanto o movimento é importante: ele não só é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, mas pode salvar vidas!”, garante.

Para a assessora pedagógica da Editora Opet, a Educação Física tem muito a oferecer aos demais componentes curriculares. “Se as e os professores de outros componentes adotassem as estratégias pedagógicas da Educação Física – que incluem o desemparedar, o lúdico, os jogos e o movimento –, os processos de ensino e aprendizagem poderiam ganhar em eficácia”, analisa. A aproximação e o foco transdisciplinar e interdisciplinar, aliás, fazem parte da filosofia de trabalho da Editora: eles estão nas coleções, nos planejamentos, nas formações e na vivência de sala de aula.

Saúde na escola e na vida – Milena destaca os muitos benefícios da Educação Física para a saúde. “As aulas de Educação Física, como outras atividades, ocasionam uma liberação hormonal muito benéfica.” Dopamina, endorfina, adrenalina e serotonina estão sempre presentes nas aulas, trazendo bem estar para as crianças e para os adolescentes. É um verdadeiro “prazer em conhecer” o próprio corpo e suas possibilidades, sempre com muita ludicidade.

“Ser corpo é a realidade da vida neste mundo. O corpo somos nós, nossa identidade como manifestação de vida. O motor de toda a educação, enfim, é o lúdico – e, nisto, a Educação Física dá um show!”, decreta.

A gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto, destaca a importância das formações pedagógicas para o fortalecimento das aulas de Educação Física:

“No trabalho de formação continuada com as e os professores de Educação Física, é possível pensar e planejar os momentos com os estudantes, garantindo espaços de aprendizagem que desenvolvam o respeito às diferenças, cooperação, solidariedade e criticidade. É importante considerar que essa criança se desenvolve de maneira integral – em termos físicos e mentais.”

“Joy!”: municípios investem no ensino da Língua Inglesa

Momentos digitais da formação em Roncador (PR).

Você já ouviu falar na expressão “língua franca”? Língua franca é um idioma compartilhado por pessoas de diferentes países: uma língua única, que possibilita o diálogo, a realização de negócios, o trabalho conjunto, o estudo e o desenvolvimento de pesquisas. No século 21, o Inglês é a língua franca. E sua importância, que já era enorme nas últimas décadas, cresceu ainda mais com a aceleração dos meios e dos contatos digitais.

No Brasil, o ensino de Inglês ainda encontra muitos obstáculos. Ao mesmo tempo, porém, há muitas iniciativas para reverter esse quadro e criar diferenciais. Na área pública, por exemplo, já são muitas as redes municipais que estão investindo no ensino da Língua Inglesa para além da exigência legal, que prevê o componente curricular obrigatório apenas nos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano).

É o caso das redes municipais de ensino de Colombo e Roncador, no Paraná, que neste ano aderiram à Coleção “Joy!, da Editora Opet. Escrita pela professora Vera Rauta, uma grande especialista no ensino do Inglês, a coleção tem como foco os estudantes dos Anos Iniciais, de 1º a 5º ano, e também os professores de Inglês, que têm acesso a recursos e insights para o ensino.

Professora Vera Rauta com os professores de Inglês de Colombo (PR).

Colombo – Situado na região metropolitana de Curitiba, Colombo é um dos maiores municípios paranaenses, com 250 mil habitantes e uma economia vibrante. Lá, na semana passada, a coleção “Joy!” foi oficialmente apresentada aos professores da rede municipal de ensino. Os docentes participaram de uma formação especial, de implantação, com a própria Vera Rauta. Neste ano, a rede municipal passa a adotar os materiais didáticos e ferramentas da Editora Opet para o ensino do Inglês nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano).

“Consideramos a chegada da coleção um avanço”, avalia a professora Luciane Dala Valle, diretora do departamento de Educação da secretaria municipal de Educação de Colombo. “Em primeiro lugar, porque conseguimos atender os Anos Iniciais do Ensino Fundamental com um material de qualidade, que vem ao encontro das expectativas do município. E, em segundo lugar, porque trazer novos materiais também significa garantir um novo olhar para o professor. Estamos oportunizando novas possibilidades e ampliando os conhecimentos, principalmente pela formação que acompanha a chegada dos materiais”, observa. “Sempre de olho nos resultados que esse material, que esse trabalho, podem trazer para a vida dos nossos alunos.”

