Em busca de um ensino personalizado: recursos e formas de ensinar e aprender

Ensino personalizado… em sala de aula? Quando falamos em ensino personalizado, é comum que ele seja visto como algo inviável para a sala de aula. Faz sentido: afinal, como personalizar o ensino em um contexto em que várias pessoas estão aprendendo e interagindo juntas?
É importante ter em mente que, para que essa personalização aconteça – e ela é interessante, uma vez que se aproxima ainda mais do estudante –, é preciso adotar um mix de técnicas, métodos, práticas e ferramentas para transmitir o conhecimento.

Muitas pessoas, muitos aprendizados
Sabemos que cada estudante aprende de uma forma. Alguns possuem um estilo de aprendizagem mais visual, por exemplo. São pessoas que aprendem com maior facilidade quando usam mapas mentais e esquemas gráficos.


Por outro lado, há quem sintetize o conteúdo com maior facilidade quando ele é transmitido oralmente – são estudantes que usam mais a audição no processo. Aulas ao vivo ou por meio de vídeos e podcasts são excelentes para esse perfil.


Em ambos os casos, “colocar a mão na massa” é uma das formas mais efetivas de consolidar o conhecimento. Independentemente de o indivíduo aprender por meio de elementos visuais, da leitura ou da audição, estudos mostram que praticar e mesmo ensinar o que se acabou de aprender são bons métodos para aprender melhor qualquer coisa.
Praticar o que foi ensinado na teoria é tão importante que, nos últimos anos, temos visto as metodologias ativas cada vez mais presentes no ambiente escolar.


Estamos falando de métodos de ensino como o da sala de aula invertida, do STEAM e da aprendizagem baseada em projetos ou problemas, entre outros.
Mas, por mais que a eficácia da aprendizagem ativa seja unanimidade quando o assunto é retenção do conteúdo, ainda assim é necessário algum nível de personalização do ensino na hora de adotar e aplicar tais métodos.

Metodologias ativas e ensino personalizado
A sala de aula invertida, por exemplo, é uma prática que inverte a ordem pedagógica mais tradicional, em que o professor usa a sala de aula para a parte teórica e a etapa prática é desenvolvida pelo aluno em casa. Essa é uma excelente metodologia tanto para aqueles que aprendem melhor lendo e pesquisando quanto para aqueles que aprendem por meio de projetos.
Ao inverter a ordem da sala de aula, o professor propõe que a parte teórica seja aprendida em casa, para que, ao chegar na escola, o tempo das aulas seja utilizados para praticar e para a percepção dos trajetos de cada um para a resolução dos problemas.

A teoria também pode ser ativa: use isso a favor dos estudantes que aprendem melhor lendo e escrevendo
Nesse contexto, a própria teoria pode se tornar um processo ativo, se devidamente orientado pelo educador. Para aprender os conceitos fundamentais de um dado componente, o discente pode ser estimulado a pesquisá-los ativamente, em vez de receber o material pronto.


Imagine, por exemplo, pedir aos estudantes que pesquisem e produzam uma reportagem sobre os povos indígenas do Brasil na atualidade, por exemplo. Essas produções – em forma de texto, podcast ou videocast – serão compartilhadas e debatidas pelo grupo. Quais foram as fontes utilizadas?

Que perguntas foram feitas? Que pontos ficaram menos esclarecidos e por quê?
Para além das clássicas listas de exercícios utilizadas como parte da fixação do tema, o uso de perguntas também é a base de outras práticas. Uma técnica muito interessante nasce no próprio jornalismo: é a chamada “técnica das cinco perguntas”: “O quê? Quando? Onde? Como? Por quê? Quem?”.


Ao responder essas perguntas, os estudantes conseguem estabelecer rapidamente um recorte temático que facilita muito o aprendizado e que, com certeza, será importante em relação a aprendizados futuros.

Na etapa de “mão na massa”, não faltam práticas para personalizar as aulas
Veja as possibilidades para personalização do ensino por meio de metodologias ativas!


Debates: uma forma de aprender e adquirir habilidades
Na etapa de colocar a mão na massa, além dos projetos, o professor pode propor debates de ideias. Essa é uma excelente ideia para estimular o aprendizado ativo e trabalhar habilidades como raciocínio lógico, capacidade de improvisar, argumentar e ouvir, além da comunicação não violenta.


