O professor curador e o sucesso na escolha de recursos educacionais digitais

Você sabia que, na origem, a palavra “curadoria” significava “olhar com cuidado” ou “zelar”? Pois é: em Roma, o curator – curador – era o responsável por cuidar de um patrimônio ou de alguém. Em tempos recentes, ela passou a indicar a seleção dos trabalhos de um artista, feita por um especialista, para oferecer uma experiência impactante e interessante ao público.

Na medida em que o professor é responsável pela mediação entre o estudante e o mundo, ele também é um curador. Uma missão que, a cada dia, se torna mais complexa. Isso porque, com a revolução digital, a quantidade de informações e recursos disponíveis para a educação se tornou praticamente infinita. Uma fonte extraordinária, mas que só se converte em ganho para a educação quando acessada a partir de critérios – isto mesmo, de curadoria!

🙌 Quem é o curador?

Matheus Alves de Paula é licenciado em Ciências Biológicas e doutorando em Educação pela PUCPR. Na Editora Opet, atua como assessor pedagógico e desenvolve um trabalho consistente em relação à curadoria de conteúdos impressos e digitais em educação, com foco nos planejamentos e na utilização efetiva destes recursos pelos professores parceiros.

Ele observa que, antes de olhar para o “oceano de informações” da internet e para a curadoria, é interessante perceber os professores a partir de certos recortes, sem generalizações.

“Nas nossas formações pedagógicas, percebemos que há interesse e esforço de integrar os recursos digitais às aulas. Os professores querem acessar esses recursos e percebem que isto é o esperado pelos estudantes, que são nativos digitais. Mas, que professores são esses?”.

Em termos sistemáticos, as perguntas são:

  • Com que nível de ensino eles trabalham?
  • Com que infraestrutura contam?
  • Qual seu grau de formação e sua familiaridade com os meios digitais? 

Cada professor busca recursos de acordo com a idade e interesses do seu público. Os do Ensino Médio, por exemplo, geralmente acham mais fácil incorporar tecnologia, já que os estudantes dessa faixa etária costumam estar mais ligados no digital”, observa Matheus.

“Mas, quando você olha para a Educação Infantil, a história muda porque há a questão da idade das crianças. Elas estão cada vez mais em contato com as telas e com o digital, e precisamos pensar, primeiro, em desenvolver suas habilidades analógicas. Já os professores do Ensino Fundamental têm um leque mais amplo de tecnologias que podem usar, levando em conta tanto a facilidade de uso quanto os objetivos educacionais por trás da escolha de cada ferramenta.”

👩🏻‍💻 Desafios e como enfrentá-los

Em relação às limitações – e aqui, a observação vale para professores e gestores responsáveis pelas formações –, é preciso observar a realidade desses docentes. “Em minha jornada como assessor pedagógico, percebo que o desafio está nas formações inicial e continuada desses professores. A formação continuada, aliás, é algo com que trabalhamos diretamente em nosso trabalho na Editora Opet”, explica Matheus.

No caso da formação inicial, analisa, de modo geral as graduações precisam ampliar suas práticas para o uso das tecnologias digitais em sala de aula. Uma situação que, em termos estruturais, poderia ser reduzido pelo fortalecimento dos currículos.

E que, em temos individuais, pode ser minorada a partir de especializações ou cursos de curta duração. E, também, nas formações pedagógicas realizadas na parceria com o sistema de ensino – algo que a Editora Opet oferece.

👩🏻‍🏫 O professor curador

Na medida em que, na educação, a curadoria antecede o universo digital – “o professor sempre foi um curador”, reforça Matheus –, é importante que os docentes a encarem como um processo associado ao planejamento e à intencionalidade, que são componentes centrais da docência.

Todo professor precisa planejar sua prática, além de observar as habilidades e competências a serem desenvolvidas pelos estudantes, e pensar nos objetivos da aula. E, como estratégia, começar pelo material didático, expandindo para os recursos analógicos e digitais. A escolha criteriosa das ferramentas para ajudar os estudantes a crescerem, dentro e fora da sala de aula é, efetivamente, a curadoria.”

📏 O que vem primeiro, planejamento ou curadoria?

Tecnicamente, o planejamento viria primeiro. Mas, não é o que muitas vezes acontece na prática – quando, por exemplo, o professor se depara com um recurso fantástico que “sabe” que vai utilizar na próxima aula. “O importante é observar se o recurso é acessível para o estudante, e se o professor possui habilidade para utilizá-lo e as condições necessárias para aplicá-lo em sala.”

Além disso, o essencial é a intencionalidade, a clareza de objetivos em relação às ferramentas ou recursos digitais. “Usar um monte de ferramentas legais em situações que não se conectam estraga o planejamento e, pior, pode matar o interesse dos estudantes naquilo que se quer destacar. Sem planejamento e intencionalidade pedagógica, ou o recurso será mal explorado, ou não fará sentido para o estudante.” 

🚀 Por onde começar a curadoria?

Pelo planejamento, sempre. Matheus dá duas dicas preciosas para uma boa curadoria:

  • O recurso, digital ou não, deve substituir uma atividade tradicional. E o estudante precisa ser protagonista na utilização desse recurso. Ao planejar, é preciso ter em mente que é o aluno que vai usar aquilo para construir seu conhecimento, e não ficar só assistindo passivamente. 
  • O uso do recurso deve ser planejado. Pode ser no começo, no meio ou no fim da aula, ou até misturando esses momentos. Cada recurso precisar de um tempo específico durante a aula – e planejar isto é essencial.

🧑🏽‍💻 E a curadoria dos estudantes?

Esta é uma grande “sacada”: o professor curador trocar informações com os estudantes, que possuem conhecimentos importantes sobre as tecnologias e recursos digitais. “Eles estão sempre explorando e consumindo informações. Então, quando um estudante consegue relacionar a minha fala com alguma situação cotidiana, trazendo isso para sala de aula, seja na forma de exemplo, como sugestão, é preciso escutar e valorizar essa contribuição.”

Nesses momentos, o estudante vira um co-curador do aprendizado, junto com o professor – uma parceria preciosa, que também tem a ver com protagonismo.

📲 A curadoria e a plataforma Educacional Opet INspira

Na plataforma educacional digital Opet INspira, os professores encontram milhares de objetos, de arquivos em áudio a simuladores, que podem ser objeto de curadoria. Eles estão integrados aos materiais didáticos impressos, o que facilita muito processo, e são abordados nas formações pedagógicas.