A implantação animou os professores. “Sentimos que os materiais foram bem aceitos. É uma coleção de qualidade. Além disso, a formação feita pela professora Vera Rauta, a autora da coleção, foi excelente”, conta Luciane. “Ela conseguiu passar aos profissionais as diversas possibilidades de uso, esclareceu questionamentos, foi atenciosa ao extremo e acreditamos que estes encontros presenciais foram fundamentais para o sucesso da implantação.”

A professora Vera Rauta agradeceu aos professores e aos gestores pela receptividade. “Sentimos que todos estavam ansiosos pela possibilidade de acesso à coleção e por conhecer as atividades e a metodologia. Uma das professoras, por exemplo, me disse que ia aplicar tudo o que estava sendo transmitido durante a formação. Não poderia ter sido melhor!”, observou.

Professores e gestores de Roncador (PR).

Inglês em Roncador – Localizado na região central-oeste do Paraná, o município de Roncador possui uma grande presença imigrante, principalmente ucraniana, e uma forte interculturalidade. Lá, a atual gestão também optou por implantar o Inglês nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A implantação aconteceu nesta semana, e a apresentação dos materiais contou com a presença do secretário municipal de Educação, professor Edson Gonçalves de Oliveira.

“Nosso principal objetivo, ao ofertar a língua inglesa no Ensino Fundamental, foi possibilitar e fortalecer as diferenças culturais presentes em sala de aula e fora dela”, explica a professora Lenise Suski de Souza (foto), coordenadora pedagógica. Segundo ela, a implantação realizada pela própria autora dos materiais foi algo muito importante. “Para os professores, ter a formação com a professora Vera foi algo maravilhoso”, avalia.  

No caso de Roncador, a professora Vera Rauta destaca a estratégia de investimentos em educação da atual gestão. “Ao implantar o Inglês do 1º ao 5º ano, os gestores se anteciparam ao que exige a lei. Roncador é uma cidade em pleno desenvolvimento, e este investimento mostra um compromisso com a sociedade e com a cidadania dos estudantes.”

Vera observa que, nas implantações e nas formações, o trabalho da Editora se diferencia por equilibrar teoria e prática. “Nós seguimos o planejamento e as diretrizes da Editora para os demais componentes curriculares. Eles somam a coerência da proposta, uma boa comunicação, a percepção do momento atual, as tendências e um uso amplo de recursos digitais”, observa.

Quanto ao uso da tecnologia, ela destaca tanto a plataforma educacional Opet INspira, que oferece milhares de conteúdos originais e de alta qualidade, quanto a parceria da Editora com as ferramentas Google Workspace for Education, que garante a “entrega” dos conteúdos, assim como uma comunicação digital de alta qualidade. “Esses recursos apoiam fortemente o trabalho dos professores, com reflexos sobre a aprendizagem.

“Ô, abre alas, que eu quero passar!”: o carnaval chega à sala de aula!

Pandeiro, cuíca, ritmo, fantasia, alegria… o carnaval é uma das festas mais ricas e complexas da cultura brasileira. E não apenas pelas cores, pela dispersão geográfica, irreverência ou criatividade: na verdade, o carnaval tem uma história muito antiga, mais antiga que a própria fundação do Brasil. Além disso, ele reúne e harmoniza elementos dos três grupos humanos formadores da nossa sociedade: indígenas, africanos e europeus.
Em outras palavras: uma festa tão importante é, também, um “prato cheio” para a educação! Assumindo o espírito carnavalesco, é possível compartilhar muitos conhecimentos com os alunos. Da Educação Infantil ao Ensino Médio, todos vão se divertir… e aprender!

“Confete, pedacinho colorido de saudade…”: memórias de carnaval

Um bom início de trabalho sobre o carnaval pode envolver as memórias das pessoas. Assim, pergunte aos alunos sobre como eles e suas famílias vivenciam a festa. E não há problema se, por acaso, alguns eles não tiverem essas memórias por questões relacionadas à religião, por exemplo, ou apenas por não gostar da festa. Essa é uma boa oportunidade, inclusive, de trabalhar a diversidade, assim como o respeito e o acolhimento às diferentes opiniões.
Em relação às memórias carnavalescas, elas podem se estender à família, aos pais ou avós, por exemplo. Vale lembrar ainda que, em várias regiões do país, as festas carnavalescas estão fortemente relacionadas à cultura local – caso, por exemplo, dos maracatus e do frevo em Pernambuco -, o que dá ainda mais cor às discussões.