Ensino por competências: aprendizagem a partir dos pontos fortes do estudante
Por falar em habilidades, temos ainda o ensino por competências, uma metodologia de desenvolvimento e gestão vinda do ambiente corporativo que visa aprimorar as melhores habilidades de cada indivíduo.
Trata-se de um método muito ligado ao desenvolvimento do estudante para além da sala de aula. Afinal, a escola também prepara para a vida após a educação básica.


STEM: projetos, tecnologias e exatas a favor da personalização
Outro método de ensino que pode ajudar os jovens a aprender melhor, especialmente aqueles que possuem maior afinidade com as áreas de Tecnologias e Exatas, é o método STEM. A prática une os conhecimentos relacionados a Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (que formam a sigla STEM em inglês) como base para o desenvolvimento de projetos.
É importante ressaltar, no entanto, que a aprendizagem baseada em projetos não precisa estar sempre ligada ao STEM. Aqui entra, mais uma vez, a importância da personalização no ensino.


Se os estudantes possuem mais afinidade com outros elementos tecnológicos, como o audiovisual, é uma boa ideia acrescentar o uso dessas ferramentas ao desenvolvimento desses trabalhos.

Interdisciplinaridade e integração de metodologias: o ponto-chave da personalização das aulas
Outra forma de personalizar as aulas tem a ver com a maneira de apresentar os temas das disciplinas. Como podemos ver, é natural que cada estudante tenha mais afinidade com determinado assunto.
No entanto, sabemos que, no mundo real, os saberes não são aplicados de forma separada. Um conjunto de conhecimentos se integra a outros e a outros conjuntos. Logo, os projetos e atividades estruturadas a partir de um conceito de interdisciplinaridade são algo fundamental.


E é justamente na interdisciplinaridade de saberes e na integração de todos esses métodos de ensino – e de vários outros que não mencionamos aqui – que reside a base da entrega de um conteúdo personalizado.

A diversidade de métodos e temas torna a personalização do ensino algo inerente ao dia a dia na escola
Perceba que é o intercâmbio entre os vários métodos que garante essa personalização de que estamos falando.


É comum pensarmos que, para fazer isso, é necessário criar um plano de ensino para cada estudante da sala – e sabemos que isso é inviável.
Porém, ao adotar diversas práticas para transmitir um mesmo assunto, automaticamente cada estudante vai aproveitar melhor uma dessas etapas, de acordo com o seu modo de aprender.


Pense que, no exemplo da sala de aula invertida citado acima, os discentes que aprendem melhor lendo, escrevendo e fazendo exercícios vão se beneficiar da etapa feita em casa. Ao chegar na escola, já estarão, portanto, mais preparados para colocar a mão na massa.


Por outro lado, aqueles que não têm um bom desempenho de aprendizagem quando o conteúdo é transmitido por meio da leitura ou mesmo elementos visuais podem ter uma clareza maior do que foi estudado quando o professor inicia um debate sobre o assunto.


Nesse caso, a troca de ideias entre os colegas pode ser o que faltava para o conhecimento se consolidar para esse indivíduo.


Personalizar o ensino, então, mais do que criar um plano individual, é o ato de criar um único plano que contemple diversos métodos e práticas em diferentes momentos para que todos da turma possam ter etapas da jornada de aprendizado que vão ao encontro de sua própria maneira de absorver o conhecimento.

Descubra as soluções da Opet INspira para a personalização do ensino
A plataforma educacional digital Opet INspira, da Editora Opet, oferece um arsenal de ferramentas para que os educadores desenvolvam um plano de ensino rico e personalizado. A seguir, estão alguns dos recursos para os educadores usarem nesse sentido.

• Acervo de conteúdos para aulas presenciais, remotas e híbridas.
• Objetos educacionais digitais que possibilitam a apresentação do conteúdo em diversos formatos, como vídeos, áudios, apresentações, quizzes, banco de imagens e histórias infantis.
• Ferramentas de acessibilidade para garantir um ensino ainda mais personalizado, dentre elas teclas de navegação, leitor de página, tamanho do texto e do cursor, espaçamento de texto e contraste.

Para que o professor consiga disponibilizar as aulas em diferentes formatos, a plataforma oferece ferramentas como:
• sequências didáticas;
• trilhas de aprendizagem;
• roteiros de estudos.

A Opet INspira é uma plataforma completa em recursos e tecnologias educacionais que está em constante atualização para garantir ao docente tudo o que ele precisa para a aplicação de um ensino personalizado e inclusivo em todas as etapas da educação básica.


Na plataforma, você encontra essas e várias outras ferramentas que serão suas grandes aliadas nesse processo. Então, que tal começar a usá-la no dia a dia escolar?