“Uma das nossas intenções, nas formações, é mostrar que a plataforma é como uma grande biblioteca, pensada para enriquecer a prática pedagógica”, reforça Matheus. “Professores de Inglês, por exemplo, adoram a plataforma por conta dos áudios e vídeos que podem utilizar com os estudantes. E as professoras da Educação Infantil ficam encantadas com as narrações de histórias disponíveis.”

🧩 Para ir além

Matheus sugere alguns objetos e recursos que podem ser objeto da curadoria pelos professores:

  • Spotify – aplicativo para podcasts e músicas
  • Flippity.net – para criação de scape room (site);
  • Netflix – documentários e filmes (plataforma);
  • Pinterest – para modelos de atividades (pesquisar em inglês e traduzir é uma excelente opção – site);
  • Autodesk instructables – para atividades práticas, invenções, experimentos (site);
  • Sketchfab – para objetos 3D (site);
  • Youtube – para vídeos de curta duração (site);
  • Teachers pay teachers – para atividades lúdicas, com bastante mão na massa, com recursos gratuitos e pagos (site);
  • Wikimedia Commons – para imagens livres de direitos autorais, com creative commons (site);
  • Youtube Audio Library – para áudios (site)
  • Mentimeter – permite a criação de slides interativos com perguntas de variados tipos (nuvem de palavras, questões abertas, pesquisas, enquetes);
  • World Wall – para criação de jogos (site)
  • ChatGPT – mecanismo de inteligência artificial que permite ao professor realizar a curadoria e adaptação de práticas para suas aulas.

Redes sociais também são uma boa opção para o professor realizar curadoria de conteúdos e outros perfis de professores para compartilharem práticas e materiais que poderão ser adaptados às suas salas de aula.

  • Instagram – diversos professores compartilham práticas e relatos de experiências (app);
  • Tiktok – para vídeos curtos e divulgação científica (não só ciências – app)
  • Twitter (X) – para informações e resumos de conteúdos, quando consultados os profissionais das áreas (app)

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Diversão e conhecimento: a era do streaming gratuito para professores e estudantes!

Redes sociais e educação: uma parceria possível?

Facebook, Tik-Tok, Instagram, Whatsapp, Youtube… até recentemente, estes nomes não significavam nada. Hoje, estão na boca de 5 bilhões de pessoas – 62,3% da população mundial (We Are Social, 2023). No ano em que o Facebook completa 20 anos, as redes sociais digitais afetam e fascinam porque somos seres sociais: amamos nos comunicar, ver, curtir, compartilhar, conhecer coisas e nos distrair.

As décadas do Facebook também apontam para gerações que frequentaram e frequentam a escola com os smartphones e as redes sociais ali, pertinho. O que gera questões:

👉 Afinal, as redes sociais ajudam ou atrapalham a educação?

👉 Seu potencial de construção do conhecimento é maior ou menor que sua capacidade de distrair e dispersar os estudantes?

Para redes de ensino do Brasil e de países como França, Itália, Finlândia, Países Baixos e Estados Unidos, o uso dos celulares e de redes sociais é prejudicial nos contextos escolares e, portanto, está proibido ou limitado. Outras redes e outros países, porém, não colocam restrições ou não definiram uma regra.

Afinal, que orientação seguir?

“A resposta pede cautela dos educadores e da sociedade. Ela passa por assumir critérios e pela intencionalidade pedagógica”, observa Cliciane Élen Augusto, gerente pedagógica da Editora Opet e educadora Google Nível 2.

Os critérios são os preceituados por leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente. “O ECA oferece um arcabouço fundamental de proteção que também vale para o contexto digital. Afinal, acessar uma rede é acessar um mundo de possibilidades – imagens, áudios, textos e, inclusive, coisas perigosas”, observa Cliciane.

É importante que familiares e professores tenham em mente que o acesso deve estar disponível a partir de uma certa idade, e que esta disponibilidade não gera autonomia total. “O uso deve ser autorizado com critérios, normas e restrições. Com a supervisão de um adulto responsável e o consentimento da família”, destaca Cliciane. Em relação às redes sociais, Cliciane observa que elas não são indicadas para crianças, que não têm noção do impacto deste recurso em suas vidas.

Mas, e os usos puramente educacionais?

As redes sociais podem ser um recurso educacional valioso. Para isso, pedem do professor o respeito aos critérios já referidos e a intencionalidade pedagógica. O que ele quer construir e como vai engajar seus estudantes a partir do meio digital? Nada impede, por exemplo, que os temas tratados envolvam, também, conteúdos de educação midiática, que auxiliem o estudante a transitar pelas redes sociais com ética e segurança.

“No entanto, é interessante observar que há uma evolução muito grande das ferramentas tecnológicas para a educação. Que, por sua qualidade, desviam o foco de interesse das redes sociais no contexto da sala de aula. Enfim, há recursos educacionais digitais muito bons, que podem engajar e encantar tanto quanto as redes sociais, sem os problemas e os riscos associados às próprias redes”, conclui Cliciane.

Diversão e conhecimento: a era do streaming gratuito para professores e estudantes!

Com conteúdos de alta qualidade, streamings gratuitos se convertem em uma excelente opção para professores e estudantes interessados em ampliar conhecimentos… com muita diversão!

Streamings gratuitos são uma opção acessível decultura e conhecimento para professores e estudantes.

O mundo vive a “Era do Streaming”: são muitas as plataformas de filmes e minisséries, que oferecem boas opções de lazer e de conhecimento.

Pensando em você, professor, selecionamos quatro plataformas de streaming especiais, com conteúdos gratuitos e de alta qualidade.

Nelas, é possível assistir filmes premiados, documentários e shows, acompanhar cursos e até adentrar bibliotecas. E o melhor: com um olhar diferente do olhar encontrado nos streamings regulares. O que garante diversidade, conhecimento e até olhares outros, de outras regiões do planeta.

Para acessar, conhecer, assistir e fazer curadoria para aulas incríveis!

1. Itaú Cultural Play

Desenvolvida pelo Itaú Cultural, a plataforma Itaú Cultural Play oferece produções audiovisuais brasileiras – séries, filmes, programas de tevê – cuidadosamente selecionadas, além das programações de festivais e de instituições parceiras na área da cultura. Para se cadastrar, é preciso ter mais de 18 anos.