Como tudo começou

As origens do carnaval ser situam em um passado muito remoto. A festa, incorporada pela cristandade europeia há muitos séculos, na Idade Média, tem elementos ainda mais antigos. Há quem afirme, por exemplo, que uma festa semelhante, caracterizada pela inversão de valores (com o rei se vestindo de servo e o servo de rei, por exemplo), teria surgido na Babilônia há milhares de anos.

Dito isso, podemos passar ao “resgate histórico” do carnaval:

1. Apresente uma linha do tempo sobre a História do carnaval. Mostre aos discentes como a festa chegou ao Brasil em meados do século XVII, sob influência das festas da Europa. Aqui, dependendo do nível de ensino, você pode até detalhar as origens psicossociais da festa, mostrando, por exemplo, as ideias de inversão e catarse (a este respeito, vale a pena conhecer a teoria da carnavalização de Mikhail Bakhtin).
2. Mostre imagens e vídeos de personagens famosos do nosso carnaval, como o rei momo, pierrô e colombina, que têm origem europeia. As influências, aqui, são muitas, do teatro italiano à corte francesa de Luís XIV, passando pelos bailes de máscaras de Veneza… é muita coisa interessante!
3. Também é importante contar que, no século XVII, foram criados os primeiros blocos de carnaval, mas que eles só se popularizaram no século XX.
4. Mostre ainda a origem das fantasias, que, assim como a decoração dos carros, ocorria de forma espontânea. Essa “improvisação” deu origem aos famosos carros alegóricos que temos atualmente.
5. Leve áudios de marchinhas para apresentar o gênero e mostrar que esse estilo musical contribuiu grandemente para a aceitação popular. Leve materiais para apresentar a primeira escola de samba, criada em 1928 no Rio de Janeiro – era a “Deixa Falar”, que, mais tarde, virou “Estácio de Sá”.
6. E, por fim, não deixe de mencionar como se deu o surgimento e as primeiras competições das escolas de samba em São Paulo e no Rio de Janeiro. E que, em outras regiões do país, se mantiveram os tradicionais carnavais de rua, com blocos e agremiações.

Os carnavais pelo Brasil

É possível que muitos alunos observem que, em sua região, em sua cidade, não existe carnaval. Isso não invalida a ideia de apresentar a festa em toda a sua grandeza, até mesmo porque em nosso país – e no mundo – há muitos carnavais. Dos bailes de salão aos trios elétricos, dos concursos de fantasias aos maracatus, são muitas as possibilidades! Vamos examinar por região do Brasil:
● Carnaval na região Sul: No Sul, principalmente em Florianópolis e em outras cidades litorâneas, há uma grande mistura de elementos, como desfiles de escolas de samba, clubes, blocos de rua e festas com DJs.
● Carnaval na região Sudeste: Desfiles das escolas de samba nos sambódromos Anhembi e Marquês de Sapucaí que são transmitidas na TV. Também há blocos de rua e festas particulares em clubes. Tudo com muita música, samba e marchinhas de carnaval.
● Carnaval na região Centro-Oeste: É em Goiás que ocorre uma das principais festas do Centro-Oeste. Há marchinhas, shows de várias bandas e desfiles de escolas de samba.
● Carnaval na região Nordeste: Temos variadas formas de comemorar o carnaval no Nordeste. Na Bahia tem os trio-elétricos e mais de 150 blocos organizados. O famoso carnaval de rua atrai cerca de 2 milhões de pessoas.
Muito além dos bonecos, o carnaval de Olinda, assim como o de Recife, se destaca pelas manifestações de dança e música. Em ambos, temos o Frevo e o Maracatu (uma mistura das culturas africana, portuguesa e indígena). Além é claro, dos blocos de rua.
● Carnaval na região Norte: Outro ponto interessante de levar para a sala de aula é o fato das festas no Norte estarem ligadas ao folclore. Em Manaus na mesma época acontece a Festa do Boi (Boi-Bumbá) e o aniversário da cidade.
São três dias de festa onde o público dança coreografias únicas ao som das tradicionais músicas de influência indígena e veste os tururis (abadás).

Como apresentar o carnaval e seus elementos?

Depois de apresentar a História do carnaval e suas diferentes manifestações no Brasil, é hora de aplicar atividades que coloquem os estudantes em um contato maior com o assunto.
Como essa festa tão marcante da cultura brasileira é formada por blocos, desfiles de escolas de samba, fantasias, músicas, marchinhas, danças, fantasias, personagens como a colombina e muito mais, é fácil perceber que este grupo de elementos não se encaixam em uma única disciplina, certo?
Inclusive, já mencionamos anteriormente que é possível trabalhar aspectos históricos, artísticos e da linguagem utilizando o carnaval como pano de fundo.
Mas, mais importante do que trabalhar em cada uma dessas disciplinas, deve-se trabalhar de forma interdisciplinar. Desse modo, ele não será estudado a partir de uma único componente curricular, mas de vários e em diálogo.
Então, ao explicar o tema e aplicar as atividades, tenha em mente trabalhar o carnaval de maneira a explorar diferentes temas, sempre em contexto.
Pensando nisso, algumas das formas de ensinar e aplicar atividades são:

Ideias para apresentar o tema carnaval

● Apresentação de imagens e vídeos.
● Sugestões de artigos, livros, sites, vídeos e músicas.
● Pergunte aos estudantes o que eles sabem sobre a festa a partir de um bate-papo.
● Leve áudios e letras de músicas, samba-enredo e marchinhas de carnaval para que além de ouvir e conhecer, os estudantes também possam analisar a letra e seus significados. Aqui é possível trabalhar linguagem, musicalidade e História.

Atividades para trabalhar o carnaval em sala de aula

● Solicitar a montagem de uma linha do tempo da História do carnaval e sua evolução.
● Propor a apresentação e grupos sobre o carnaval em cada região a partir de fotos e vídeos da festa.
● Propor atividades que envolvam dança, assim, além de aplicar danças e coreografias típicas do carnaval, também é possível trabalhar a coordenação motora e a linguagem corporal.
● Aplicar atividades que envolvam a construção de máscaras e fantasias, de modo a trabalhar também a coordenação motora e a criatividade. Uma boa ideia é criar e imprimir máscaras de carnaval para serem coloridas pelos discentes. Utilize também recortes, tecidos, glitter, purpurina, lantejoulas e afins.
● Peça às crianças que criem murais e painéis decorativos sobre o carnaval.
● Tire um dia para montar uma oficina de desenho e pintura.
● Crie exposições que mostram os trabalhos criados.
● Abordar a musicalidade por meio de sambas, batuques e demais aspectos musicais do carnaval.
● Estimular estudos da Língua Portuguesa por meio de sambas-enredos famosos do carnaval carioca; apresentação do gênero marchinhas – por exemplo, “Ó abre alas”; Maracatu e Afoxé (manifestação cultural da Bahia que une música e religião).
● Proponha desfiles em algum espaço escolar mais amplo.
● Promova uma comemoração e peça aos estudantes que decorem a escola.

Seja por meio de histórias, vídeos, músicas, apresentações, desfiles improvisados, oficinas de pintura, o mais importante é que os estudantes conheçam a riqueza cultural brasileira.
Ao trazer ritmos e grupos específicos de cada região, por exemplo, é possível trabalhar aspectos como diversidade e religião. Ainda sobre o carnaval brasileiro de norte a sul, é fundamental trazer a festa do Norte como pauta. A festa do Boi e a maneira como ela ocorre, juntamente com o carnaval, é uma das expressões mais ricas que temos no Brasil. Ainda mais por ter tanta influência indígena.
Ritmos, marchinhas e instrumentos, além de remeter à disciplina de Arte e História, são excelentes para trabalhar aspectos linguísticos e, mais uma vez, regionais. E as oficinas, além de tornar a aula mais dinâmica, também estimula criatividade, socialização e coordenação motora, assim como as danças e coreografias.
Então, como você vai apresentar a História, os símbolos, os ritmos, os personagens e a diversidade cultura contida nisso nas suas aulas? Opções não faltam, mas o mais importante, trabalhe de forma interdisciplinar!