2. SESC Digital

Serviço de streaming oferecido pelo SESC São Paulo desde 1996, disponibiliza centenas de produções culturais nos formatos de áudio, vídeo, imagem, documentos, coleções e álbuns em 16 categorias (como “Filmes”, “EAD”, “Literatura” etc.). O acesso é direto e não requer inscrição – basta entrar na plataforma e acessar os conteúdos.

https://sesc.digital/home

3. Arte TV

Construída por instituições culturais europeias e financiada pela própria Comunidade Europeia, a plataforma Arte.tv oferece documentários (pouco mais da metade do menu), filmes, programas jornalísticos e de música, além de espetáculos ao vivo. Os conteúdos são apresentados ou legendados em espanhol – o que estimula a prática do idioma -, com opções em inglês, francês, italiano e polonês.

https://www.arte.tv/es/

4. Retina Latina

A plataforma “Retina Latina” reúne as contribuições das agências públicas de fomento audiovisual do México, Colômbia, Uruguai, Peru, Bolívia e Equador. São curtas e longas metragens de vários gêneros, muitos deles premiados em festivais de cinema e vídeo, em espanhol. O ingresso requer uma inscrição simplificada.

http://www.retinalatina.org

inDICA Opet: redes de ensino iniciam o segundo ciclo de aplicações da avaliação

Segunda rodada de aplicações permite gerar série histórica de resultados da avaliação

Em muitos municípios e redes de ensino parceiras do Programa InDICA de Gestão da Educação, 2024 será estratégico em relação à avaliação de suas ações educacionais. Neste ano, eles farão o segundo ciclo de aplicação das provas da avaliação do InDICA, que envolve estudantes do 01º ao 09º ano nos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática.

1️⃣+1️⃣=💡 Mas, por que é importante?

“A segunda rodada ou ciclo de aplicações do InDICA permitirá gerar uma série histórica de resultados da avaliação. O cumulativo dos resultados desses dois anos, disponibilizados por meio de gráficos e relatórios de análise, demonstrará a evolução da aprendizagem”, explica Silneia Chiquetto, coordenadora do programa.

“Comparando esses resultados, os gestores poderão saber em detalhes se os planos de intervenção para recompor a aprendizagem estão tendo sucesso – e também poderão aprimorá-los , recalculando as rotas.”

📏+📊=👍 Intervenção e recomposição

Os planos de intervenção, destaca Silneia, são essenciais para recompor a aprendizagem, que foi duramente afetada durante a pandemia, com reflexos sensíveis ainda hoje.

“A recomposição da aprendizagem começa pelos planos de intervenção, e estes planos são construídos a partir dos dados de avaliação”, observa.

🔎📰📰🔍 As avaliações do segundo ciclo de aplicação são iguais às do primeiro ciclo?

Não… e sim! Não são iguais porque as provas são majoritariamente construídas com questões diferentes, conservando algumas questões-âncora que garantirão a escala de proficiência para a realização do comparativo. E são iguais, por assim dizer, porque seguem a mesma matriz de referência, ou seja, o mesmo conjunto de habilidades estruturantes próprias de cada etapa escolar.

“As habilidades estruturantes derivaram de um grande estudo que indicou o aprendizado essencial dos estudantes em cada ano escolar. São as habilidades que não podem faltar quando falamos em sucesso da aprendizagem”, explica a coordenadora do InDICA.

📈 Evolução permanente

As avaliações do programa, vale observar, também são aprimoradas ano a ano com base nos conhecimentos e no refinamento das ferramentas de avaliação e leitura dos dados (no caso, o chamado “Código R”, que faz as correções com base na Teoria da Resposta ao Item – TRI).

“Ao final do ano, todos esses dados permitirão aos gestores das redes municipais e escolas privadas parceiras desenhar ainda melhor seus planos de intervenção e de fortalecimento da educação nos próximos anos”, reforça Silneia.

✌️+✌️=👍 Dois ou quatro resultados?

Boa parte dos parceiros que aderiram ao InDICA no ano passado realizou duas etapas da avaliação diagnóstica. Ou seja, seus estudantes realizaram duas provas de cada componente em momentos distintos do ano – no primeiro e no segundo semestre. Como o segundo momento anual de aplicação, em 2024, também prevê duas provas, isto significa que o gráfico com os resultados será ainda mais rico, permitindo uma leitura mais precisa da evolução da aprendizagem.

🎯 A importância das avaliações

As avaliações ocupam um lugar especial na legislação educacional brasileira. Em seu formato somativo, para demonstrar dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes, elas são inDICAdas como parte da organização da educação pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB em seu artigo 24, V, a.

Em seu formato diagnóstico, para detectar o nível e a qualidade da aprendizagem, elas voltaram a ser colocadas em evidência por conta dos efeitos da pandemia sobre a educação: em agosto de 2022, o Conselho Nacional de Educação publicou uma Resolução (Nº 02/2021) instituindo as Diretrizes Nacionais Orientadoras para a Implementação de Medidas no Retorno à Presencialidade das Atividades de Ensino e Aprendizagem e para a Regularização do Calendário Escolar.

O Programa InDICA

Criado pela Editora Opet com base em sua experiência de mais de 30 anos na área educacional, o Programa InDICA de Gestão da Educação é aplicado por redes públicas e privadas de ensino de todo o país – suas provas já chegaram a 200 mil estudantes, e a tendência é de crescimento.
Um recurso fundamental para a educação.

CLIQUE AQUI E SAIBA MAIS!

O mapa dos temas: dicas para o sucesso na redação do Enem

Neste domingo, dia 05 de novembro, 3,93 milhões de brasileiros participam do primeiro dia de provas do Enem 2023. Dia de “arrancada” da mais importante avaliação educacional do país, que começa com um dos elementos mais temidos pelos estudantes: a redação! Com tantas coisas acontecendo no Brasil e no mundo, o que esperar em relação ao tema de 2023? Como estar pronto, enfim, para “cravar” uma redação de mil pontos?

Uma tradição de bons temas

Desde sua primeira edição, em 1998, o Enem desafia os candidatos com temas instigantes, ligados às questões da sociedade brasileira em um contexto nacional e global. Nossos problemas, problemas do mundo. Como toda boa avaliação, eles exigem dos candidatos capacidade analítica e argumentativa e, também, uma visão ampla de mundo.

E tem mais: os temas típicos da redação do Enem vão além da própria redação. É que eles também podem aparecer, de forma transversal, nas questões das quatro áreas do conhecimento cobradas na avaliação: Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.

Então, é preciso ficar antenado e, na medida do possível, antecipar-se em relação ao que pode ser pedido – e é exatamente isto que vamos fazer agora.

O futuro… no passado

A preparação do Enem, como você sabe, é cercada de cuidados para impedir vazamentos de provas e fraudes. Assim, não é possível saber, por antecipação, qual será o tema da redação da avaliação deste ano. Podemos, porém, fazer uma investigação e chegar ao universo temático de que, muito provavelmente, sairá a redação de 2023. Para isso, vamos apelar à inteligência, à pesquisa e – por que não? – a uma “arqueologia” do próprio Enem.

Todos os temas até hoje

Começamos olhando para o passado, para os 24 temas de redação propostos até hoje pela organização do Enem. Vamos conhecê-los ano a ano:

1998 – “Viver e aprender.”

1999 – “Cidadania e participação social.”

2000 – “Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional”.

2001 – “Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?”

2002 – “O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?”

2003 – “A violência na sociedade Brasileira: como mudar as regras desse jogo.”

2004 – “Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação.”

2005 – “O trabalho infantil na sociedade Brasileira.”

2006 – “O poder de transformação da leitura.”

2007 – “O desafio de se conviver com as diferenças.”

2008 – “Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar.”

2009 – “O indivíduo frente à ética nacional.”

2010 – “O trabalho na construção da dignidade humana.”

2011 – “Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado.”

2012 – “Movimento Imigratório para o Brasil no século XXI.”

2013 – “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil.”

2014 – “Publicidade infantil em questão no Brasil.”

2015 – “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira.”

2016 (1ª aplicação) – “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.”

2016 (2ª aplicação) – “Caminhos para combater o racismo no Brasil.”

2017 – “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.”

2018 – “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet.”

2019 – “Democratização do acesso ao cinema no Brasil.”

2020 – “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.”

2021 – “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil.”

2022 (1ª aplicação) – “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”

2022 (reaplicação) – “Medidas para o enfrentamento da recorrência da insegurança alimentar no Brasil”.

Você encontra as redações de todas as edições do Enem, com seus textos motivadores (textos, charges e imagens usados para contextualizar os temas) no portal do Inep – CLIQUE AQUI.

Para acessar as redações, vá ao ano que você deseja investigar e clique na prova do primeiro dia. A redação aparece logo após a questão 45.

Cidadania: um tema-chave

A despeito de a quantidade de temas ser grande (são 27 redações em 25 anos de Enem), podemos observar que eles giram ao redor de um grande tema norteador: a cidadania. Além disso, grande parte dos temas cita textualmente o Brasil, ou seja, os problemas relacionados à cidadania são examinados a partir do Brasil, o que, aliás, é lógico, na medida em que os candidatos são, em sua esmagadora maioria, brasileiros.

Assim, é importante, por princípio, ficar muito atento a todos os temas relacionados à cidadania no Brasil e no mundo atual. Mas, quais são eles? Vamos trabalhar por partes, focando o passado do próprio Enem e as questões atuais.

Os temas que o Enem já pediu

Analisando o que foi pedido nas edições anteriores do exame, podemos “recortar” um pouco mais esse universo temático. Chegamos, então, aos seguintes temas, com algumas de suas especializações:

. Cultura (cinema, artes plásticas, tevê).

. Cultura digital (ética, produção e consumo de informações, ética, liberdade, fake news.

. Direitos (do consumidor, ao registro civil, ao trabalho, à alimentação e à saúde).

. Educação (educação digital, ensino híbrido, recuperação no pós-pandemia).

. Gênero (igualdade, desigualdades, violência contra a mulher).

. Inclusão (social, racial, religiosa, de pessoas com deficiências, cotas).

. Infância e adolescência (direitos, desafios).

. Meio ambiente (Amazônia e outros biomas, água, oceanos, extinção, manejo e conservação).

. Política (voto, participação popular, ética, corrupção, democracia).

. Racismo.

. Religiões e liberdade religiosa.

. Saúde pública (vacinas, epidemias, doenças emergentes, saúde mental, SUS).

. Segurança pública (violência, liberação/restrição das armas).

. Trabalho (desemprego, trabalho e novas tecnologias).

Os temas do Brasil e do mundo em 2023

Com esse menu em mãos, podemos compará-lo com osstrong grandes temas do Brasil e do mundo no ano de 2023. Antes, porém, vale ressaltar a qualidade do time de planejadores das provas do Enem: a maioria dos temas das redações anteriores poderia ser replicada na edição deste ano sem qualquer problema!

Mesmo assim, é possível sugerir alguns temas que, em nossa avaliação, podem ser a “bola da vez” na redação deste ano.

Em um tempo de conflitos armados que se acentuam – como a guerra da Ucrânia, o enfrentamento Israel-Hamas na Faixa de Gaza e guerras civis na África –, é preciso ficar atento à questão da paz mundial e de como o Brasil se posiciona em relação ao tema.

Na mesma linha, vale a pena prestar atenção à temática das diferenças religiosas (e de suas contrapartes, a tolerância e o diálogo) que também alimentam os atuais conflitos. Outros temas, como a corrida armamentista, o poder nuclear e até mesmo as questões ambientais e econômicas ligadas às guerras merecem ser vistas.

Neste ano, o Brasil e o mundo vivem uma intensificação de fenômenos climáticos extremos, como secas, enchentes, nevascas, tornados, aquecimento dos oceanos e degelo em áreas tradicionalmente geladas do planeta. A questão ambiental se desdobra em outros temas, como a agricultura e suas práticas, os cuidados com a água, a preservação e a extinção de espécies, a poluição, as energias e os oceanos. Essas questões podem, perfeitamente, constituir o tema da redação de 2023 do Enem. Assim, a elas!

No campo dos direitos civis, são “quentes” temas como os associados à violência e à proteção à mulher, às liberdades individuais, à igualdade/desigualdade entre homens e mulheres, à liberdade de credo e diversidade religiosa, o direito à educação e a proteção da infância e da adolescência. No campo da política, é possível pensar, por exemplo, em termos de representatividade de homens e mulheres, em sistemas e ideologias políticas, na tripartição e em conflitos entre os poderes.

E onde se informar?

Informar-se sobre todos esses temas poderia ser uma tarefa gigantesca. Afinal, são muitos assuntos. Além disso, por seu teor, eles merecem uma análise mais aprofundada, mais informações. A vantagem é que contamos com uma imprensa forte, que oferece informações e análises abalizadas e diferentes pontos de vista.

O caminho, assim, passa por uma leitura diária das notícias – para isso, busque várias fontes confiáveis, que tenham, inclusive, visões de mundo próprias. Reserve meia hora por dia para visitar esses sites, focando nas manchetes, nos textos e, também, nas análises. E não deixe de acompanhar as editorias de Política, Meio Ambiente, Política Internacional, Sociedade, Ciência e Tecnologia.