Como aproximar família e escola?

Quando o assunto é promover educação de qualidade, família e escola caminham juntas. Essa frase é uma velha conhecida dos professores, estudantes, gestores e famílias parceiras da Editora Opet. Nós, da Editora Opet, acreditamos firmemente nisso e baseamos essa crença em estudos científicos internacionais que demonstram o sucesso da “dobradinha” família-escola.

Os ambientes da família e da escola, é claro, são distintos: cada um tem suas características e seus modos de interação. Eles, porém, são complementares e se reforçam mutuamente. Vamos saber mais a respeito.

 

O papel da escola na formação do estudante

O trabalho escolar é mais centrado na formação acadêmica, intelectual e cognitiva. Em resumo, o foco maior está na transmissão dos conhecimentos acumulados ao longo da história humana. Ainda sobre o foco educacional da escola, não podemos deixar de mencionar o foco na aplicação de atividades que ajudem o indivíduo no desenvolvimento de competências e habilidades cruciais para a vida em sociedade, ainda mais na sociedade atual, que está em constante mudança.

Além do conhecimento científico e desenvolvimento de habilidades e competências, há uma preocupação em suprir algumas necessidades do âmbito pessoal, especialmente aquelas relacionadas à socialização.

Nesse aspecto pessoal, podemos dizer que a escola amplia o que vem do ambiente domiciliar.

Na maioria dos casos, até o início da vida escolar, as crianças só tiveram contato com os membros da família e um grupo restrito que se estendia a familiares e amigos, a eventos sociais e à comunidade em torno do local de moradia – vizinhos, por exemplo.

Então, a escola representa um importante avanço no que se refere a experiências e habilidades sociais. Nesse espaço, as crianças começam a construir sua própria rede de amigos e comunidade.

Mas, é preciso mais do que isso para forjar a personalidade e garantir o desenvolvimento integral desse indivíduo. E o que falta na escola precisa ser complementado pela família.

 

O papel da família na formação do indivíduo

A família, além de anteceder e de dar continuidade ao trabalho dos educadores, atua no estabelecimento de valores e princípios. Também é no espaço familiar, o qual ainda é o local mais importante para criança, que o estudante deve receber segurança, acolhimento, orientação e apoio.

A compreensão do mundo, dos acontecimentos na escola, do valor do conhecimento também deve partir da família. A família tem um importante papel em auxiliar o indivíduo a fazer uma leitura correta do mundo, já que, no início da vida, tudo é muito novo para ele.

Isso vai desde trabalhar boas maneiras e respeito até dar assistência no desenvolvimento de habilidades socioemocionais que vão ajudá-lo a lidar com os demais, com os desafios e com as próprias emoções.

Em última instância, esse trabalho também é uma maneira de reforçar ensinamentos do professor, bem como o respeito e a admiração por ele.

 

Como fortalecer a parceria entre escola e família?

É papel dos professores e dos gestores incentivar e criar estratégias para encorajar a participação da família na educação das crianças e adolescentes. São eles que vão “quebrar o gelo”, abrir as portas, criar um fluxo de comunicação clara e contínua. Quanto mais acolherem, mais serão acolhidos e “integrados” pela família. Isso, aliás, gera pertencimento – temos, então, uma “comunidade escolar” na mais profunda acepção do termo! Mas, como chegar nesse grau de integração? Vamos descobrir:

 Ofereça dicas básicas para a participação ativa da família

Indique algumas ações que a família pode executar para participar da vida escolar. Esse é o primeiro passo, serve para começar a introduzir a ideia de educação compartilhada entre escola e família. A família deve ser estimulada a:

  • Perguntar sobre o dia na escola;
  • Auxiliar no dever de casa;
  • Transmitir segurança para que a criança informe possíveis problemas, bullying ou dificuldades com determinados conteúdos;
  • Incentivar o gosto pelo estudo, incorporando na criança ou adolescente um tom de curiosidade e espírito investigativo;
  • Elogiar as conquistas escolares;
  • Com respeito e carinho, mostrar o erro e o caminho para o estudante conseguir resolver determinada atividade;
  • Participar dos eventos escolares – reuniões, feiras, festas, apresentações.

  Informe sobre estruturas básicas de ensino e ambiente físico da escola

  • Mantenha a família informada sobre o conteúdo do Projeto Político Pedagógico (PPP), os objetivos e em qual etapa dele o ensino das crianças está.
  • Apresente o espaço físico da instituição onde ocorre cada atividade para que a família se sinta parte do processo. Dessa forma, ela passa a ter ainda mais zelo e vontade de participar.
  • Torne a família parte ativa dos processos de ensino da sala de aula.
  • Faça reuniões para apresentar feedbacks e, em caso de o estudante apresentar dificuldade no desempenho escolar, informar a situação, o que está sendo feito e como a família pode contribuir para ajudar.
  • Marque encontros individuais quando houver a necessidade de abordar assuntos relacionados a dúvidas por parte da família. Esse contato mais próximo e personalizado ajuda a aumentar a confiança na escola e fortalecer vínculos.

Comunique-se bem!

Facilite a comunicação e o acesso da família aos professores e gestores, sob pena de “desistência” da família. A comunicação deve ser rápida, assertiva e ajustada aos referenciais culturais das famílias. Há diversas formas de estabelecer uma comunicação. Por exemplo:

  • Recados em agendas;
  • Blogs e sites;
  • E-mail;
  • Redes sociais.

Por meio desses recursos, é possível informar, comunicar e aproximar das diferentes formas apresentadas a seguir.

Aproxime, encante e instigue!

O povo brasileiro é, por excelência, um apaixonado pela aproximação, pelo contato social. E é justamente aí que reside uma excelente tática de aproximação. Com um bom planejamento, a escola poder transformar encontros que normalmente são vistos como “burocráticos” ou “aborrecidos” em eventos de que as pessoas querem participar – momentos de comunhão pela educação. Vamos pensar em alguns tipos de eventos que podem ser promovidos na escola:

  • Encontros, palestras e seminários: além de repassar informações e conhecimentos importantes sobre educação, desenvolvimento infantil e temas relacionados, esse tipo de encontro permite um contato com todo o corpo docente e demais responsáveis. Cria-se, assim, um senso de comunidade.
  • Festas típicas: Festa Junina, eventos folclóricos, Carnaval, Natal e demais datas comemorativas não podem faltar. Além de serem datas que todos amam, são bons momentos para o engajamento e a valorização das pessoas e de suas habilidades.
  • Feiras: Feiras do Livro e de Ciências, por exemplo, são maneiras de ampliar a interação e de fazer os estudantes brilharem em apresentações e rodas de conversa.
  • Festivais: estruturar festivais também contribui para aproximar, ao mesmo tempo em que garante diversão e conhecimento. Podemos citar vários temas, mas o Festival Cultural é uma temática poderosa para que os participantes possam se conhecer em um nível diferente. É um momento que se pode propor que cada criança fale um pouco sobre a origem da família, em qual Estado os familiares nasceram, quais hábitos culturais fazem parte dessa região do país, entre outros aspectos.

 

Use a tecnologia para aproximar

A tecnologia é uma das ferramentas-chave para a estruturação de um arsenal de ações de aproximação entre escola e família. Além dos canais de mensagens instantânea, das redes sociais, sites, blogs e aplicativos, também é possível criar um ambiente virtual de ensino para organizar e disponibilizar tudo o que envolve as atividades escolares.

Com recursos como a Opet INspira, plataforma educacional de recursos digitais desenvolvida pela Editora Opet, por exemplo, esse ambiente pode ser acessado pelos professores, estudantes e famílias. Entre os conteúdos disponibilizados estão atividades para casa, projetos em andamento e documentos institucionais de interesse da família.

Tem ainda como criar roteiro de estudos e trilhas de aprendizagem para orientar e guiar o discente na execução de trabalhos, atividades, projetos e apresentação.

Outro recurso tecnológico que pode ser utilizado no ensino e disponibilizado nesse espaço são os jogos educativos, livros de histórias e qualquer material de apoio.

Tudo isso pode ser acessado pelos estudantes na hora de realizar as atividades e pelos responsáveis para acompanharem o desempenho e organizarem a rotina dos pequenos.

Fato é que como a tecnologia possui “vários braços”, é possível utilizá-la para se fazer presente e estabelecer um relacionamento com a família de diversas formas.