Também é possível encontrar informações e análises de qualidade em rádios noticiosas, livros, podcasts, quadrinhos e documentários – só fique atento à qualidade desses materiais. Nada de estudar por fake news, hein! Trazemos algumas sugestões de fontes (em ordem alfabética):

Agências oficiais de notícias:

Agência Brasil

Agência de Notícias do Senado Federal

Portal da Câmara dos Deputados

Atualidades/Brasil/Mundo/Cultura/Ciência:

Band News 

BBC Brasil

Deutsche Welle

Estadão

Folha de S. Paulo 

G1/Globo

R7 (Record)

Rádio CBN 

Ciência e Tecnologia:

Agência Fapesp

Agência Fiocruz

Jornal da USP

Economia:

Agência de Notícias da Indústria

Info Money

História:

Café História 

Revista de História da Biblioteca Nacional

Meio Ambiente:

Ambiente Brasil 

Blog “Mar sem Fim”

Dica de ouro: os textos motivadores

Use todos esses materiais para construir seus próprios “textos motivadores”, semelhantes aos usados na prova do Enem. Como? Pegue um tema: desmatamento na Amazônia, por exemplo. Depois, vá aos portais de notícias e “recorte” três notícias ou análises do problema.

A partir da sua leitura e dos argumentos utilizados, discorra sobre um tema como este: “‘Redescobrir’ a Amazônia: caminhos para a transformação da maior floresta tropical do planeta em um ambiente de sustentabilidade a ganhos socioambientais.” E treine: pesquise, leia e escreva – ainda dá tempo para fazer a diferença!

Começa a divulgação dos prêmios Nobel de 2023

A semana foi de divulgação dos premiados com o Prêmio Nobel de 2023.

Na segunda-feira (02), foram divulgados os nomes dos vencedores do Nobel de Medicina: Katalin Karikó, da Hungria, e Drew Weissman, dos Estados Unidos. Eles foram os responsáveis pela tecnologia do “RNA mensageiro” (mRNA), utilizada para o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19.

Katalin Karikó e Drew Weissman

Na terça-feira (03), foram divulgados os vencedores do Nobel de Física: Anne L’Huillier, da França, Ferenc Krausz, da Hungria, e Pierre Agostini, da França. Eles foram premiados por suas pesquisas sobre os chamados “atossegundos”, transformações de curtíssima duração experimentadas pelos elétrons.

Anne Huillier, Ferenc Krausz e Pierre Agostini

Moungi Bawendi

Na quarta-feira (04) foi a vez do Nobel de Química. Foram laureados Moungi Bawendi, da França, Alexey Ekimov, da Rússia, e Louis Brus, dos Estados Unidos, pela descoberta e desenvolvimento dos chamados “pontos quânticos” – nanopartículas associadas às tecnologias das lâmpadas LED, das smart-tvs e de cirurgias oncológicas guiadas.

Jon Fosse

Na quinta-feira (05), foi divulgado o Nobel de Literatura. O premiado foi o escritor norueguês Jon Fosse, autor de romances, poesias, contos, ensaios, literatura infantil e teatro (com mais de quarenta peças encenadas em cinquenta idiomas), e tradutor de literatura estrangeira para o norueguês. Confira as obras de Jon Fosse traduzidas para o português.

Narges Mohammadi

E, hoje, sexta-feira (06), foi divulgado o Nobel da Paz. A vencedora foi a ativista iraniana Narges Mohammadi, que luta pela liberdade e contra a opressão das mulheres no Irã. Engenheira e mãe, há duas décadas ela é uma das principais defensoras dos direitos das mulheres em seu país, lutando também contra a pena de morte. Atualmente, ela está presa por suas posições, que são consideradas contrárias ao regime.

A sexta e última categoria do Nobel a ser divulgada, a de Ciências Econômicas, terá o nome de seu vencedor ou os nomes dos vencedores divulgado na próxima segunda-feira (09). Essa categoria foi a última a ser criada, e premia economistas e pesquisadores associados desde 1968.

O prêmio… do Prêmio

Os laureados em cada categoria recebem um diploma, uma medalha de ouro de 18 quilates e 8 milhões de coroas suecas – cerca de US$ 800 mil. O maior ganho, porém, é de reconhecimento institucional: desde sua criação, em 1895, apenas 959 pessoas e 27 organizações receberam o prêmio.

Os vencedores do Prêmio Nobel também são grandes inspiradores de estudantes em todo o mundo, e também do ensino de Ciências e de Literatura.

Vencedores duplos ou triplos

Dentre os vencedores, há cinco pessoas que ganharam o prêmio duas vezes – são eles a polonesa Marie Curie (em 1903 e 1911 – abaixo, o diploma de 1903), os estadunidenses Linus Pauling (1954 e 1962), John Bardeen (1956 e 1972) e Barry Sharpless (2001 e 2022), e o britânico Frederick Sanger (1958 e 1980). Dentre as instituições vencedoras, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha venceu três vezes, em 1917, 1944 e 1963, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) venceu duas vezes, em 1954 e 1981.

Em relação à distribuição do Nobel por gênero, até hoje 62 mulheres receberam o prêmio – Marie Curie recebeu duas vezes. Ao todo, 901 homens foram laureados com o Nobel (quatro deles duas vezes, como vimos acima).

Mas, o que é o Prêmio Nobel?

O prêmio nasceu em 1895 como último desejo do cientista sueco Alfred Nobel. É promovido por instituições da Suécia e da Noruega, e distribui prêmios em seis categorias: Física, Química e Ciências Econômicas (pela Academia Real das Ciências da Suécia), Fisiologia/Medicina (pelo Instituto Karolinska, principal universidade pública da Suécia), Literatura (pela Academia Sueca) e Paz (pelo Comitê Norueguês do Nobel).

Quer saber mais sobre o Nobel?

Então, acesse o site oficial do Prêmio (em inglês). Nele, há uma área para educadores com muitas informações e jogos educacionais digitais associados a pesquisas vencedoras. Vale a pena conhecer!

Do micro ao macro: uma jornada com os Recursos Educacionais Digitais (RED) Opet INspira!

Você certamente já ouviu falar a respeito de “objetos educacionais”. O nome, aliás, conta quase tudo sobre o que eles são: objetos usados em educação, de modo intencionado, para ensinar e aprender.

Como um globo terrestre utilizado para falar sobre a localização dos oceanos, uma amostra examinada em um microscópio ou um vídeo educacional.

A ideia de objetos educacionais é totalmente lógica: ao ver, perceber, tocar, sentir, ouvir, cheirar, interpretar, descrever e manejar um objeto, o aprendiz se aproxima do tema e coloca os sentidos a serviço da interpretação e do aprendizado.

Essa ideia, aliás, também é bem antiga: há 2.500 anos, por exemplo, Platão escreveu um texto em que elogiava o uso de objetos na educação de meninos no antigo Egito!

Objetos digitais

Nas últimas quatro décadas, com a aceleração da tecnologia digital, a oferta de objetos de aprendizagem cresceu enormemente.

Aplicativos, simuladores, jogos educativos, podcasts, quizzes e animações são apenas alguns deles.

A plataforma educacional digital Opet INspira é um grande repositório de objetos educacionais digitais, originais e integrados ao sistema de ensino Opet. Especialmente criados, enfim, para aulas dinâmicas, intencionadas e de alto poder de aprendizagem.

Do micro ao macro: os RED Tabela Periódica Interativa e Sistema Solar

Nesta reportagem, vamos destacar dois desses objetos educacionais: os Recursos Educacionais Digitais (RED) Tabela Periódica Interativa e Sistema Solar. Eles são incríveis!

Para acessá-los, é necessário possuir um login e uma senha de usuário da plataforma. E eles estão lá, a um clique de distância, no menu principal!

No começo, o átomo… e a aprendizagem!

Desenvolvida por especialistas no ensino de Química e pelos profissionais de Tecnologia Educacional (TE) e Editorial da Editora Opet, a Tabela Periódica Interativa Opet INspira dá acesso a alguns dos temas mais instigantes da Química via desktop, tablet e smartphone. E conta, ainda, com recursos de acessibilidade: o menu Acessibilidade e o Hand Talk.

De forma lúdica, atraente e intuitiva, a Tabela Periódica incorpora, organiza e inter-relaciona uma série de recursos digitais – podcasts, textos, vídeos explicativos e animações – que fornecem dados, propõem perguntas e estimulam a investigação. Esses recursos são integrados à proposta pedagógica Opet e permitem ao estudante e ao professor explorar cada um dos 118 elementos químicos – e ir além.

Ao acessar o recurso, o usuário verá a tabela periódica e, à esquerda, um menu com acesso a podcasts sobres os grupos químicos (Hidrogênio, Metais Alcalinos, Metais Alcalinoterrosos, Metais de Transição, Grupo Boro, Grupo Carbono, Grupo Nitrogênio, Caldogênios, Halogênios, Gases Nobres, Lantanídeos e Actinídeos) e sobre a classificação química. Também no menu, ele encontrará uma série de vídeos curtos com foco em curiosidades associadas aos elementos químicos.

E, ao direcionar o cursor e clicar sobre o elemento químico, o usuário terá acesso a uma série de informações, a começar por uma representação gráfica, em animação, do conjunto núcleo-eletrosfera, acompanhada da ficha técnica (com classificação, número atômico, símbolo, peso atômico etc.). Além disso, cada elemento traz textos com a descrição do elemento, aplicações e curiosidades e uma bibliografia que permite aos estudantes e aos professores irem além em seus estudos e na preparação das aulas.

E os astros? Um mergulho no Sistema Solar

Química dos átomos e moléculas, química do espaço sideral! Deixamos os núcleos e as eletrosferas para chegar em outro fantástico tema das Ciências: o Sistema Solar, que também foi convertido em RED na plataforma educacional Opet INspira. A ferramenta, vale lembrar, contempla um tema querido por muitos professores e estudantes conveniados Opet – aqueles que, todos os anos, participam com muito sucesso da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, a OBA.

O RED Sistema Solar traz dois níveis de informações que se complementam. O primeiro tem a ver com a visualização do sistema solar a partir de diferentes pontos do espaço. Imagine-se dentro de uma nave espacial situada em uma distância capaz de abarcar o sol e os oito planetas, de Mercúrio a Netuno (lembrando que, desde 2006, Plutão deixou de ser considerado um planeta e passou à condição de “planeta anão”, segundo a União Astronômica Internacional – UAI).

Usando o sistema de navegação, você poderá observar o sistema de diferentes ângulos, no chamado “modo livre”, e perceber as órbitas, as velocidades e os tamanhos; se preferir, pode optar pelo “modo fila”, que coloca os astros alinhados, o que também permite comparações.

O segundo nível de informação pode ser acessado com um clique nos ícones dos astros situados na parte de cima da tela. Ao clicar, o usuário recebe informações básicas e, com mais um clique, entra em uma tela com informações completas, galeria de imagens e os dados mais recentes de pesquisa sobre o astro. Fantástico!

Para tornar a experiência completa…

Apesar de ambos os recursos serem 100% intuitivos – ou seja, o acesso e o uso são muito fáceis -, sempre pode surgir alguma dúvida. Para responder a todas as questões, ambos os recursos contam com tutoriais que podem ser acessados com um clique sobre o ícone do robô situado embaixo e à direita da tela. Fácil, rápido e bem explicado!

Paranaguá: formação pedagógica nas escolas reúne 2.000 professores

A secretaria municipal de Educação de Paranaguá (PR) e a Editora Opet realizaram ao longo das duas últimas semanas a primeira etapa da formação pedagógica inicial do segundo semestre. O trabalho envolveu cerca de 2.000 professores do Ensino Fundamental – dos Anos Iniciais e Finais (na semana passada) e da Educação Infantil (nesta semana).

“Ficamos muito felizes em trabalhar junto com os gestores e os professores de Paranaguá. Nós percebemos, de todo o grupo, um compromisso com o fortalecimento da aprendizagem, com levar mais aos estudantes”, diz a gerente pedagógica da Editora Opet, Cliciane Élen Augusto.

“E isso é algo que se percebe claramente nas formações pedagógicas. O engajamento e o interesse dos participantes são muito grandes. E foi o que vimos ao longo das duas semanas formativas.”

Um trabalho diferenciado

A secretária municipal de Educação de Paranaguá, Tenile Xavier, explica que, neste segundo grande momento formativo do ano, o trabalho está sendo realizado nas escolas, o que permite trabalhar com as especificidades de cada instituição.

“No começo do ano, a formação do primeiro semestre foi unificada, realizada em um único local com todos os professores divididos segundo suas séries. Agora, seguiu para a escolas. O foco é o mesmo, nos usos dos materiais, mas de olho nas características de cada unidade”, observa. “É um momento muito rico para a reflexão de todo professor, em sala de aula, com seu estudante.”

A secretária também reforça a importância do trabalho formativo com as ferramentas educacionais digitais, que entrou em um novo momento. “Essa é uma questão fundamental. A gente vem de um período de pós-pandemia e precisou se adaptar, e é fundamental que os nossos professores tenham essa capacitação, para que as ferramentas digitais sejam um complemento efetivo aos livros impressos. E é muito importante, também, que a construção desse conhecimento seja feita coletivamente, como propõe a formação.”

Uma parceria estratégica

Tenile Xavier destaca o sucesso da parceria com a Editora Opet, que, em 2023, completa dez anos. “Ficamos muito felizes com essa parceria, com tudo o que nos é proporcionado. No recebimento nos materiais e no suporte, no atendimento e na busca, de parte da equipe da Editora, de sanar as dificuldades e as dúvidas dos nossos profissionais de educação. É uma parceria de sucesso.”

Química poderosa! Plataforma Opet INspira ganha Tabela Periódica interativa

A Editora Opet acaba de lançar um recurso educacional digital (RED) fantástico na plataforma educacional INspira: uma Tabela Periódica Interativa com acesso via desktop, tablet ou smartphone, repleta de objetos educacionais originais que facilitam a aprendizagem de Ciências e de Química. Ou melhor: que encantam os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio para a área estratégica e desafiadora de Ciências da Natureza e suas Tecnologias!

A Tabela Periódica, explica Michelly Vieira, analista de tecnologia educacional responsável pelo acompanhamento do projeto, é fruto da dedicação e do conhecimento de especialistas no ensino de Química e dos profissionais dos setores de Tecnologia Educacional (TE) e Editorial da Editora Opet.

Um produto original, planejado e construído com o cuidado e o conhecimento que caracterizam o trabalho Opet, e que também conta com recursos de acessibilidade (Menu Acessibilidade e o Hand Talk).

Além do átomo

De forma lúdica, atraente e intuitiva, a Tabela Periódica incorpora, organiza e inter-relaciona uma série de recursos digitais – podcasts, textos, vídeos explicativos e animações – que fornecem dados, propõem perguntas e estimulam a investigação. Esses recursos são integrados à proposta pedagógica Opet e permitem ao estudante e ao professor explorar cada um dos 118 elementos químicos – e ir além.

“Ao acessar a Tabela, o usuário pode comparar os elementos, conhecer suas propriedades e descobrir como eles estão presentes no dia a dia das pessoas. Por ser interativo, o recurso estimula a aprendizagem por meio da investigação a cada clique”, observa Michelly.

… muita informação!

Para acessar a Tabela Periódica, é preciso ter um login e uma senha da plataforma educacional digital Opet INspira. E chegar ao recurso é muito fácil: basta ingressar, localizá-lo no menu principal, clicar e pronto!

Instantaneamente, o usuário verá a tabela periódica e, à esquerda, um menu com acesso a podcasts sobres os grupos químicos (Hidrogênio, Metais Alcalinos, Metais Alcalinoterrosos, Metais de Transição, Grupo Boro, Grupo Carbono, Grupo Nitrogênio, Caldogênios, Halogênios, Gases Nobres, Lantanídeos e Actinídeos) e sobre a classificação química. Também no menu, ele encontrará uma série de vídeos curtos com foco em curiosidades associadas aos elementos químicos.

De olho na tabela

Focamos, então na própria tabela: ao direcionar o cursor e clicar sobre o elemento químico, o usuário terá acesso a uma série de informações, a começar por uma representação gráfica, em animação, do conjunto núcleo-eletrosfera, acompanhada da ficha técnica (com classificação, número atômico, símbolo, peso atômico etc.).

Além disso, cada elemento traz textos com a descrição do elemento, aplicações e curiosidades e uma bibliografia que permite aos estudantes e aos professores irem além em seus estudos e na preparação das aulas.

“A Tabela Periódica é mais uma ferramenta que oferecemos para ampliar as possibilidades de ensino e aprendizagem. O recurso permite que os usuários identifiquem e respondam questões do cotidiano ao explorarem os diferentes objetos integrados”, sintetiza Michelly.

Sem dificuldades para usar

Em caso de dúvida, os usuários podem acessar o tutorial em vídeo do recurso. Basta clicar sobre o ícone do robô que fica do lado direito, embaixo, na tela da própria Tabela Periódica – não tem erro!

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RED Opet INspira: da eletrosfera… ao sistema solar!

Do micro ao macro: na plataforma educacional Opet INspira, os usuários também se conectam a outro RED superpoderoso: um Sistema Solar interativo que pode ser acessado em tablets, smartphones ou desktops. Para acessar, basta ir ao menu principal da plataforma Opet Inspira e encontrar o ícone “Sistema Solar”. Clicou, está dentro!

A ferramenta é 100% intuitiva e conta com recursos de acessibilidade (Menu Acessibilidade e o Hand Talk). Ela traz dois níveis de informações que se complementam:

. A primeira tem a ver com a visualização do sistema solar a partir de diferentes pontos do espaço. Imagine-se dentro de uma nave espacial situada em uma distância capaz de abarcar o sol e os oito planetas, de Mercúrio a Netuno (lembrando que, desde 2006, Plutão deixou de ser considerado um planeta e passou à condição de “planeta anão”, segundo a União Astronômica Internacional – UAI).

Usando o sistema de navegação, é possível observar o sistema de diferentes ângulos, no chamado “modo livre”, e perceber as órbitas, as velocidades e os tamanhos; se preferir, é possível optar pelo “modo fila”, que coloca os astros alinhados, o que também permite comparações.

. O segundo nível de informação pode ser acessado com um clique nos ícones dos astros situados na parte de cima da tela. Ao clicar, o usuário recebe informações básicas e, com mais um clique, entra em uma tela com informações completas, galeria de imagens e os dados mais recentes de pesquisa sobre o astro.

Então, prontos para viajar pelo Sistema Solar? Vamos lá!

De Chat GPT e outros bots: os desafios da educação em tempos de Inteligência Artificial – 1ª Parte

Rodrigo Wolff Apolloni, especial para Editora Opet

Você clica no ícone do app e, de cara, propõe um desafio ao seu interlocutor: “qual a batalha mais importante da Guerra do Paraguai?”. Quem está no outro lado responde quase que imediatamente: “A Batalha de Tuiuti é geralmente considerada a batalha mais importante da Guerra do Paraguai. Ela ocorreu em 24 de maio de 1866 e…”.

Essa seria apenas uma boa conversa entre amigos – um deles, expert em História –, não fosse por um pequeno detalhe maiúsculo: este “amigo” não existe! Na verdade, ele é o chatbot – um programa que usa inteligência artificial (IA) e linguagem natural para interagir com pessoas – do “Chat GPT”, recurso digital que ganhou a atenção do mundo nas últimas semanas.

O tal “Chat” (termo inglês para “bate-papo”) é uma ferramenta capaz de fazer pesquisas e trazer respostas estruturadas em formato de texto em 16 idiomas, construídas a partir da soma entre Inteligência Artificial (IA) e as informações disponíveis nos bancos de dados da internet. Ou, nas próprias palavras do Chat GPT (nós também perguntamos isso): “uma rede neural de aprendizado profundo que está em constante evolução”. A sigla GPT, aliás, significa “Generative Pre-trained Transformer” ou, em português, “Transformador Gerador (ou Generador) Pré-Treinado”… de informações!

⚠️🤖 Impressionante e assustador

Diante de tamanha inteligência, aonde vamos chegar? E o que dizer da relação entre esse tipo de recurso e a educação? Afinal, vamos saber utilizar essas ferramentas para aprimorar o conhecimento ou, no final das contas, jogar todas as respostas “na conta” da IA em detrimento da nossa própria inteligência? Com a popularização dessa forma de IA, a aprendizagem ganha ou perde? Será preciso impor limites ao uso da ferramenta pelos estudantes? Como gerenciar tamanho poder em prol da educação?

Nesta série especial em dois artigos, vamos buscar respostas a essas perguntas – até mesmo porque essa tecnologia já está chegando às escolas! Na primeira parte, vamos localizar você em relação ao tema. E, na segunda parte, vamos conversar com especialistas sobre o impacto dessa tecnologia na educação.

🔎🖥️ Quando falamos em Chat GPT…

Estamos falando, fundamentalmente, em inteligência artificial amigável, isto é,  aplicada à pesquisa e disponibilizada para usuários comuns como eu e você. Um modelo de linguagem que soma um enorme poder de pesquisa – realizada em bancos de dados disponíveis na internet – com a capacidade de comparar informações, verificar padrões e construir respostas originais.

E o melhor: traduzindo-as em um formato de texto estruturado, coerente e “conversacional”, especialmente construído para entregar a mensagem em um padrão muito semelhante ao que estamos acostumados em nossas conversas com outras pessoas.

E ainda tem mais! Em suas respostas, o Chat GPT se propõe a ir além: ele não só aprende nas interações com o público, como também é capaz de contestar premissas equivocadas nas perguntas (questione, por exemplo, “Por que a Terra é plana?”), de admitir seus próprios erros e até de afirmar quando não dispõe de informações sobre um tema.

Em síntese: sai de cena a conhecida caixa de diálogo de buscadores como Google – com sua cansativa lista de links de resposta – e entra algo muito mais próximo, prático, charmoso… e, é claro, desafiador!

⚠️ O primeiro de muitos?

O Chat GPT, que se tornou muito conhecido nas últimas semanas em todo o mundo, é apenas um entre alguns recursos do tipo que já circulam pelos laboratórios. Lançado oficialmente em 30 de novembro de 2022 e ainda em fase de testes, ele está sendo desenvolvido pelo laboratório OpenIA, que tem a participação ou apoio de pesos pesados dos negócios digitais como Elon Musk (Tesla), Reid Hoffmann (LinkedIn) e Peter Thiel (Paypal), além da Microsoft.

Além do Chat GPT, o OpenIA também trabalha com outros “entregadores” de produtos de IA capazes de mimetizar o olhar e a linguagem humanos, como o DALL-E (lançamento: 2021), que cria imagens a partir de descrições textuais. E, no último dia 08 de fevereiro, o Google anunciou o lançamento, nas próximas semanas, do Bard, sua plataforma de perguntas e respostas em formato “mais humano”.

🧠 Os dilemas que já aparecem

Para quem está em busca de respostas rápidas e inteligíveis, sistemas como o Chat GPT são uma verdadeira maravilha. Você pergunta alguma coisa – pode perguntar até mesmo de uma forma sintética ou imprecisa – e, muito provavelmente, vai receber uma resposta bem escrita e fácil de entender. Em alguns temas, é claro, esses sistemas ainda ficam devendo – caso, por exemplo, de perguntas ligadas a pessoas ou fatos de menor destaque nos bancos de dados da internet -, mas, no geral, eles se saem bem.

Toda essa facilidade, porém, também representa um problema: para que, afinal, pesquisar, cruzar dados e construir uma resposta coerente sobre a principal batalha da Guerra do Paraguai (para usar o exemplo que abre este artigo), se o aplicativo faz tudo isso por mim em questão de segundos?

Uma situação que, é claro, podemos transportar à escola, e que já impacta a legislação educacional: poucos dias após o lançamento do Chat GPT, no dia 5 de janeiro, a prefeitura de Nova Iorque anunciou o banimento da ferramenta em suas escolas públicas, com algumas poucas exceções. A justificativa? Evitar que os estudantes “cortem caminho” e transformem o chatbot em uma máquina de plágios e de não-aprendizagem.

Há, ainda, outras questões, como a associada à falibilidade do sistema: apesar de seu fantástico potencial de acertos e de sua capacidade de informar “vendendo verdades”, plataformas de IA também cometem erros. Como, por exemplo, o que foi testemunhado por milhões de pessoas na demonstração oficial da plataforma Bard, do Google. O sistema “apenas e tão somente” informou um dado equivocado sobre o telescópio James Webb, o que provocou observações indignadas de vários astrônomos – e derrubou as ações do Google na bolsa de valores.

Analistas e usuários também apontam dificuldades em relação à identificação das fontes de pesquisa utilizadas pelas ferramentas. As respostas vêm tão  “redondas”, tão perfeitas, que muitas vezes os usuários sequer se perguntam sobre sua origem – e isto representa um enorme problema. Quem garante, por exemplo, que as fontes são fidedignas? Quem garante que elas não são, de alguma forma, tendenciosas? Essas perguntas ainda estão para ser respondidas pelos criadores dos sistemas.

💡 Vantagens, desvantagens, futuro

Capacidade de pesquisa, ética pessoal, originalidade do conhecimento e criticidade, palavras-chave das observações do tópico anterior, rondam as cabeças dos educadores há séculos. Com a chegada (para ficar) e o aprimoramento do Chat GPT e de outras ferramentas semelhantes, elas ganham um novo – e poderoso – elemento de atenção.

Se, por um lado, esses sistemas oferecem vantagens incontestáveis à educação – no planejamento das aulas e em sessões de estudo, por exemplo -, por outro assustam justamente porque também podem oferecer uma alternativa equivocada, antiética e emburrecedora àqueles que querem “driblar” os esforços relacionados à verdadeira educação.

Como extrair o melhor desse fantástico produto da IA para a aprendizagem? Como impedir seu mau uso? E como a Editora Opet está se preparando para esse futuro que já é tão presente? Confira em breve a segunda parte de nossa série especial sobre os “Desafios da IA” – fique ligado!

Para saber mais: